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- Kyung-soo estava com os olhos meio esbugalhados, ele não sabia como reagir, foi repentino, foi... inesperado. Ele puxou o ar com as forças que nem sabia de onde tinha vindo e olhou pro garoto a sua frente, ele não estava mais a três mesas de distância, er... Isso fez o coração de Kyung-soo falhar uma batida, ele não sabia o que falar, ele nem sabia se era pra falar alguma coisa, mas ele nem precisou dizer nada, pois o ser a sua frente acabou com aquele silêncio que estava cercando cada vez mais Kyung-soo.
"Oi, tudo bem?" Foi o que ele ouviu, a voz doce, nossa, Kyung-soo tinha amado ouvir aquela voz, e pela primeira vez naquele dia Do Kyung-soo gostou de algo que aconteceu naquela tarde que era para ser tão especial, mas que acabou sendo um total desastre.

"O-oi" Ele gaguejou, não sabia se era pelo nervosismo que estava sentindo, o medo repentino que habitou em si, ou se era pelo propio garoto lhe tirar atenção de tudo, ele nem se quer percebeu que o encarava de forma totalmente descarada, Kyung-soo estava secando o garoto bonito que agora, falava com ele. "Eu estou bem..." Mentiu, não falaria sobre o que aconteceu para um estranho, nem sequer deveria está conversando com ele, não sabia quem era, onde morava, ou ao menos seu nome; e ele se lembrou do que sua mãe sempre dizia: "Não fale com estranhos, não aceite nada de estranhos, nem sequer olhe para um estranho; eles podem acabar com sua vida". Foram as palavras da mãe de Kyung-soo, mas ela estava certa, aquele garoto bonito que Kyung-soo nem sabia o nome tinha o destruído, mas nem ele mesmo sabia disso, quem saberia não é mesmo?

"Ah, sei... Eu achava que pessoas viam aqui para afogar suas mágoas, mas tudo bem se não quiser me contar. Eu entendo." Kyung-soo ouviu a voz outra vez, então ele parou por alguns segundos e raciocinou, aquele ser pensava da mesma forma que si, quer dizer... Talvez todas as pessoas que pisaram naquele lugar tivesse o mesmo pensamento, mas, era diferente, era o garoto que Kyung-soo havia achado bonito, era a primeira coisa boa que Kyung-soo presenciou, tocou, ouviu, e sentiu naquele dia. Mas a vida é curta, e nada dura por muito tempo, mas Kyung-soo nem ao menos sabia daquilo, não sabia que seu destino naquele dia iria ser tão bom. Ele nem imaginava o quão trágico acabaria.

"Hoje é meu aniversário, mas...arn...mas, ninguém foi na minha festa." Do Kyung-soo falou pro garoto a sua frente, ele viu a expressão dele mudar, uma expressão de surpresa, e Kyung-soo "sorriu" fraco, ele quase chorou novamente, mas segurou, não queria chorar mais, não queria chorar na frente daquele estranho. "Ah, então, feliz aniversário... E, sinto muito por isso." O adolescente falou fazendo Kyung-soo abrir um sorriso pequeno, Kyung-soo sorriu sem nem perceber, ele olhou pro garoto e respirou fundo antes de soltar o ar que prendia. "E você? Por qual motivo está aqui?" Ele indagou, sua mão indo até a mesa, seu cotovelo apoiado e sua mão "segurando" o próprio queixo; Kyung-soo estava cheio de perguntas, mas não sabia fazê-las, ele estava curioso, mas não sabia como matar a curiosidade; pois, como todos sabemos, a curiosidade matou o gato, e Kyung-soo não queria morrer.

⊰ Pity Party ⊱ [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora