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Essa one-shot foi escrita para o amigo secreto de jily com músicas da Taylor Swift e eu espero que gostem, principalmente a minha amiga secreta, Jacke :)

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"— Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo abobadamente."

Abobadamente? Não, isso não está certo.

Lily Evans se forçou a abrir os olhos novamente, mesmo com sono e encarou novamente o exemplar de orgulho e preconceito em sua mão.

"...e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

Mr. Darcy proferiu para Elizabeth e dessa vez, a ruiva leu corretamente. Fechando o exemplar, a ruiva coçou os olhos, ainda não era nem mesmo 6 da manhã, mas ela já estava no metrô a caminho do trabalho, e o livro não estava a ajudando a ficar acordada, mesmo que ela estivesse muito interessada no romance de Darcy e Lizzie, tudo que a Evans queria era chorar e voltar para sua cama quentinha, mas ao invés disso, ela encarou o letreiro que dizia que sua estação era a próxima.

A verdade é que Lily estava exausta, não era grande coisa se pensar que ela se sentia cansada várias vezes durante a semana, mas chega a um momento, em que você atinge o ponto de exaustão, e ali naquele elevador, esperando chegar no seu andar, ela havia atingido o seu. A rotina não costumava mudar muito, sempre acordava antes de Marlene e em alguns dias, a amiga ainda toma café da manhã junto dela, então ia de metrô até o trabalho, tinha aula de tarde e algumas noites trabalhava na lanchonete, era simples, bom, mais ou menos.



As portas do elevador se abriram revelando o escritória amplo, era dezembro então nevava nas ruas de Londres e estar no nono andar com uma janela enorme, dava a visão mais bela da neve que alguém poderia imaginar, a parede perto das mesas que era feita totalmente por uma estante de livros e o cheiro do café feito por Frank Longbottom, algumas vezes valia a pena.

A ruiva desabotoou seu casaco, o carregando até sua mesa, ser a estagiária a fazia ficar no cantinho, mas o cantinho era perto da janela enorme.

Não deve ter passado muito mais de uma hora, mas em algum momento, a ruiva se levantou cansada de revisar papelada e de ter servido cafezinho para cerca de 15 pessoas e se dirigiu até a copa. Então ali estava a ruiva de pé, e mesmo que ela não tivesse noção, transbordando a xícara de café dela.

— Ei, cuidado. — a voz grave surgiu atrás dela, fazendo com que ela se assustasse.

A ruiva abriu os olhos percebendo que havia cochilado em pé, o líquido que agora estava menos do que morno, encharcou sua mão e ela parou de se servir mais café e se afastou contente por seus sapatos ainda estarem limpos, então alguém surgiu ao seu lado com papel toalha tentando, inutilmente, secar tudo. Lily correu atrás de mais papel toalha para ajudar a pessoa que tentava secar sua bagunça, então ele se virou para ela com aqueles olhos castanho esverdeados que brilharam e deu um sorrisinho simples e de alguma forma, aquilo foi muito mais do que um olhar.

Lily se afastou para jogar no lixo os papéis já encharcados e sorriu, aquele era o Potter, trabalhava na editora, se sentava na mesa 23 e bem, ela tinha uma quedinha por ele desde seu primeiro dia.

— Foi um belo acidente, estava dormindo em pé? — o tom que usava demonstrava que estava sentindo graça disso.

— Na verdade, sim. Devo ter cochilado em pé e isso aconteceu.

— Poderia ter sido pior, poderia ter molhado seus sapatos ou criado uma inundação de café. — o Potter sorriu para ela.

Ele levantou a garrafa de café e constatou que estava vazia agora, uma verdadeira pena na opinião dele. Ele a conhecia de longe, era uma das estagiárias que ficavam perto da janela, ele sentia inveja disso.

Table 23Onde histórias criam vida. Descubra agora