Chegamos no restaurante, dei de cara umas meia dúzia de pessoas. Uma mulher morena, não tão alta e muito bela. Um senhor com os cabelos grisalhos, creio ser o Alessandro pai dele. Se não me engano já o vi algumas vezes, e sempre estava só. Uma moça com os cabelos castanhos e muito sorridente, acompanhava eles. Mais três pessoas indiferentes a mesa, que era dois homens e uma mulher.
- Essa é minha mãe. - depositei um beijo na sua bochecha. - Meu pai. - eu já somente apertar sua mão, mas ele me puxou para um abraço. Fiquei vermelha na hora.- Minha madrinha Anya e seu marido, Edgar. - sussurrou em meu ouvido e me virou para o outro casal. - Esses são meus amigos e seguranças pessoais, Júlio e Lídia.
- É um prazer! - sussurro ficando vermelha.
O jantar transcorreu bem, eu estava animada, afinal ele não era um carrasco e tanto. Está sendo muito amável, espero não me enganar com ele. Sua família e amigos são pessoas boas, eu estava até me sentindo relaxada. Mas como nada na vida dá certo para mim, apareceu uma pessoa que eu não via a muito tempo.
Marco, eu e ele tivemos um namoro antes de eu saber que eu teria que me casar. Nunca transamos, ele sempre me respeitou, mas nunca fui suficiente para ele.
- Quem é aquele homem que não para de te olhar? - Lorenzo perguntou no pé do meu ouvido.
- Marco, meu ex namorado. - digo depois de um tempo pensando no que dizer, mentir nunca é a solução.
- Vai falar com ele, antes que eu o tire daqui a força. - murmurou, parecia que Lorenzo estava sem paciência.
- Ok, tudo bem!
Me retiro da mesa, e vou em sua direção. Marco abre um sorriso largo, e tenta me abraçar, eu tento impedir.
- O que faz aqui? - digo com a voz amargurada, ele me deixou para ir embora do país. - Quando voltou?
- Vi que você está bem acompanhada, - diz com um sorriso maldoso. - logo deste verme sem coração.
Olho para Lorenzo que não tira os olhos de nós, eu tento relaxar, por que na verdade eu não o conheço. Sei que ele é o futuro chefe da máfia italiana, somente isto que eu sei.
- Lave está boca suja, antes de falar de Lorenzo. - digo, sem nem mesmo conhecer ele direito. - Você me traiu, me largou sozinha e ainda quer voltar e ditar minha vida.
Ele me puxou com força pela braço, e em um único instante, uma arma já estava apontada na cabeça dele. Lorenzo estava ao meu lado, seu pai também e tudo parecia cena de filme.
- O que pensa que está fazendo, Marco? - Lorenzo esbravejou. - Solte-a agora antes que eu lhe mate.
Arregalei meus olhos, Lorenzo mantém a arma apontada na cabeça de Marco. Ele me solta e consigo ver a vermelhidão que ficou na minha pela, na parte exposta. Seguro as lágrimas e para proteger Marcos, sabendo que eu vou me arrepender, me ponho em sua frente.
- Saia da frente deste canalha! - Rosnou com raiva, eu me mantive firme, não tinha motivo para ele fazer esse show. - Alice, está defendendo este idiota?
- Não! - minha voz sai falha. - Só não vejo motivo para tanto, não precisa disso. Marco, vai embora, agora!
Digo, ele com um sorriso vitorioso nos lábios, saí me deixando só com Lorenzo e sua família. Ele estava com o rosto transtornado, estive ciente que o jantar havia acabado. Ele bufou e guardou a arma e todos se estabilizaram.
- Acabou o jantar para mim. - ele diz sem me olhar, olha para mãe e dão um olhar cúmplice. - Mãe, leve Alice para casa quando o jantar terminar. Nos vemos no casamento, Alice.
Eu apenas assinto, sentindo meu coração acelerar, na verdade eu estou sem forças para contestar.
Lorenzo De Luca
Fúria me consome.
Aquele bastardo de safou pela última vez, não é de hoje que ele vem me provocando. Desde a faculdade. Agora eu tô com mais ódio ainda dele, por ele ter namorado Alice, que o defendeu.
Ele não perde por esperar, e ela, se eu constatar que ela não é mais virgem. Será a maior confusão dentro da cápsula, ela morre. Não sou quem faço as regras, e infelizmente, é assim. Minha mãe casou virgem, e nem por isso morreu. Meu irmão está noivo a três anos, e ela continua virgem, nem por isso ela está morta.
É uma babaquice minha, estou pensando que nem um machista. Eu transo, não sou mais virgem desde os 17 anos, e não a julgaria se ela não fosse. Mas, as leis tem que ser cumpridas.
- Alô! - atendo uma chamada privada, enquanto estaciono o carro em frente ao prédio do meu apartamento.
- Oi, amor! Sou eu. Isabela. - sua voz me causa náuseas.
- O que você quer? - murmuro com raiva, saindo do estacionamento indo direto para o elevador.
- Estou com saudades... - desligo a chamada rapidamente.
Percebi uma movimentação estranha no prédio, homens de preto cercando o estacionamento. Pego minha arma, e ligo para meu pai que atende na primeira chamada.
- Pai, saí sem os seguranças e tem uma movimentação de homens de pretos aqui no hotel. Eu acho que é uma emboscada. - sussurro.
Me agacho e sigo caminho para as escadas, quando vejo ela sendo aberta por mais homens. Me jogo para debaixo de algum carro, o nervosismo é muito grande. Meu pai ainda está na linha, porém, não consigo responder. Não demora muito para um tumulto grande acontecer, meu pai chegou com os seguranças armados. Um tiroteio começou, e para a certeza que eles me queria, só aumentou.
Que porra está acontecendo?!
Capítulo postado.
Nova publicação semana que vem!