Capítulo 5

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Nunca vou me esquecer dos olhos de Kimberly. Eles pareciam brilhar à medida em que fechava à porta. Posso até mesmo afirmar que havia um ligeiro e assustador sorriso no canto da sua boca.

Quando a porta finalmente se fechou e pude sair do transe em que me encontrava, percebera com mais clareza tudo o que aconteceria nos próximos minutos. Senti uma enorme vontade de gritar. Não sei se de facto cheguei a tentar, mas o nó na minha garganta me causava cede e dor.

Foi apenas quando a sua mão deslizou sobre uma das partes mais sensíveis do meu corpo, e uma enorme e desconhecida sensação se espalhou pelo meu corpo que minha voz finalmente se ouviu, em um grito gutural.

Tento me libertar de seus braços, mas ele é mais forte do que eu.

— Ah!— eu gemo involuntariamente, fechando os olhos e sinto meu corpo entregar-se a tortura.

Oh Deus!

Por que o meu corpo está a trair-me? Por que eu desejo ser tocada novamente? Eu não o quero, não o conheço, eu quero que ele pare. Giro minha cabeça para o lado, para que ele não possa me beijar. Recebo um estalo. Lágrimas quentes escorrem para cada lado do meu rosto, enquanto ele corre seus dentes pela minha mandíbula.

Eu arregalo os olhos, meu coração martela, meu sangue pulsa quente e pesado pelo meu corpo, o desejo, real e desenfreado surgindo através de mim.

Não. Não. Não.

— Oh, merda, sua pele é tão macia.— ele murmura. Sua voz me causa náuseas e esquenta minha pele ao mesmo tempo.

Oh meu Deus, o que está acontecendo comigo?

Eu me torço e contorço, tento me libertar de sua força impiedosa, mas é inútil. Ele é muito mais forte do que eu. Ele morde meu lábio inferior enquanto sua língua invade a minha boca, e eu percebo, com um deslumbre doloroso, que meu corpo não quer resistir a ele.

Meu corpo o quer, ele está gritando isso para mim agora. O desejo surge em minha corrente sanguínea, e eu estou perdida. Suas mãos deslizam pela minha coxa. Eu gosto do seu toque, de todas as formas.

— Cheirosa.— ele respira, e me beija em todas as partes.

Eu continuo a lutar para me libertar, mesmo que meu corpo tenha se virado contra mim, mas minhas tentativas são totalmente frustadas quando sua mão corre por cima de um dos pontos mais sensíveis do meu corpo, provocando pequenos círculos com a ponta de seu polegar e eu não consigo me conter, deixo escapar outro gemido.

Valha-me, Deus!

— É bom, não é?— ele pergunta com a boca no meu pescoço, acelerando o ritmo de seus dedos.— Está molhada, tão rápido, você é uma vadia!

Sinto minhas lágrimas se formarem, enquanto tento controlar meu próprio corpo. Por que eu não consigo fazê-lo parar?

— Sean, por favor.— sussurro, em meio a um gemido. Ele dá uma risadinha e não responde.

Não tenho ideia do que estou a fazer, mas não consigo parar. Ao contrário, eu desejo cada vez mais seus toques. Eu fecho meus olhos e inclino a cabeça para trás. Ele continua. Os gemidos mais intensos, altos, saem involuntariamente de mim.

Eu perdi o controle do meu corpo.

Seu toque parece uma nuvem branca e fofa no céu azulado de verão e ao mesmo tempo nuvens escuras em uma tempestade no outono.

Meu corpo não quer que ele pare.

Ele chupa com força meu mamilo esquerdo e quando o lambe, quase sinto uma convulsão. Gemo e sinto uma doce sensaçao descer até a minha virilha. Estou muito quente. Oh, Deus, suplico internamente, agarrando com força o lençol. E sem aviso prévio, introduz um dedo dentro de mim e eu grito, enquanto o tira e volta a colocá-lo. Esfrega-me com a palma da mão, e grito de novo. Segue me introduzindo o dedo, cada vez com mais força.

Não consigo mais ficar com os olhos abertos.

Meu corpo treme, arqueio-me, estou banhada em suor. Oh, meu Deus... Eu não sabia que iria me sentir assim...Meus pensamentos se dispersam. Meu corpo fica rígido. Maldição, o que está acontecendo comigo?

— Goze para mim, safada.— ele sussurra sem fôlego e me deixo vir assim que diz, caindo em suas mãos, meu corpo convulsiona e estala em mil pedaços. Ele beija-me, para absorver meus gritos.

Minha respiração ainda está irregular, enquanto me recupero do que quer que seja que acabei de ter, quando de repente se senta, tira sua cueca e libera sua ereção. Minha respiração falha. Meus olhos embaçam. O som alto e rouco que deixa a minha garganta é extremamente doloroso. Não tão doloroso quanto a dor que sinto entre minhas pernas e no meu coração.

Tudo fica escuro.

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