Capítulo 15: Let's start!

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     Era difícil para mim acreditar em tudo o que estava acontecendo. A poucas horas atrás eu estava abraçando a minha família e dizendo o quanto eu os amava. E agora eu estou aqui, presa, ouvindo coisas que eu nunca imaginei ouvir sobre o meu pai.
     O que dizer sobre o meu pai?
     Meu pai sempre foi o meu herói. Um pai atencioso e dedicado que sempre fez de tudo pela nossa família. Ele nunca nos abandonou, sempre esteve presente. Ele fez o que podia para ajudar a mamãe a me criar e a criar o Jared e, eu o admirava por isso. Eu sei que ele seria capaz de tudo para nos manter a salvo.
     Eu sempre fui muito apegada ao meu pai e ele a mim, principalmente naquela época em que eu era uma criança que precisava de carinho e atenção. Eu me sentia segura perto dele e, eu imagino como ele se sentiu me vendo em coma.
     O que um pai seria capaz de fazer para salvar a filha?
     Ele deve ter ficado desesperado, pois era um momento em que a nossa família estava passando por uma grande crise financeira.
     De onde meu pai tiraria dinheiro para pagar a minha cirurgia? Ele seria capaz de se juntar a um ladrão assassino? Não, meu pai sempre foi um homem honesto!
     Eu sei que meu pai faria o que fosse preciso para me ver bem. Mas ele seria capaz de ferir alguém? De matar uma pessoa? Eu não sei...
     - Isso não é possível. - eu falei em um sussurro para mim mesma.
     Eldon ainda me olhava com aquela mesma cara de sempre - psicopata.
     - E aí, vai continuar me dizendo que não sabia de nada?
     - Eu juro que não sabia de tudo isso. Como eu iria imaginar?! Meu pai me disse que vendeu uma casa que nós tínhamos do outro lado da cidade e que fez um empréstimo ao banco para cobrir as minhas despesas. - eu disse, chorando novamente.
     - Casa? Vocês não tinham nem onde caírem mortos. Como teriam uma casa para vender? - perguntou. - Isso só prova o quanto seu pai mentiu para você esses anos todos. E agora tudo que vai acontecer será culpa dele. - disse sorrindo.
     Ele estava gostando de me dizer aquelas palavras, de me ver sofrer ao saber que a pessoa que eu mais confiava tinha me enganado esse tempo todo.
     - É o seu dinheiro? É isso que você quer? Nós podemos te dar... - ele me interrompeu.
     - Não, isso não é mais o que importa. Agora eu posso ter dinheiro a hora que eu quiser. O que importa mesmo é que eu sempre termino o que eu começo, e agora eu vou terminar uma coisa que eu já devia ter terminado a muito tempo.
     - Não! Você não tem que fazer isso. - eu implorava.
     - É claro que eu tenho.
     - Eu não tenho culpa do que o meu pai fez, eu não sabia. Você não pode fazer isso comigo!
     - Eu posso e vou fazer. E quer saber? Acho que você vai adorar ser a minha vadia em todos os sentidos.
     Ele se aproximou, me olhando de cima a baixo com aquele olhar malicioso. Então começou a passar a mão pelos meus seios descendo até as minhas coxas.
     - Tira as mãos de mim seu nojento, imundo! - eu cuspi em seu rosto.
     Eu sentia nojo e repulsa.
     Então ele secou o seu rosto dando um longo sorriso e, em seguida eu senti um soco muito forte em meu rosto que me deixou zonza. A dor era tanta ao ponto de eu achar que um osso do meu rosto tinha se quebrado.
     - Vamos começar!

Continua...

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