Já se passou três horas desde que liguei para Alice, agora seu telefone está caindo na caixa postal. Maldita hora que fui deixar essa ragazza, sozinha. Meus homens já estavam averiguando no shopping que ela costuma ir, não tive sorte pois não a encontraram.
Ela esteve lá, almoçou e com um homem, julgo ser Marco e saiu com ele de carro. Isso foi há duas horas, e não tive mais nenhuma notícia. Queria entender o que Alice tem na cabeça? Porra, me tornei o Capo del Capo. E sabe que não pode sair desprotegida. A máfia tem inimigos, não eu, mas se tornaram meus assim que me tornei o chefe.
Sendo assim, eles vão me atingir aonde eu sou mais fraco. Digamos, que Alice é meu ponto fraco. Desde que a conheci tive a certeza que ela seria a minha ruína.
— Senhor! Checamos a imagem de segurança, das ruas... — Igor se engasga. Olho nos seus olhos esperando uma resposta. — O carro de Marco foi atacado por membros da Yakuza, os chineses levaram Alice. E mataram o seu primo, deixaram o carro pegando fogo no meio do caminho.
— Puta que pariu! — xingo, jogando o copo de uísque contra a parede.
— Senhor, localizamos o local que eles levaram Alice! — ele diz, minha respiração se desconcerta.
— Quero 150 homens comigo, e mais 50 aguardando do lado de fora. Eles vão saber o porquê ninguém mexe com um De Luca. — digo enfurecido, bebo em um gole metade da garrafa de uísque.
Meus olhos tem sangue, vou matar os filhos da puta que ousaram pegar o que é meu. Ragazza, maldita! Custava ficar dentro de casa.
Alice
Eu e Marco conversamos sobre muitas coisas, inclusive da nossa infância. Ele confessou que ainda era apaixonado por mim, por isso não iria permitir que nada me acontecesse. Eu queria muito ter acreditado em suas palavras, já que ele se entregou por mim. Assim que estávamos voltando para casa, ele ia me levar e dar satisfação ao Lorenzo.
Três carros pretos nos fechou na pista, ele começou a xingar e sacou a arma. Mandou eu me abaixar e começou a atirar contra os homens. Tive que me segurar para não sair correndo, os tiros eram muito me incomodando muito. Senti uma ardência no meu braço esquerdo, olhei vi sangue.
Avisei ao Marco que eu fui atingida, ele então parou de atirar e foi muito rápido. A porta foi aberta, duas armas foram apontadas na cara de Marco, ele me olhava com lágrimas nos olhos.
— Me desculpe, não consegui te proteger.
— Anata no uragirimono o shinimasu( morra seu traidor)... — um homem disse com desprezo antes de acertar três tiros na cabeça de Marco.
Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ele acertou a arma na minha cabeça, então eu apaguei.
....
Me sufoco, tento respirar mais não consigo então eu desperto. Abro meus olhos e consigo ver vários homens me olhando. Todos com os olhos puxados, eu estava nervosa, olhei para a mulher que acabará de me acordar com um balde de água gelada.
Tentei colocar a mão na minha barriga, mas foi em vão, com muita luta consegui sorri debochado pra eles.
— Seus idiotas, Lorenzo vai chegar e matar todos vocês... — a mulher me calou com um tapa na cara, continuei sorrindo.
— Cala boca, sua puta! — ela murmura, seu sorriso se torna diabólico. — Quem quer se divertir com a rainha da máfia italiana?
Sete homens levantam a mão, a mulher se afasta e me oferece a eles. Que se aproximam de mim, começo a mexer no meu corpo, na infalível tentativa de me soltar. Dois homem me segura pelo braço e perna, enquanto outro arranca toda minha roupa. O desespero se tornou maior, a medida que os minutos iam passando que aqueles homens passavam as mãos em mim. Lágrimas caiam dos meus olhos, demostrando me total desespero.
Meu corpo estava sendo violado, enquanto mais de 40 homens e mulheres observavam. Minha preocupação era meu bebê, eu não queria que nada de mal acontecesse. Eu estava com tanto nojo que meu corpo ficou no automático, deixem que meu corpo fosse violado. Só assim consegui proteger meu filho.
Um estrondo fez eu olhar em direção a porta, ninguém esperava o que aconteceria. Lorenzo invadiu o local com muitos homens armados. Atiraram sem pena em direção a todos os chineses ou japoneses que estavam ali.
Assim que seus olhos se cruzaram com meu, pude enfim ver ódio, Lorenzo estava apavorado. Provavelmente meu corpo estava cheio de hematomas e machucados, e sem dizer que eu estava nua e havia homens mortos nu ao meu lado.
Minha visão aos poucos foi se apagando, tive a certeza que era meu fim. Com um pouco de força que existia em mim, estendi minha mão para ele e antes de apagar eu disse: Me perdoa.
****
Abro meus olhos e tento me acostumar com a luz forte, estou em um hospital eu acho. Vejo Lorenzo, abraçando uma mulher. Ele beija ela na frente da minha cama, logo ele me olha e sorri. E diz...
— Você procurou isso, Alice...
Logo a cena muda, me vejo ajoelhada em frente uma cama chorando muito, lá estava meu pai. Eu pedia para ele acordar e nada de uma reação, tive então a certeza de que logo melhoraria.
Minha mente estava confusa, era várias imagens passando ao mesmo tempo na minha cabeça...
— Fica comigo, Alice... Não dorme, por favor! — ouvi a voz de Lorenzo suplicando.
Olhei em volta procurando e não vi mais nada, estava tudo branco. Eu conseguia apenas ouvir a movimentação.
— Nossa filho, vamos cuidar dele juntos. Se mantenha forte meu amor...
***
O lugar parecia me crucificar mais, ouvia a voz de todo mundo dizendo para eu ser forte. O tempo parecia se estender cara vez mais, eu não aguentava mais aquela aflição. Eu não tinha mais a barriga de grávida, eu pensava no pior.
— Ah, minha querida! Quanto tempo mais ficará nesse coma, nosso bebê vai sair da encubadora daqui um mês. Ele nasceu de cinco meses e foi forte, tá na hora de acordar para conhecer nosso Enzo. — era a voz de Lorenzo. — Não vou te culpar por nada, Alice. Cada dia que passa eu sinto mais sua falta, nós sentimos. Eu, sua mãe, seu pai, sua mãe biológica. Todo mundo sente sua falta, volta pra gente.
E ele pedia para mim voltar, eu vi uma luz forte, me levantei com lágrimas nos olhos. Caminhei lentamente até a mesma, sentindo meu coração acelerar a cada passo que eu dava.
A luz foi aumentando, até que meus olhos se abriram.
Boa tarde!
Quero agradecer aos leitores que acompanharam até aqui, Estamos chegando ao fim desta história.
Vamos fazer um desafio para esquentar essa quarentena?
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350 visualizações, eu posto mais um capítulo até terça feira. Sendo o penúltimo capítulo da obra.
QUEM AI, ESTÁ ANIMADO PARA LER A HISTÓRIA DE MATTIA E NATASHA?
Veemmm com tudo, babys!