Encontros casuais Parte 1

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Após o maravilhoso café na cama com as duas melhores companhias que poderia desejar, Jared era só sorrisos e a mente bem longe relembrando o beijo da madrugada e o de mais cedo, na porta do apartamento, antes de Zoé ir para casa trocar de roupa.

Se fechasse os olhos poderia sentir o sabor dos suculentos lábios rosados, o calor das curvas delicadas, a maciez dos cabelos sedosos e o cheiro de morangos da pele aveludada.

Ah, e o lindo sorriso dela!? E a vermelhidão no rosto de traços delicados após os beijos!?

Incrível como Zoé poderia ser brava e impor respeito em caras com o dobro do seu tamanho, e, ainda assim ser adoravelmente tímida e vergonhosa por causa de alguns beijos.

Engraçado que aquele jeito meigo e tímido a tornava adorável aos olhos de Jared. Gostava de ser a razão das bochechas coradas, dos suspiros e do brilho nos lindos olhos castanhos da amada.

Se meses atrás alguém dissesse que ele estaria completamente apaixonado ao ponto de achar uma mulher adorável, gargalharia da maluquice da pessoa, até a barriga doer.

Mas agora... agora até vislumbrava um futuro ao lado de Zoé, Esther e um menino de grandes olhos castanhos como os da futura mãe.

Oh, sim, um garotinho para vigiar a irmã e livrá-la das garras dos safados. Se bem que os seus cinco sobrinhos também serviriam muito bem para tal propósito. Cuidar de Esther quando ela chegasse na fase de achar garotos beijáveis seria uma importante e grande prioridade. Nunca que sua garotinha beijaria antes dos 30 anos. Se ela quisesse se tornar a irmã Esther, Jared ficaria grandemente honrado de ser pai de uma religiosa.

"Oi, filho ingrato!" Jared quase deu um pulo da cadeira com o grito da mãe. Não a tinha visto ou a escutado entrar em sua sala. "Não respondeu minhas mensagens, por isso estou aqui. Quero saber como foi o jantar com a nossa Zoé." Sentindo-se totalmente a vontade, Janete sentou-se na cadeira em frente à mesa. Os olhos brilhando, ansiosos. "Vocês se beijaram?"

"Na cozinha, no meio da madrugada e hoje de manhã antes que ela fosse para a casa dela."

O sorriso emocionado de Janete foi meio estranho, na opinião de Jared. Sua mãe parecia a ponto de sair saltitando de felicidade.

"Vocês transaram? Espero que tenham usado preservativo."

Respirando fundo para não expulsar a própria mãe da sala, Jared esfregou a nuca com impaciência. Como filho mais novo, sobrara para ele a tarefa de ser o mais próximo de confidente da mãe. Ela sempre o usava para acompanhá-la às compras, ir ao dentista, ao cinema, além de ajudá-la a cuidar de suas plantas. A situação era tão crítica que aos 13 anos de idade foi obrigado a prometer que contaria à mãe quando perdesse a virgindade; promessa cumprida quatro anos depois para a felicidade e tristeza de uma mãe que gostaria de manter os filhos crianças pelo resto da vida.

Hugo e Liam sempre foram bons em driblar Janete. Até porque dificilmente apresentavam alguma mulher para a mãe, sabendo que ela as reprovaria com apenas alguns minutos de conversa. Talvez por essa razão, seus irmãos só apresentaram Eva e Isabelle para a família quando estavam praticamente com os dois pés dentro da igreja.

E claro, depois de quase perderem as amadas, já que elas imaginaram, que não tinham sido oficialmente apresentadas aos patriarcas Hershlag por não significarem nada aos amados.

Seus irmãos eram mesmo idiotas.

Onde já se viu não apresentar a mulher amada para os pais?

Não cometeria um erro tão imbecil.

Até porque seus pais conheciam e amavam Zoé. Assim como Jared conhecia os pais dela e se dava muito bem com eles. Ter conseguido conquistar a amizade de Leon Constantins, o grego carrancudo pai de Zoé, só acontecera por não ter fugido como um covarde após ter uma arma apontada no meio da testa, quando foi deixá-la em casa, depois das 21h em uma noite, em que ficaram trabalhando até tarde na empresa e Zoé ainda não tinha seu próprio carro.

Uma família para a Esther (COMPLETO) ✔✅Onde histórias criam vida. Descubra agora