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P.O.V. Pai do PAC(n/ sei o nome)

Desde quando o Pac era pequeno, eu sempre tive medo de o largar em uma floresta sozinho ou que ele se perdesse, mas depois que descobri aos seus 12 anos que ele era um ômega lúpus e que um dia eu deveria abandoná-lo para salvar nossas vidas eu nunca fui o mesmo.

Quer dizer, eu continuei o tratando com amor como qualquer pai deveria e até procurei os outros que haviam nascido lúpus como ele para fazer companhia.

Porque, as pessoas não falaram mais com ele depois da descoberta e eu sabia que aconteceria por isso me precavi fazendo amizade com os pais do Felipe e Rafael.

Em alguns dias, dois para ser mais exato, Tarik vai completar seus 18 anos e um beta enviado da alcatéia lúpus(lá tem betas mas os alfas aparece mais) virá o instruir e dizer o que fazer para chegar no local desejado pelos alfas que lhes foram indicados.

Eu por mim mesmo odeio esse tipo de coisa, e olha que eles ainda tiveram a audácia de me mandar uma carta dizendo que eu não vou poder visitar o MEU FILHO.

Mas o que eu poderia fazer para impedi-los? Sou apenas um ômega qualquer e sem falar que se eu não permitisse eles desceriam aqui e o tomariam a força.

E se me perguntassem como eu sei, bom isso já aconteceu uma vez quando eu era criança. Uma ômega não quis ir e a sua família a amava demais então quando a carta de rejeição foi meio que ignorada pelos alfas, seis anos depois cinco deles desceram a montanha, levaram a garota a força e puseram fogo na casa como sinal de que o ômega que não for por bem, irá de qualquer jeito e de brinde vai ter a família incendiada.

Não quero isso pro meu filho, então assim que eles me enviaram a carta eu respondi afirmando. Eu não conseguiria ver o meu Tarik sendo arrastado a força, então se ele for eu quero que vá em segurança.

Agora vem a questão da ida, ele nunca tocou no assunto mas disse que faria, Tarik pode até ter o caráter de um beta mas ainda sim ele teme os alfas. Ele nunca conheceu um, nem mesmo o próprio pai.

O pai dele era gentil, assim como todos aqui só que para mim ele tinha aquele sorriso brilhante e sonhador, era especial. Mas infelizmente ele morreu quando Tarik não tinha nem mesmo completado um ano de vida.....

Hoje de manha, recebi a mensagem de que meu filho teria de ir assim que completasse os dezoito, o que já era esperado mas não entendi por que me mandar outro aviso mas esse tinha uma mensagem a mais no outro lado.

Ele dizia que Tarik teria que entrar na floresta sozinho ao meio-dia e que tinha que ser pontual se não eles entravam na vila e fariam o que as histórias contam.

Tudo que eu mais temia iria acontecer e eu não poderia impedir, depois do choque com o conteúdo escrito eu saí mais cedo para falar com os pais dos outros ômegas deixando para meu filho um pedaço de torta e um bilhete avisando que sai cedo.

Sai para perguntar sobre os avisos, então reuni os pais dos outros meninos.

Eu -- Olá pessoal, eu sei que as reuniões sobre os lúpus já deveriam ter terminado más eu recebi uma carta ditando mais exigências, e queria saber. Vocês também receberam novas instruções? (Obs: eu não sei quais são
os nomes dos pais deles então foi qualquer um)

Jéssica (Mãe do Feberes) -- De exigências e instruções eu só recebi as três cartas, normal -- disse a ômega.

Marcos (Pai do Cell) -- a mesma coisa comigo, só recebi os três, isso deve ser algo diferente para o seu filho.

Eu -- deve ser, mas ainda sim não consigo entender -- falei meio baixo para mim mesmo

Marcos -- conte logo a ele, não queremos que eles venham aqui para tomá-lo a força e que ponham fogo em sua casa.

Eu -- obrigado por tudo pessoal, eu vou indo -- disse e sai nervoso da casa de Jéssica, por ter que conversar sobre isso com ele, partia o meu coração vê-lo chorar a cada chegada de uma nova carta.

( . . . )

P.O.V. PAC

Cellbit havia ido para casa alegando fome e Batista gostava de ajudar alguns animais que encontrava feridos na saída da floresta, ele diz que é como um treino para a sua futura profissão.

Bem isso é o que ele diz no momento, nós três não sabemos o que vai acontecer e falar disso me deixa desanimado e triste por ele.

Quase todos nós temos um sonho mas não sabemos se isso será possível, ouvimos dizer que os alfas lúpus e que trabalham e nós ômegas ficam em casa cuidando da família, casa e tals.

Eu fico triste pelo Batista, eu penso, provavelmente nós três seríamos esmagados pela realidade cruel que é o mundo.

Tão perdido em pensamentos chego em casa sem perceber quanto eu andei, e acho que nem ligava. Entro e vejo meu pai sentado na escada com um envelope nas mãos e uma cara preocupada.

Eu -- Tá tudo bem?

Pai -- está tudo indo filho, mas bem não está -- eu fico surpreso, ele nunca tinha sido assim comigo sempre sorrindo e me mostrando a melhor cara -- eu recebi isto aqui -- ele me estende um envelope azul bebê com um selo vermelho aberto.

Eu sabia bem de onde aquilo havia saído, os envelopes de lá são sempre os mesmos. Fiquei meio receoso em abrir mas logo tomei coragem e o fiz.

Bom dia senhor Pacagnam, a alcatéia lúpus apenas queria lhe deixar informado sobre as novas instruções que o alfa designado para seu filho Tarik insistiu.

1° Ele deve entrar totalmente desacompanhado na floresta

Seguindo a pequena trilha ele encontrará uma clareira.

2° Ele deve esperar ali até que seu futuro alfa chegue, ele não deve se mover nem sair para procurar o alfa caso ele demorar

3° O ômega deve entrar na floresta ao meio-dia em seu aniversário de dezoito

Esperamos que seu filho seja pontual, não queremos erros no primeiro dia certo?

E que fique de aviso, caso o ômega não esteja no local desejado na hora exata a alcatéia terá o direito de buscar o ômega em sua vila.

Eu não queria chorar, preciso ser forte e aguentar isso por meu pai, sentei ao seu lado e o abracei forte. Eu queria não ter nascido um lúpus

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Bom foi isso pessoal, eu quis postar outro capítulo com mais palavras e está aí espero que tenham gostado deixem sugestões e desculpem qualquer erro

O Escolhido - Mitw, Cellps e JvtistaOnde histórias criam vida. Descubra agora