Era segunda-feira de manhã, Bailey já deveria ter chego de sua viagem e estar no primeiro treino que começava às 8 horas. Mas o vôo que ele ia pegar para voltar à Madrid tinha atrasado e ninguém tinha notícias de Bailey faziam horas.
Enquanto o time treinava sem seu capitão, Barbara apresentava um seminário importante para sua faculdade de direito, falando sobre a legalização de drogas sintéticas ao redor do mundo e quais são os impactos sociais que causa, ela se saiu bem ainda que estivesse nervosa, mas era óbvio que para a própria Barbara não tinha sido bom o suficiente.
Quando a primeira aula acabou, e o intervalo do treino do time chegou junto, Barbara atravessou o campus até chegar no campo em que eles jogavam futebol, se aproximando dos meninos que tomavam água perto do local em que os reservas ficavam durante o jogo.
— Ele chegou? — ela perguntou.
Não tinha um alguém específico com quem Barbara estava falando, mas quem respondeu foi Jonah.
— Na verdade, não.
Barbara não conseguiu reprimir a frustração.
— Ah...
Jonah concordou, como alguém que entendia. Era complicado para todos que Bailey não tivesse voltado ainda.
Barbara se sentou em um dos bancos e apoiou o rosto entre as mãos, segurando-o.
Alguns minutos se passaram e ela precisava voltar para a aula, então se levantou para ir. Barbara parou no momento em que avistou alguém caminhando em direção aos bancos, com o cabelo penteado perfeitamente com gel e já vestindo o uniforme, Bailey May estava de volta.
Todas as partículas do mundo se tornaram lentas quando ela o viu, abrindo um sorriso enorme.
Bailey também sorria, com um pouco menos de alegria, mas sorria. Era bom ver Barbara de volta.
Todo o time parou de fazer o que estavam fazendo para ver Bailey entrando em campo.
— Sentiram minha falta? — ele questionou, rindo baixo em seguida.
Todo o grupo foi cumprimenta-lo com abraços, exceto por Barbara, que esperou até que ele chegasse mais perto para que eles tivessem uma conversa.
— Nunca mais faça isso, May. — Jonah ordenou, abraçando o amigo.
Todo mundo estava feliz por Bailey ter voltado, inclusive Corbyn.
Demorou um pouco para que ele desse oi para todos e chegasse em Barbara, que iria se atrasar para a aula se não fosse rápido.
— Hey. Acho que estou te devendo algumas explicações, não é? — ele perguntou, sem graça.
Bailey não sabia como agir.
— Eu não tenho muito tempo... Sei que você deve ter suas explicações. Estou feliz que esteja de volta, mas precisamos conversar. Sumir por todo um final de semana dessa forma não é algo normal para nós. Mas está tudo bem, espero que você esteja bem. Eu preciso ir para a aula agora. Podemos nos falar no treino noturno? — Barbara disse tudo de uma única vez e apenas parou para respirar quando terminou.
Bailey concordou com a cabeça.
— Tudo bem, nós podemos conversar melhor depois, eu preciso treinar agora... Tenha uma boa aula, Barbie. — ele beijou o rosto dela rapidamente e saiu.
Apesar de não saber sobre suas origens, sua religião e sua cultura, Bailey sabia que Barbara não se sentia muito bem em expressar contato físico em público e respeitava aquilo.
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O jogo de percepção
Romance"Imagine que você está em um jogo. Não em um jogo como aqueles que jogamos em um Playstation, ou em um daqueles que você se esconde para que alguém te encontre. Você está dentro de algum épico duelo de futebol, um entre milhares, que abre janelas pa...