Capítulo 19 - Parque de diversões

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Nicolas

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Nicolas

Não é que eu me arrependa de ter feito o que fiz no colégio para acabar com os comentários e brincadeiras que estavam fazendo com Anelyn por conta daquela publicação. Valerie só fez aquilo por causa do que fiz com ela, sendo assim, eu meio que devia isso à Anelyn. Se ela não estivesse comigo naquele momento, isso não teria acontecido. Porém, depois das acusações que ela me fez, da raiva que senti quando ela disse que eu estava me aproximando dela porque estava tramando alguma coisa, ainda mais uma aposta, eu jurei à mim mesmo que fingiria que aquela garota nem se quer existe.

O fato é que nem eu mesmo sei porque me aproximei dela. Foi tão de repente e natural que eu não me dei conta do quanto aquilo poderia parecer estranho depois. Não só para nós como também para todas as pessoas que nos conhecem minimamente. Agora eu só preciso esquecer todo esse rolo. O que está feito, está feito.

— Nicolas — Carter chama minha atenção, se aproximando das arquibancadas do ginásio onde estou sentado. —, posso falar com você? — completa e se senta ao meu lado sem esperar resposta. — Foi legal você ter defendido a Anelyn daquele jeito.

— Obrigado.

— Por que você fez aquilo? — pergunta.

— Não sei. Acho que me senti na obrigação. Foi por minha culpa que a Valerie fez a foto e postou daquele jeito. E fui eu que insisti pra Anelyn ir comigo no Mr.hambúrguer aquela noite. Não pensei nas consequências de sermos vistos juntos.

— Vocês nem se falavam há alguns dias atrás e quando se falavam era só pra brigar. Como é que de repente...

— Não sei, cara. — respondo antes mesmo que ele conclua a pergunta. — A gente mora na mesma casa agora, vem e vai junto de casa pra escola todos os dias. Sei lá, acho que fomos nos aproximando naturalmente. Ela não consegue ver alguém com problemas e ignorar, e eu... — encaro um ponto fixo à minha frente, sem realmente estar prestando atenção ao quê. — Basicamente, minha vida inteira é um problema. Ela estava sempre se metendo e, de repente, eu percebi que ela já conhecia um lado meu que ninguém mais conhecia.

— Cara, você está muito estranho. Eu nunca vi você falar assim. Muito menos de uma garota. Tirando a sua mãe, claro. Você acha que está gos...

— Não! Nem termina essa frase. — o repreendo, voltando a olhá-lo. — Eu só gostava de conversar com ela. Eu me sentia... leve. Não precisava ficar pensando no que dizer porque ela não era uma garota que eu tinha que levar pra cama pelas próximas horas. Também não precisava me preocupar em parecer um cara legal porque ela já sabia o idiota que eu sou. Eu podia ser eu mesmo. Com todos os defeitos.

— E por que você está falando disso tudo no passado?

— Porque a gente se desentendeu de novo e eu não quero mais me aproximar dela. Tendo sido bom ou não, foi um erro. Mas chega de falar disso. — o encaro. — Não aguentou nem mais um dia sem mim? — sorrio, com zoação.

Sob O Mesmo Destino (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora