11

2.2K 143 24
                                    

Sophia Narrando:


A mulher que um dia já chamei de mãe abriu a porta sorrindo, vestindo apenas um robe branco muito transparente, ela estava completamente nua por baixo do mesmo, assim que ela nos viu seu sorriso desapareceu dando lugar ao desprezo e a raiva que ela sentia por mim e que não fazia questão de esconder . Ela me olhou de cima a baixo com tamanha fúria no olhar que senti arrepios de medo percorrer meu corpo me fazendo involuntariamente dá um passo para trás e esbarrar em tia Lurdes que permanecia atrás de mim em um silencio assustador, ela pós as mãos em meus ombros apertando levemente como se estivesse tentado me fazer lembrar com este pequeno gesto que eu não estava sozinha. Tentando me recuperar da surpresa e constrangimento desse encontro, eu respirei fundo buscando coragem para falar com a mulher nua a minha frente, mais ela se adiantou me interrompendo antes mesmo que eu tivesse a chance de falar algo

Vera: Que porra tú quer aqui? Eu botei tú pra fora, não te quero dentro da minha casa

Sophia: Na verdade você não me pós pra fora, fui eu quem saí e não pretendo voltar "mamãe"

Vera: Então porque tú tá aqui me incomodando? 

Ela falava comigo sem o minimo de constrangimento por esta nua na porta de casa para quem quisesse ver, ela olhou para direita sorriu e acenou para alguém, eu acompanhei seu olhar e vi dois homens do outro lado da rua parados olhando para seu corpo e sorrindo maliciosamente, um deles até mesmo segurou seu membro fazendo gestos obscenos para ela, voltei minha atenção para a mesma que havia aberto mais o seu robe deixando o seu corpo totalmente a mostra em quanto retribuía os olhares daqueles homens nojentos com sorrisos, era como se nós não estivessímos ali. 

Em um ato impulsivo eu fiquei em sua frente impedindo que ela continuasse se exibindo para aqueles nojentos, isso fez ela me olhar com tamanha raiva que transformou seu rosto em uma carranca, mas pelo menos eu consegui a atenção dela outra vez

Sophia: Eu estou aqui para pegar os meus pertences

Vera: Aqui não tem nada que seja seu, tudo que esta dentro desse barraco pertence a mim

Sophia: Por favor mãe, eu não quero confusão, tudo que estou pedindo é que me deixe entrar e pegar as minha coisas, só isso

Ela me encarou por alguns segundos de forma debochada e em seus olhos eu pude ver que ela não iria facilitar isso para mim, mas lá no fundo eu ainda tinha esperança de que ela não me causasse nenhum problema, por isso tentei insistir novamente, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela gargalhou alto como se alguém tivesse contado uma piada engraçada deixando a mim e tia Lurdes surpresas e sem entender o que ela estava achando tão engraçado. Logo ela se recuperou de sua crise de risos voltando a ficar séria novamente e me olhando como se eu tivesse algum tipo de doença contagiosa, vê o seu olhar de desprezo ainda me machuca, eu sei que não deveria me importar com isso depois de tudo que ela já me fez passar mas ainda dói saber que a minha mãe me odeia e eu nem sei o porque 

Vera: Tú e essa velha não vão entrar na minha casa 

Tia Lurdes: Escuta aqui Vera, até agora eu deixei Sophia falar e tentar resolver do jeito dela mas tudo que tú fez foi destratar minha menina, ela não merece isso que tú tá fazendo e um dia você vai se arrepender 

Vera: Escuta aqui você Lurdes, esse é um assunto de família então não se mete pra não sobrar pra tú também

Sophia: A senhora esta enganada dona Vera, por que tia Lurdes e eu somos uma família, ela é como uma mãe para mim, a melhor que eu poderia ter -  Olhei pra tia Lurdes sorrindo e segurei uma de suas mãos apertando levemente ao ver a emoção brilhar em seus olhos marejados, voltei minha atenção para a mulher a minha frente e notei ela nos observando atentamente, pode ter sido apenas impressão minha mas pude perceber algo diferente em seu olhar em quanto nos observava, mas o que quer que tenha sido logo desapareceu dando lugar ao seu olhar de desprezo outra vez 

Para Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora