3.
Morrer. Muitos temem, já outros aguardam ansiosamente um ponto final em suas vidas.
Eu posso ser uma dessas pessoas que vêem a morte como algo bom.
Depressão, creio que não seja só por isso que desejo chegar ao fim da vida mais rápido. O mundo, não ele em si e sim as pessoas que habitam nele.
Mais da metade da humanidade é desumana, só deseja o mau do próximo.
É triste o fato de seres da mesma espécie serem culpados pela morte dos seus, pessoas que contribuem para que outros cheguem ao meu estado.
- Está calada. - Finn fala.
- Caso não tenha notado não gosto muito de falar com as pessoas. - respondo friamente olhando para as casas.
- Você se mutila? -
- Meu Deus Finn Wolfhard, você não sabe o que é invasão de privacidade? -
Minutos atrás queria fazer de tudo pra que ele não ficasse triste. Mas agora que esse garoto voltou a ser insuportável, percebi que o prefiro calado.
- Só não se mata até o ano novo. - o rapaz fala.
- Por que? - falta uma semana para o ano novo.
- Vou mostrar por que você deve ficar viva, se der errado não irei te incomodar mais. -
- Sério? -
- Claro, sumirei da sua vida. - proposta convincente senhor Wolfhard.
- Tá legal, me convenceu. -
- Eu sabia que era uma boa proposta, aliás chegamos. - o garoto para em frente de uma casa com cercados brancos e grama bem verdinha.
Casa típica de filmes.
Descemos do carro e adentramos a residência.
Na entrada posso avistar uma mesinha de vidro com diversas fotos de Finn mais uma garotinha, suponho que seja sua irmã mais nova.
- Mamãe o Finn chegou e tá sem seu aparelho de respiração! - escuto uma menina gritando enquanto desce as escadas.
- Brooklyn sua boca grande, eu vim buscar isso. - o garoto passa entre nós ofegante.
Ótimo estou só com gente que não conheço.
- Quem é você? Meu irmão só anda com o Noah. - a garotinha pergunta com as mãos na cintura.
- Sou uma conhecida do seu irmão. -
- Onde se conheceram? Finn anda com qualquer um que conhece na rua. -
- O conheci no Grupo de Apoio, eu frequento, na verdade hoje foi meu primeiro dia. - digo meio sem graça, ela parece não ter gostado de mim.
- A meu Deus porque não disse logo, todo amigo que Finn faz no Grupo de Apoio é meu amigo também. Me chamo Brooklyn, e você? -
- Sadie, prazer - estendo a mão mais ela dá um pulinho e me abraça.
Ok, a dois segundos ela me odiava.
Progresso.
- Vem Sadie você tem que conhecer a mamãe. - a irmã do garoto sai me puxando, e já que ela tem mais forças que eu não foi problema.
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support group + fadie
De Todoonde sadie vai parar em um grupo de apoio. ou onde finn se torna seu novo remédio.