Prólogo - Obsessão

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Chittaphon Leechaiyapornkul

09:45 AM; Tailândia, Bangkok.

— Chittaphon, preste atenção! — sussurrou Lalisa perto de mim. Tirando-me dos meus devaneios enquanto eu olhava para fora da janela, onde se encontrava o dono dos meus pensamentos.

Johnny, capitão do time de basquete da faculdade em que frequento, bastante popular, tanto entre os homens quanto as mulheres e me pediu em namoro na frente da escola inteira. Eu nunca tinha namorado ninguém pois dediquei boa parte da minha vida aos meus estudos já que queria faculdade de medicina, porém, além disso, também sou muito tímido quando se trata de ter algum tipo de namoro, paquera ou seja lá o que for. Apesar de tudo, eu realmente estou muito animado com tal situação. 

Johnny é muito lindo! Alto, cabelos pretos e um pouco grandes, lábios desenhados, um corpo totalmente atlético e definido. Sua personalidade é de alguém extrovertido, incrivelmente sociável e bom de lábia. Alguns boatos dizem que ele é um americano mas que também tem descendência coreana e bom, né.. explica bastante a sua aparência. Também dizem que ele veio morar na Tailândia sozinho, decidido à adquirir sua responsabilidade e independência. 

— Me desculpa, Lisa. Irei me esforçar mais! — respondi com um sorriso sem mostrar os dentes.

Ela retribuiu com uma risada soprada, balançar de cabeça em negação e as frases que vem sempre direcionando à mim: Você está tão diferente depois que esse cara idiota te pediu em namoro. Não creio que conseguiram durar um ano.

Lalisa é uma amiga de infância. Conheço-a desde que me entendo por gente e admito que se eu não fosse gay, pegaria (risos). Lisa, como eu chamo, é uma morena de cabelos lisos, magra, olhos castanhos um pouco grandes, um sorriso encantador e sua marca registrada: franjas inabaláveis. Tem uma personalidade forte e alegre, sempre nos apoiamos bastante. Sim, ela não gosta do meu namorado e fica muito brava comigo porque eu ainda ajo como um adolescentezinho emocionado perto dele.

Assim que a aula se encerrou, eu e ela fomos caminhando para a cantina. Nossa próxima aula seria às dez e meia. Quando achamos uma mesa para nós dois, logo veio Johnny, com seu andar desleixado, mãos nos bolsos frontais da calça moletom na cor vinho e com aquele sorriso torto que me deixa com a guarda baixa.

— Opa, xuxu! — me cumprimentou num tom humorado de sempre, se posicionando atrás de mim e deixando um selar em meu pescoço. 

Esse cara ainda vai me matar! Arrepiou tudo e eu fiquei todo vermelho com toda certeza. 

— Oi. — referiu-se de forma neutra à Lisa.

Logo ele retornou seu olhar para mim, sorrindo grande e aquilo me fez sorrir igualmente.

— Sabe que hoje estamos completando um ano, certo? – perguntou e eu logo confirmei com um acenar de cabeça talvez um pouco exagerado. – Pois bem, iremos sair hoje à noite. Eu vou te buscar, ok? — concluiu de forma retórica pois ele já sabia que eu iria.

Deixou um selar em meus lábios e logo saiu novamente. Não está podendo passar muito tempo comigo porque ele disse estar tendo muito treino, porém eu compreendo seu lado. Johnny gosta muito de basquete e quer fazer disso a sua carreira.

[...]

Não perdi tempo e fui logo me arrumar assim que cheguei em casa. Estava inteiramente ansioso e animado. No decorrer de todo esse tempo no banho, eu pensava o que iria vestir.

Terminei meu banho, peguei a toalha pendurada em uma armação ao lado do boxer e enrolei na cintura. Saí rapidamente do banheiro tendo minha direção em meu guarda-roupa. Decidi vestir uma calça jeans preta colada, camiseta também preta com um blazer vinho por cima e sapatos sociais também pretos. 

Porque você me amou - Taeten. Onde histórias criam vida. Descubra agora