ele não é um psicopata, eu espero.

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2.


- Por que o Grupo de Apoio? - escuto uma voz masculina se aproximar.

Viro para olhar quem era, me deparo com o garoto que eu estava encarando, Finn se eu não me engano.

- Achei que estava na roda presenciando meu lindo momento de desconforto. - falo de forma irônica.

- Sim eu estava, só queria puxar assunto mesmo. Aliás me chamo Finn. - ele fala estendendo a mão para um breve cumprimento.

- Eu sei seu nome, estava junto a todos quando se apresentou. Se não me falha a memória você é o fudido viciado em drogas, que técnicamente se mata aos poucos. Correto? - digo e vejo que saiu mais ofensivo do que eu havia imaginado em minha mente.

- Correto, e você é a depressiva barra ansiosa barra anoréxica. Correto? - humor sarcástico, gostei.

- Sadie, prazer. - digo já saindo dali.

- Espera. - o garoto protesta segurando meu braço.

- Ei! - indago pelo ato do mesmo.

- Tá ocupada essa tarde? Podemos ir ao Mcdonald's comer algo, se conhecer melhor. -

Um momentinho, ele acabou de literalmente me ver pela primeira vez na vida e já quer sair comigo?!

- Não sei, você pode ser um psicopata, estrupador ou um lunático. Acho que não seria uma boa idéia. -

- Meu Deus, garota você é louca. Vai ou não? -

- Contanto que você não me mate ou me estrupe acho que tudo bem. - digo dando de ombros - Só irei avisar minha mãe. -

Ligo para a mesma que fica surpresa com o que acabei de dizer, e logo escuto pela ligação pulinhos e um suspiro de alívio ou felicidade

- Vamos? - o moreno me chama.

- Claro. - acompanho ele até sua Mercedes preta, que por sinal era linda e com toda certeza custou uma grana preta.

Ele abre a porta, reviro os olhos e entro, o rapaz da uma risada discreta.

No mesmo momento que escuto o carro dar partida, o moreno começa a puxar assunto.

- Então, vem sempre aqui? -

Ele é um verdadeiro tapado ou é péssimo em puxar assunto.

- Caramba, hoje é meu primeiro dia, não ficou claro? -

- Desculpa, só estou tentando quebrar o gelo. -

Segundos se transformaram em minutos, minutos bastante longos ao meu ver.

Depois de um tempo torturante pude avistar o estabelecimento.

Não sei porque aceitei, eu não irei comer nada, mesmo estando faminta. Mais só de pensar nas inúmeras calorias que um hambúrguer ou um refrigerante podem me render chego a arrepiar cada canto do meu corpo.

Adentramos o local e fomos fazer o pedido.

- Licença eu irei querer um BigMac e um milk-shake de chocolate - o menino de cabelos encaracolados faz seu pedido. - E você Sadie? -

- Agora que me dei conta, estou completamente satisfeita não vou querer nada - tento despistar.

- Não, de um doente pra outro, eu sei que você está mentindo. Escolhe algo -

- Você não é anoréxico, retardado - digo com cara de deboche.

- Mas sei quando um doente está mentindo, escolhe algo logo porra -

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