Capítulo 1

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Capítulo 1 – Estamos voltando.

Narrado por Manu:

- Tudo certo amor, falei com a Gabi, ela disse que a gente pode ir a hora que quiser... - Falei depois de desligar o telefone.

- Estou louco para voltar amor, quanto tempo que a gente não vê eles! - Lipe respondeu animado.

- Eu sei... estou com uma saudade da Gabi. - fiz bico e ele me abraçou.

- Só torço para a Isa não ficar chateada... afinal mudar de cidade com dezesseis anos... amigos feitos... é bem ruim... Mas ela vai entender, tenho certeza. - Lipe disse.

- Vamos falar com jeito amor... afinal, ela tem uma personalidade e um humor do cão.

- Igual a você quando tinha dezesseis anos... - Lipe disse baixo.

- O quê? - fiz cara de brava.

- É verdade... mas talvez ela descubra um grande amor por lá... afinal foi naquela escola que tudo começou entre nós dois. - Ele sorriu me deixando toda boba.

- Own, meu amor, eu ainda te amo do mesmo jeito sabia? – dei um beijo nele.

- Eu não... – ele disse, olhei para ele - eu te amo cada dia mais. - completou.

- Seu bobo. - Sorri e o beijei.

Narrado por Isa

Cheguei na cozinha e o pai e a mãe estavam no maior love, como sempre

- Boa dia, gente. – sentei na mesa para o café.

- Bom dia, filha. – eles responderam e ficaram me olhando.

- O que foi? - Perguntei confusa.

- Filha... a gente tem uma notícia... - minha mãe disse.

- Fala ué. - respondi.

- Nós vamos nos mudar. - meu pai me jogou um balde de água fria.

- Hã? Como assim? Por quê pai? Mãe? Por quê? - falei ficando em pé.

- Filha... eu e seu pai recebemos propostas de empregos lá no Rio, e é melhor, porque seus tios moram lá... você entende? - minha mãe falou suavemente.

- Entendo... – baixei a cabeça e sentei. - Mas e meus amigos? Como fica todo mundo aqui?

- Querida... vai ser difícil no começo, mas a internet ajuda... e lá nós vamos morar com seus tios, na casa que era da sua avó, o espaço é supergrande e seus tios adoraram a ideia. - Meu pai tentou me confortar.

- Quando vamos? - perguntei.

- Amanha arrumamos as coisas e sábado saímos. - respondeu minha mãe.

- Já? - suspirei desanimada, nem adiantaria discutir. - Estou indo para a escola então... tchau.

Saí ainda meio triste, meus amigos, todos estavam ali... e eu ir embora agora... justo agora que estava me aproximando do André... Fiquei triste, contei pras minhas amigas e elas não acreditaram... Depois da aula fui para a praça com as meninas e comemos pizza, decidimos aproveitar nossa quinta e nossa sexta, já que sábado eu iria embora... aproveitei ao máximo com elas, e sexta de noite fomos na boate, a última ali naquela cidade.

André ficou sabendo que eu ia embora e passou a noite toda dançando comigo, ele me beijou, eu esperei toda minha adolescência por um beijo dele, e o beijo foi muito bom, mas foi igual a todos os outros que já dei, meu estômago não borbulhou, minhas pernas não tremeram, meu coração não disparou.

Ele ainda disse que ia sentir muito a minha falta e que gostava muito de mim. Eu estava superfeliz e ao mesmo tempo supertriste, justo agora que nós tínhamos ficado juntos eu iria embora... depois da boate ele e as meninas me levaram em casa e nos despedimos, eu sairia as sete horas da manhã. Subi, tomei um banho, coloquei meu pijama e deitei, chorei e acabei dormindo.

Sábado. Acordei com meu despertador tocando. Droga, pleno sábado e eu acordando as seis da manhã... Levantei, fiz minha higiene, coloquei uma calça jeans, uma blusa de meio ombro branca com uma caveira preta, coloquei meu tênis, umas pulseiras, fiz uma make básico, peguei meus óculos, minha bolsa e arrumei o resto das coisas. Desci.

- Boa dia, gente... - meu pai e minha mãe estavam na cozinha.

- Bom dia, filha... - disseram - pronta para a viagem?

- Aham. – falei meio desanimada.

- Que isso amor, você vai ver... lá é muito legal. - Minha mãe pôs a mão no meu ombro.

- Tá bom, mãe... eu vou ficar feliz por vocês. – sorri.

- Vou mandar o Lukas ficar de olho em você viu... porque está linda como a sua mãe, filha. – meu pai deu um beijo na minha mãe.

- Nem pense nisso, pai! Eu não quero um guarda-costas não! - falei já imaginando como o garoto ficaria no meu pé se meu pai pedisse isso.

- Ok, ok… mas é igual a mãe mesmo... - ele riu.

Terminamos o café, minha mãe arrumou o resto das coisas e nós fomos para o aeroporto, o caminhão já tinha saído ontem com nossas coisas.

Chegamos no aeroporto, arrumamos tudo e depois embarcamos. Na viagem fui conversando com minha mãe, eu não tinha medo de avião, porque já tinha viajado mais vezes quando era um pouco menor, fazia anos que a gente não ia para o Rio, uns onze eu acho... ela começou a falar da Gabi e do Rafa e depois do Lukas.

- Filha, acho que você vai ter que ter um pouco de paciência, ok? - ela disse.

- Porque mãe?

- Porque o Lukas é superpopular e tal... e eu sei que você não gosta muito de meninos assim... mas por favor, paciência ok?

- Não acredito... vou morar com uma anta! - resmunguei.

- Filha... já te avisei... - ela censurou.

- Ok, ok, mãe, eu vou me controlar... – deitei a cabeça na poltrona, coloquei meus fones e fiquei escutando música.

Meu Insuportável Colega II (completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora