Capítulo 36

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Oiii pessoas ❤

Perdoem o atraso, mas a mulher que vos fala anda muuuuuuito atarefada e o capítulo não estava finalizado, então acabei de concluí-lo para postá-lo para vocês.

Estou correndo para finalizar o da próxima semana e não deixar vocês na curiosidade.

Agradeço por todo o carinho. Amo vocês 💕



POV Ana

Tudo pareceu um borrão desde que sai da casa do meu pai e voltei para a minha antiga e não tão feliz vida. Engraçado que eu há alguns meses mataria por estar neste lugar, mas agora vejo o quão fútil e vazia eu era.

Não pude me despedir de Christian, não pude beijá-lo uma última vez, não pude sentir o seu calor e cheiro, nem dizer que tudo ficaria bem, eu apenas fui guiada como uma criminosa até a porta e deixei o homem que amo sem ao menos poder olhar para trás.

Se eu odeio o Raymond? Não, não o odeio, mas estou bastante triste e ressentida com toda a situação. Meus avós me ouviram e entenderam tudo o que se passou, me pediram para ter calma, para agir com sabedoria e guardar o máximo de energia para as provas finais que se aproximam. Minha mãe me ouviu, chorou junto comigo, me prometeu que iria falar com o meu pai e como sempre ficou do meu lado, apesar de ficar um pouco chateada por não ter falado com ela a respeito da minha virgindade.

Meus amigos mantém contato comigo todos os dias, Kate nessas três semana têm me ligado para me atualizar a respeito de Christian. Muitas vezes falo com ele pelo celular dela, pois, ele teve o seu aparelho apreendido pelo meu pai.

Apesar de tudo eu amo a sua atitude de respeitá-lo e não confrontá-lo, ele me diz sempre que o tem como um pai e que ele é o único culpado de toda essa situação ter se formado. 

Grace está muito triste e sentida por nós, nas duas oportunidade que tive de falar com ela, ela me pediu perdão e me pediu para esperar a poeira baixar, pois tudo se resolveria.

Resolver... 

É tudo o que mais quero.


POV Christian

Vê-la sair sem poder ao menos abraçá-la e dizer que continuarei lutando por nós foi como se um punhal estivesse sendo cravado em meu peito.

- Tudo vai se resolver, vocês ficarão juntos. 

Foi o que minha mãe disse e tem sido nisso que tenho me agarrado para não enlouquecer de saudade. Tenho falado pouco com a Ana, pois tive o meu celular confiscado por Raymond, mas os minutos que consigo ouvir a sua voz, sentir mesmo que de longe a emoção que ela está sentindo dá um pouco mais de vida aos meus dias. 

Eu entendo o Raymond, entendo porque sempre imaginava tendo uma criança com a Ana e me apavorava em pensar que minha filha se envolveria com algum cara como eu, porém, agora sei que o amor muda as pessoas, que a idade te trás maturidade, comprometimento com as coisas importantes e que o andar junto é indispensável para as nossas vidas.

- Filho, vem comer! - Ouço minha mãe chamar e vou ao seu encontro. - Senta aqui que eu vou servir você. - Ela diz enquanto sento cabisbaixo em frente a Raymond.

- Christian, eu... - Levanto a cabeça assim que ouço a voz de Ray. - Perdão. - Ele diz e imediatamente vou as lágrimas. - Eu agi muito mal com você, com o meu garotinho. - Fala levantando-se da mesa e vindo me abraçar. - Me perdoa! Você é o meu filho, o filho que escolhi ser pai, mas a Ana é a minha princesinha, você um dia será pai e irá entender... - Fala e puxa uma cadeira para sentar ao meu lado. - Ver aquelas fotos me deixou fora de mim... Claro que eu sabia que ela iria... você sabe, mas saber que tudo acontecia em baixo do meu nariz me deixou furioso, porque a minha confiança foi quebrada. Minha filha coleciona decepções causadas por mim e por muitos que a cercam, eu não queria que você a quebrasse ainda mais. 

- Te julguei mal, critiquei, fiquei p da vida com os dois, mas depois de todas essas semanas observando você e sabendo como ela se encontra em Nova York, pude compreender que realmente vocês se amam. - Diz após um longo suspiro. - Eu não ficarei entre o amor vocês, mas eu te quebro se você algum dia sonhar em decepcioná-la. - Completa me fazendo sorrir.

- Eu amo a Ana, Ray. - Falo pondo minha mão no ombro dele e o olhando nos olhos. - Assim como tenho certeza de que dois mais dois são quatro, eu tenho certeza que a Ana é a mulher da minha vida e eu não quero nenhuma outra. - Digo emocionado. - Agimos covardemente, mas a nossa família estava passando por um momento difícil e eu não queria te irritar porque sabia que por ter acompanhado meu crescimento você não teria uma boa reação. - Esclareço. - Da mesma forma que você escolheu ser o meu pai, eu escolhi ser o seu filho e jamais me envolveria com a Ana se não tivesse certeza dos meus sentimentos por ela, eu nunca faria isto com ela ou com você. Te amo! - Finalizo dando um abraço forte nele. 

(... )

- Chegamos a última bateria de provas. Os competidores já se encontram apostos. - O locutor da prova diz.

- Preparado para perder Grey? - Jack fala. Ele estava a apenas um ponto de distância de mim. Além de perder a presença da Ana, eu também perdi a prova que me deixaria com grande probabilidade de ser campeão antecipadamente.

- Vai se foder Hyde! - Respondo sem muita paciência nadando em direção a parte funda do mar.

Eu não tinha vontade de  vir para a etapa final do campeonato sem ela, mas havia prometido a minha mãe que estaria aqui e lutaria até o fim.

Devido aos exames finais a Ana não conseguiu pegar um voo a tempo para vir assistir a final do campeonato, mas tínhamos conversado boa parte da  madrugada e feito planos para o nosso próximo ano. Um dia após a nossa conversa Raymond foi até Nova York falar com Ana e contar sobre o seu novo posicionamento o que a deixou em êxtase e agradecida.

- Todos os competidores em suas marcar. - O locutor diz. - Numa contagem regressiva daremos inicio a etapa decisiva. - 3... 2... 1 - Fala e antes de terminar um dos competidores avança para pegar uma boa onda que se formou. E assim acontece com os demais, até estarmos apenas eu e o pau no cu do Jack.

- Pensei que a Aninha te acompanharia em todo campeonato. - O ardiloso Hyde fala.

- Para você é Anastácia. - Digo ríspido. - E não pense que não me vingarei por ter tentado agarra-la a força. - O ameaço.

- Agarrar a força? Ela faz a linha difícil, mas é bem safadinha... Ouvir boatos que você andou pegando ela na calada da noite, me diz ela tão gostosa quanto aparenta? - Provoca me fazendo fechar os olhos e respirar fundo para não perder o controle. - Eu sei que você curte um ménage, bem que podia dividi-la comigo.

- Só existe uma coisa que eu irei dividir e é a sua cara, Jack! - Digo baixo porém firme. - E será a primeira coisa que farei depois de levantar a taça de campeão.

De alguma forma a provocação de Jack me motiva a dar o meu melhor nos minutos que terei para mostrar o meu potencial. Começo com dois aéreos e permaneço deslizando por alguns segundos pelas águas. Pego velocidade para  tentar a cavada perfeita e tenho êxito, uma vez debaixo da onda arrisco o tubo e pra finalizar consigo mandar um 360 perfeito.

Ouço a galera gritar e depois de tantos dias nublados o sol volta a brilhar para mim quando avisto ela, a minha Ana na areia da praia ao lado de Raymond, da minha mãe e dos nossos amigos.

Aquela que havia tirado de mim as melhores risadas.

Aquela que havia me feito chorar como uma criança pela sua partida.

Aquela por quem eu estava disposto a fazer o impossível.

A minha mulher.

A minha Ana.



~•~

O reencontro veio rápido, não?

O que acharam?

Estramos na reta final da fic, então eu gostaria de saber o que para vocês seria um final perfeito para o nosso amado casal? Comentem, deixem suas sugestões, afinal eu escrevo para vocês.

Nos lemos na próxima quinta 😘

I Saw The Love In Your EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora