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P.O.V. Autora

Os olhos do loiro se tornaram brancos por uns segundos e um rugido preso saiu da sua garganta. Dentes afiados e garras que arranharam as mãos do alfa o fazendo soltar o ômega que logo se levantou.

Até o lobo insistente que era o alfa entendeu o recado de seu ômega "Não me toque", era uma mensagem bruta e primitiva, o loiro estava sem opções e até seu ômega que queria aquilo tudo começou a se sentir mal.

Com o aviso do ômega, repentinamente o lobo do alfa adormece e Felipe acorda finalmente tomando de volta o controle do corpo e observando a situação.

O ataque de fúria do loiro teria durado, mas o mesmo caiu desacordado e teria batido a cabeça se não fosse segurado pelo alfa. Felipe pensava enquanto carregava Rafael ao quarto e tentava lembrar onde havia deixado o celular.

Pediria a Calango para cuidar do ômega e dormiria na casa de sua mãe aquela noite. Não estava bem e isso era claro, ele não achava que fosse ser negado assim mesmo com o aviso de Tarik.

Deitou Rafael na cama e foi até a sala encontrando o aparelho, o cheiro ainda era forte mas por algum motivo seu lobo pareceu tão desacordado quanto o ômega na cama.

Enviou uma mensagem implorando a Thiago para que cuidasse do loiro no andar de cima e correu até a casa da mãe. Ela comentou uma vez que possuía um remédio para não ser afetado por cios, precisava dele agora.


( . . . )

O ômega suspirou e abriu os olhos, aqueles dois continuavam discutindo e ele nem sabia mais qual era o assunto da vez.

Batista -- Por que a gente não volta? -- sugeriu sorrindo -- Tá ficando meio escuro.

Rodrigo parou para olhar o quão escuro estava, deu dois tapinhas no ombro do namorado e acenou positivamente.

Saiko -- Tá certo, depois a gente conversa -- seus olhos brilharam em vermelho enquanto falava se referindo ao parceiro.

Caminharam tranquilamente até a casa de Felipe para encontrar com seus pais na porta da casa, pareciam preocupados.

Jéssica -- Onde você estava?! -- correu até o filho desesperada -- Saiu hoje depois do almoço e só volta agora que está escuro!

Charles -- O filho da Deya é levado do nada e você some assim, depois daquilo não sabemos mais se andar por aí é seguro.

Batista -- Eu entendo, mas eu estava com o Saiko e o Ycaro, não sozinho!

Charles -- E você acha que isso pararia eles? -- cuspiu com raiva -- Só temos alguns dias com você, fique em casa!

Batista -- Mas pai eu-

Charles -- Nada de mas, se despeça dos seus amigos e entre! -- deu as costas e entrou na casa.

A mãe do rapaz esperou na porta até ele se despedir dos amigos e quando o terminou o acompanhou até a sala.

Jéssica -- Você sabe que ele não quis soar assim não sabe? -- pergunta calmante ao filho.

Batista -- É eu sei, ele acaba pedindo desculpas depois mas... As vezes eu só queria que.. -- suspirou -- Deixa pra lá, noite mãe.

Subiu para o quarto deixando a beta preocupada para trás, enquanto isso o casal que havia sido deixado para trás voltava a discutir enquanto voltavam para a casa do tio do alfa.

Saiko -- Somos amigo à anos, não dá pra ser só isso não? -- olhou o loiro -- A gente não é nem gay Ycaro.

Ycaro -- Saiko.. -- pôs a mão na clavícula e esfregou o local -- Cê me mordeu, como quer que eu não sinta o que to sentindo?

Saiko -- Não foi culpa minha! -- disse alto -- O que quê tu foi fazer na minha casa no cio? Foi é culpa sua mesmo!

Ycaro -- Mas foi você que me chamou pra começo de conversa! -- imitou o tom do outro -- Eu não sabia que isso ia acontecer tá?! E nem queria, eu tinha uma namorada.

Saiko -- Que VOCÊ largou, ela disse que teria ficado com você mesmo com a marca, a gente nem transou e você fez todo esse drama.

Ycaro -- Não ia dar certo, ela teria aceitado mas não era justo, eu gostava muito dela!

Saiko -- E por que não ficou com ela se gostava TANTO?!

Ycaro -- VOCÊ ME MORDEU IDIOTA! NÃO CONSIGO PENSAR EM NINGUÉM MAIS ALÉM DE VOCÊ...! -- abaixou a cabeça.

Ele se virou para o outro lado e soluçou, como uma amizade perfeita teria se transformado nisso? Estava chorando mesmo, não ligava.

Ycaro -- Se você não quer ficar perto de mim tudo bem, eu vô embora -- teria dado o primeiro passo mas algo o prendeu.

Uma mão, uma mão segurou seu pulso, mas ele sentiu garras afiadas e ouviu um rosnar do alfa atrás de si. Estava com medo e virar e encarar o amigo/namorando e ver uma fera, então só fechou os olhos e virou inclinando-se.

O beijou.

Realmente não viu o corpo, estava com medo mas quando seus lábios se tocaram abriu os olhos, eles estavam normais e não vermelhos. Estava tudo bem, ele os fechou sem medo agora e o abraçou encostando sua cabeça no ombro dele, ainda chorava.

Ycaro -- Por favor.. -- disse com a voz embaraçada pelo choro.

Rodrigo suspirou, era estranho sentir aquilo, terrível mas por algum motivo era tão bom ao mesmo tempo. Podia sentir a tristeza dele, era pior para ele mesmo.

Saiko -- Tá... -- puxou o loiro para mais perto -- Não chora, cê fica mais feio ainda assim.

Ycaro sorriu e ainda que de olhos fechados ele conseguiu acerta em Saiko um soco fraco no ombro. Secou as lágrimas e abriu seus olhos, brilhavam com algumas gotas restantes e a luz da lua cheia.

Ycaro -- Tu é muito otário Saiko -- acusou o outro.

Saiko -- E tu é burro Ycaro -- devolveu.

É....

Eles se completavam.

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Bom gente, é isso.

Foi mal ter demorado, tava sem idéias pra esse capítulo e enrolei mais do que deveria.

Como podem ter visto, teve um Sycarozim aí no final, era só pra eles não sairem em branco. Provavelmente vou mostrar eles de novo mas vai demorar, eles não são o foco então não quero perder muito tempo com algo que não é tão necessário.

Vejo vocês na próxima, bye


O Escolhido - Mitw, Cellps e JvtistaOnde histórias criam vida. Descubra agora