Marcas Do Passado! (Concluído)

Capítulo 09

"Mas como é que eu não te assusto?
Você conhece a minha mente, você vive dentro dela."🎶
Nikki Williams - Kills, Fuck, Marry.

Afonso Salazar!

Alguns quilômetros haviam se rodado e eu ainda não fazia a mínima idéia para onde irei partir com meu pequeno. Preciso pensar direito se voltarei para o México ou ficar no Brasil definitivamente.

Vejo meu filho no banco de trás em sua cadeirinha dormindo lindamente o que faz instantaneamente meu coração amolecer eu fico feliz por saber que ele é fruto do meu amor com minha amada que já descansa em paz a única pessoa que amei em minha vida.

Posso estar sendo ignorante talvez, pois meus pais adotivos fizeram o máximo que pode por mim e Maria, mesmo tendo que obedecer sempre a máfia em primeiro lugar.

Meu avô era um homem corrupto não seguia as antigas regras da máfia mexicana. Que era permanente proibido tocar em crianças, mas com o velho era sempre diferente ele nos obrigava a dormir com seus aliados em troca de informações éramos apenas mercadorias e às vezes você éramos obrigados a matar pessoas.

Meu pai adotivo sabia que tinha que por um fim em tudo aquilo então matou seu pai e assumiu a máfia lógico que ele sofre até hoje com isso, aliás, ele matou seu próprio pai e felizmente ele mudou todas as regras daquele lugar o que me deixa muito orgulhoso de meu coroa.

Parei em um pequeno posto de gasolina na beira da estrada, precisava abastecer e comprar algumas coisas para Vitor comer. O telefone toca não preciso pegá-lo para saber quem estar a me ligar e tenho que admitir que estou feliz em vê-la me ligar. Ao atender o telefone sou surpreendido por um texto enorme que mal me deixou falar alguma coisa.

Maria Salazar: Eu não sei o que você está pensando em fazer, mas peço que volte eu posso cuidar de você e do meu sobrinho e não estou duvidando que você é capaz de se defender sozinho. Eu fiquei muito assustada pelo simples fato de ter tido a possibilidade de te perder Afonso, por favor, volte meu irmão.

Finalmente ela me deu a deixa para poder pelo menos argumentar com ela.

Afonso: Eu peço desculpas por te assustar irmã, mas o Júlio apareceu do nada eu fiquei apavorado sem saber o que fazer eu não podia voltar para aquele lugar e ficar novamente sem meu filho eu não posso voltar para aí.

Maria Salazar: Eu confio em você e estarei ao seu lado sempre que precisar Afonsinho.

Afonso: Maria desista desta vingança tola. Podemos fugir para qualquer lugar eu, você e Vitor e começar do zero o que acha?

Maria Salazar: Eu acho isso incrível Afonso. Sinceramente é tudo que eu mais quero para minha vida, mas você sabe que eu não posso eles mataram minha mãe, eles mataram a própria mãe sangue do mesmo sangue deles eu preciso vingá-la e mostrar para eles que ela não morreu em vão.

Afonso: Se cuide Maria eu não posso te impedir de fazer o que é preciso espero que a força esteja com você minha irmã.

Ao desligar o telefone sinto uma dor no coração, pois sei que Maria é muito cabeça dura e não desistirá do seu plano ainda mais sabendo que sua mãe sofreu muito por não tê-la por perto.

Mesmo o tio tendo a vendido, ele exigiu que a menina soubesse de suas origens e nunca se esquecesse da verdadeira mãe e lógico que meus pais não negaram, mas foi um choque grande quando finalmente Maria completou dezoito anos e soube que sua mãe tinha sido morta pelos próprios filhos e foi assim que tudo começou. Essa vingança que acabará em todos mortos.

Eu posso estar fazendo a maior burrada da minha vida, mas irei voltar para aquela merda de cidade e ajudar minha irmã no que ela precisar não posso deixar que aqueles monstros tenham a chance de matar a única pessoa que ficou do meu lado esse tempo todo, aliás, ela é família e família não se abandona jamais.

Ao olhar para atrás vejo uma bela mulher com seus cabelos castanhos cor de mel idêntica a Maria brincando com meu pequeno posso ver que o mesmo está adorando a companhia da moça, pois o mesmo não para de rir vê-lo se abrindo com um estranho me espantou um pouco Vitor não acostuma muito a falar com outras pessoas assim de repente.

Tento enrolar o máximo possível não queria acabar com a felicidade do meu pequeno, mas a curiosidade fala mais alto para saber quem é a tal mulher que está ao lado do meu pequenino.

Afonso: Vejo que você arrumou uma nova amiga pequenino vai me apresenta - lá?

Vitor: Sim. Papai ela se chama dona Vê ela é muito legal ela pode vir conosco?

Afonso: Prazer em conhecê-la Dona Vê nunca vi meu pequeno tão feliz com alguém.

É incrível como a mulher se parece com Maria poderia se dizer que é uma cópia, mais velha de minha irmã, isso não é possível, pois sua mãe já está morta. Sou despertado de meus devaneios com um belo sorriso que a moça possui não tinha mais dúvidas essa mulher só pode ser quem eu penso.

Vê: Então você é o pai desse anjinho? Eu amei conhecê-lo tem sorte de ter uma criança tão linda em sua vida eu tive o prazer de ter quatro.

Afonso: Realmente a senhora gosta de criança, então está querendo uma carona? Estou voltando para cidade agora mesmo.

Vê: Eu irei aceitar assim eu preciso ver uma pessoa e assim posso ficar perto desse pequeno príncipe mais um pouquinho.

A viagem seguiu tranquila pude perceber que a moça estava sofrendo com alguma coisa, mas não queria tocar no assunto e claro que respeitei sua decisão. Mas não por muito tempo a dúvida estava me corroendo então eu só falei um nome que fez ela se arrepiar assim pude saber que não estava doido:

Afonso: Você é a mãe da Antônia não é mesmo?

Longe Dalí.......

Thiago Oliveira!

Ainda estávamos em choque com a revelação de termos uma meia irmã e ainda mais saber que ela nos odeia, talvez ela me odeie mais ainda já que fui eu o causador de toda a desgraça dessa família minha pequena vingança foi longe de mais e agora não sei o que fazer.

Ouço meu celular tocando do escritório saio da sala de jantar deixando meus dois irmãos sozinhos e vou atender o telefone o número já sei de cor e sempre que me liga me deixa de cabelo em pé sempre é problema.

Thiago: Fala Miguel o que aconteceu desta vez?

Miguel: Senhor ela escapou, não conseguimos achar ela em lugar nenhum, infelizmente está à solta ainda não sabemos se a mesma sabe quem realmente é por causa dos procedimentos.

Imbecis como pode deixá-la escapar do manicômio agora ela virá atrás de nós e provavelmente todos saberão que não sou quem eu finjo ser que só fiz tudo isso por causa da herança.

Saber que o irmão do Hathur é casado com uma mulher e já tem filhos me deixa irritado, pois sei que eu que deveria estar ao lado dele mesmo ele não sendo Hathur realmente.

Ouço um estrondo enorme vindo da cozinha corro o mais rápido possível a procura dos meus irmãos e só vejo vários seguranças caídos no chão sangrando alguns ainda com vida outros já sem.

Ao chegar na cozinha vejo meus irmãos sendo carregados desacordados nos braços daqueles homens armados por sorte eles não me viram e talvez nem era a intenção deles me levarem agora.

Pois só deixaram um bilhete na mesa e os levaram maldição agora estou fodido percebo ao ver o que estava escrito no maldito bilhete.

"Olá Thiaguinho me encontre antes das oito da noite no endereço logo abaixo sem ninguém e sem trapaça se fazer algo seus irmãos morrem. Ah você deve conhecer bem essebarracão não é mesmo? Foi onde tudo aconteceu? Até em breve e não se atrase maninho."