capitulo 10

2.6K 259 14
                                    

POV Ana

Beijo.

Segundo o dicionário significa tocar de leve, roçar os lábios sobre.

Estudos comprovaram que o ato de beijar na boca estimula o cérebro a liberar endorfina, uma substância responsável pela sensação de prazer e bem-estar.

Por que estou dizendo todas essas coisas? Para retardar a confirmação do quanto Christian beija bem e como eu estou adorando beijá-lo. 

Nossa história sempre foi muito complicada, cheia de disputas, brigas e provocações. Sempre o vi como o garoto que roubou o meu pai de mim, mas é inegável admitir o quanto ele mudou e amadureceu.

A convivência com ele tanto aqui quanto na escola me fizeram ver o quão querido ele é e o motivo das pessoas o considerarem assim. Christian sempre traz alegria e leveza onde quer que chegue, tem sempre uma piadinha ou pegadinha para fazer com alguém, não é preconceituoso e abraça todos a sua volta. Confesso que há alguns dias atrás fui rude com ele ao fazê-lo questionar suas companhias, porém isto surtiu um efeito muito positivo, uma vez que, Leilla se retratou com Kate e com algumas outras pessoas sobre o seu péssimo comportamento. Segundo as suas palavras "Aquela não era eu, nem mesma sei como pude ter sido tão péssima assim com alguém e sinto muitíssimo por isto, me perdoe."  Bom... a mim, ela não engana, porém tenho plena certeza que houve dedo de Christian em sua atitude, então ponto pra mim.

Mas, voltemos para o nosso conturbado relacionamento que só ficou mais bizarro depois da nossa masturbação mútua. Desde que o vi completamente nu venho sonhando ou revivendo acordada todos os detalhes de sua performance. Sei que é errado, mas seria um pecado não pensar em cada pequeno detalhe - e não estou me refirindo ao tamanho do seu pênis - daquela noite. Eu venho me perguntando como seria tocá-lo, passar a noite com ele e o principal como seria beijar Christian Grey, e olhe só... Eu estou beijando ele.

Uma de suas mãos massageia a minha cintura enquanto a outra segura firme a minha nuca. Estou presa e completamente entregue aos seus movimentos fortes, marcantes e precisos. Eu nunca me senti tão bem e entregue desta forma, mas estou amando tudo isto.

De repente ele cessa o beijo e me dá um longo selinho. Seus olhos brilham com o que parece ser... satisfação e eu me sinto tão exposta com o seu olhar que sinto medo de... de sei lá, não responder por mim a partir deste nosso contato mais íntimo.   

- Eu... eu vou trocar de roupa.. - Falo recobrando minha voz e sanidade.

- Não, você não vai fugir de mim, Ana. - Ele diz aproximando seu rosto do meu.

- Pelo amor de Deus, Christian, você não percebe o que acabamos de fazer? Nós não podemos... - Começo a debater, porém sou interrompida por ele.

- Por que não podemos? - Pergunta me dando um selinho tão gostoso que deveria ser pecado. - Você quer e eu também quero, não nos relacionamos com ninguém... eu não vejo o porque de não podermos ficar juntos.

- Os nossos pais são casados. - Sussurro em pânico o empurrando. - Eu vivo com você aqui nesta casa, nós deveríamos ser como irmãos.

- Nossos pais são casados, você não é minha irmã e o fato de morarmos na mesma casa só facilita as coisas. - Diz se aproximando de mim novamente, porém me afasto.

- Eu não sou a Leilla. - Digo ficando de pé.

- Eu sei! - Fala irritado. - Por que você insiste em trazê-la para a conversa? - Pergunta já de pé. - Ana, eu... eu sinto uma forte atração por você, não sei explicar porque e nem como tudo começou, mas porra... você me desafia, você é autentica, livre, mente aberta, responsável, teimosa... eu... talvez eu não devesse sentir isto por você e devesse enterrar meus sentimentos, mas eu não consigo e nem quero. - Diz desesperadamente.

- Meu Deus! - Falo sentando na minha cama com as mãos na cabeça. - Você está se ouvindo? Sou eu, Anastácia, a garota que te odeia e que você odeia também.

- Não, Ana, você não é a Anastácia que eu irritava e sabe muito bem disso. - Diz se ajoelhando na minha frente. - Assim como eu não sou mais aquele garoto que adorava te aborrecer. Nós crescemos, Ana...

- Isso é loucura, Christian! - Digo ficando de pé novamente. - Isso - Falo apontando para nós dois. - Não vai rolar! Não, não, não... alimente esperanças. Admiro você, fico feliz em não brigarmos tanto quanto antes, mas devemos nos ver apenas como irmãos ou no mínimo primos que não se pegam. - Digo séria. - Me desculpa se em algum momento fiz parecer... Eu preciso... preciso trocar de roupa. - Falo pegando o baby doll em cima da minha cama. - Desculpa... 

- Eu não estava mentindo quando falei sobre o que faria quando encontrasse a mulher que virasse meu mundo pelo avesso. - Fala me fazendo parar próxima a porta.

- Por favor, não torne isto mais difícil. - Peço o mirando. - As coisas funcionam melhor da forma que estão. - Falo e enfim saio do quarto.

Com o coração a mil.


~•~

Que dó gente...😢

Trouxe esse capitulinho, pois não podia deixar a ansiedade tomar conta de vocês. Espero que tenham gostado.

Agora é real... Até a próxima quinta!

Obs: Estou criando um grupo no WhatsApp caso queiram participar deixem o número no privado.

I Saw The Love In Your EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora