POV Ana
- Ah... Fala sério! - Digo sem paciência ao chegar no meu quarto e ver Christian esparramado em sua cama apena de cueca boxers. - Você pode, por favor, colocar uma roupa?
- Pelo menos eu estou vestido. - Ele diz se endireitando na cama e me dando uma visão privilegiada do formato do seu pênis emoldurado na sua cueca.
- Vestindo muita coisa por sinal. - Digo ironicamente enquanto vou em busca de uma roupa confortável para dormir.
- Eu lembro bem de uma conversa da qual você afirmou ter o costume de dormir sem roupa. - Christian fala ao perceber o que estou fazendo.
- E eu lembro bem que o seu quarto fica do outro lado do corredor. - Falo o encarando. - Já está mais do que na hora de você voltar para o seu lugar.
- Eu durmo bem melhor aqui. - Diz cruzando os braços atrás da sua cabeça.
- Sério? - Pergunto com falso interesse. - Então, acho melhor deixar você no conforto do meu quarto e ir ocupar o seu. - Digo com um sorriso zombeteiro nos lábios.
- Você não vai se livrar de mim, Ana. - Diz calmamente. - Estou aqui para cuidar de você.
- Conta outra Christian! Se eu quisesse fugir já teria a muito tempo! - Contesto. - Quando você dorme parece que morre. - Digo no que ele gargalha. - Eu não vou a lugar algum... As aulas já começaram, minha mãe está em outro país, meus avós estão pelo mundo aproveitando a vida, eu... essa é minha casa agora. - Enfim confesso.
- Você sente falta da vida que levava em Nova York? - Pergunta encostando as costas na cabeceira da cama.
- Sim e não. - Respondo.
- Como assim? - Volta a questionar.
- Eu sinto falta das pessoas que ficaram em Nova York. Digo da minha mãe que esta viajando e os meus avós, não dos falsos amigos que pensei que tinha. - Falo sentando-me na cama de Christian, porém numa distância segura dele. - De alguma forma esse lugar aqui me traz paz e eu meio que me desconecto e esqueço de tudo... até da saudade.
- Quando me mudei de Nova York para cá também pensei que nunca fosse me adaptar, mas foi tão rápido. Não imagino minha vida em outro lugar. - Diz e posso sentir que fala a verdade.
- Eu não sabia que você era de Nova York. - Falo o encarando.
- Morei lá até os meus seis anos. - Responde com um sorriso fraco. - Quando o meu pai morreu minha mãe quis se afastar de tudo que lembrava ele, pois ela tinha medo de cair numa forte depressão. Como ela sempre diz eu sou a cópia dele, então para ela já era doloroso suficientemente olhar diariamente para mim, logo viver no lugar que eles tinham vivido uma história juntos era como se ela morresse dia após dia... - Ele se move na cama e aos poucos se aproxima de mim. - Raymond trouxe alegria para a minha mãe e uma nova perspectiva de vida para nós dois, por isto eu serei eternamente grato a ele.
- Fico feliz por você, por sua mãe, por vocês conseguirem recomeçar, por encontrarem novamente o rumo de suas vidas. - Digo com sinceridade. - Não existe pessoa melhor para o Raymond do que Grace. Desculpa o que eu vou dizer mais eles nasceram para ficar juntos. - Afirmo rindo. - Por bem pouco não teríamos tido a chance de vir ao mundo. - Brinco.
- Com o tempo também comecei a acreditar que eles realmente nasceram para ficar juntos. - Fala concordando comigo. - Mas, eu acredito que nasci por uma razão, então também existe um motivo maior para a sua existência, Ana. - Completa.
- Eu acho que vim a este mundo para dar equilíbrio a minha mãe após o seu término com Raymond. - Falo mirando meus pés descalços. - Minha avó diz que foram meses difíceis, mas que cuidar de mim, acompanhar meu crescimento e desenvolvimento foram cruciais para a minha mãe voltar a ser feliz. - Digo rindo. - O mais engraçado é que eles não deixaram de se amar, mas não possuem amor suficiente para estarem juntos... Desculpa se parecer que eu ainda torço pela reconciliação dos meus pais, é só que... que eu não consigo entender muito bem essas formas alternativas de amor, eu não sei se conseguiria ter a maturidade que eles tiveram quando novos de não deixar o egoísmo falar mais alto e se afastarem ao perceberem que faziam mais mal do que bem ao outro. - Confesso. - No dia que eu amar realmente um homem, eu jamais deixarei ele partir. Eu lutarei pelo nosso amor mesmo que sozinha. - Afirmo olhando nos olhos de Christian.
- No dia que eu encontrar uma mulher que vire o meu mundo de cabeça para baixo, que mexa comigo de uma forma única e que corresponda aos meus sentimentos também não abrirei mão dela. - Ela fala sério enquanto me olha. - É tão difícil encontrar e viver um amor verdadeiro nos dias de hoje, você pode até me achar um pervertido ou coisa pior, mas eu sonho em construir minha própria família desde que comecei a ter um pouco mais de noção sobre as coisas.
- Não faz muito tempo então. - Brinco e nós dois sorrimos.
- Prefiro ser chamado de garoto prodígio do que sem noção. - Ele diz.
- Garoto prodígio. - Falo.
- Mimada! - Retruca.
- Promiscuo! - Rebato.
- Puritana. - Acusa.
- Surubeiro. - Provoco.
- Linda! - Diz e em seguida cola seus lábios carinhosamente nos meus.
~•~
Minha geeeeente o que foi isso?
O que será que vai acontecer? 🙈
Dêem seus palpites!!
Até próxima quinta 😘❤️
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I Saw The Love In Your Eyes
FanfictionAna se sentia triste e abandonada até que num belo dia algo inesperado acontece e o que seria o seu pior pesadelo tornou-se a sua maior bênção. Personagens da trilogia Cinquenta tons de E. L. Jamie, história adaptada por mim. PLÁGIO É CRIME!!