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um definitivo adeus.

17.

SADIE

     Aquele inevitável estado de ansiedade, que faz suas mãos suarem e suas pernas tremer, sem contar do frio na barriga que é como se uma bomba de ar invadisse todo seu corpo.
Me encontro dentro do carro - parado em frente à um tipo de celeiro vermelho - batucando os dedos no volante.

O que falta em minha pessoa é a coragem de encarar essa surpresa.

A aflição junto de algumas dúvidas me perturbam, será o que tem lá dentro? 

Infelizmente em momentos que me deixam nervosa, minha cabeça insiste em criar uma fantasia, simplesmente incrível, para me acalmar.

E no momento estou tentando convencer uma parte de mim que é impossível eu encontrar ele lá, já que fui em seu funeral.

Após longos minutos pensando em o que fazer, decido descer do carro e adentrar o local, para assim descobrir de fato o que me aguarda.

Bato três vezes na velha porta, até que a mesma se abre com um rangido, dando passagem para eu entrar.

Analiso o local, não demora muito para meus olhos repousar em uma mesa redonda, coberta por um imenso lençol branco, e alguns jarros de vidro abrigando buquês de peônia.

Me aproximo mais e vejo uma delicada caixinha revestida de veludo vermelho, meu coração começa a errar as batidas e de repente já é impossível controlar as lágrimas.

Pego um bilhete que estava junto ao objeto e leio atentamente.

Isso vai ficar insano em você tenho certeza!!!!

As lembranças me invadem por completo e agora eu só queria ter ele de volta.

Abro o pequeno - mas de grande importância  - presente e me deparo com um delicado colar de ouro com um pingente de coração com pequenas pedras rosas cravejadas.

Após longos segundos - que ao meu ponto de vista foi uma eternidade - abro o feixe do acessório e, depois de muito tentar, consigo colocá-lo em meu pescoço.

Estática, contemplo o silêncio daquele daquele ambiente, me permitindo novamente relembrar dos momentos bons e ruins, enquanto acaricio o colar exposto em meu busto.

E dali, sem mais nem menos despeço tanto dele quanto do celeiro.

Finn Wolfhard sempre estará em meu coração, meu primeiro tudo, primeiro namorado, primeira transa, primeiro amor verdadeiro e o mais importante, meu primeiro eu te amo.

6 ANOS DEPOIS. 

- aaaaaaaaaaaaa não acredito! - grito freneticamente com Millie no banheiro do nosso apartamento.

- acredite! E eu não sei como vou contar pra ele.... Noah progrediu tanto quanto aos tratamentos, há até uma possibilidade enorme - Millie para de falar imediatamente mudando sua expressão de alegria para tristeza.

- ei  - protesto tocando em suas mãos que seguravam o teste de gravidez - eu estou feliz por você, corrigindo, vocês - ela ri sem graça e completo - ele também estaria -

- como digo ao Noah? -

- como eu teria dito ao Finn se ele estivesse comigo - digo tentando disfarçar a angústia.

- obrigada - minha amiga me abraça forte, ficamos nesse ato de carinho até escutar alguém me chamando pelo lado de fora do banheiro.

- mamãe! Mamãe! Cheguei! - 

- meu amor! - digo abraçando meu garoto.

- hoje o tio Noah que foi me buscar, e adivinha!  - seu rosto expressava pura animação o que por um breve momento me fez esquecer dos problemas.

- o que meu anjo? - pergunto fazendo massagem em suas bochechas rosadas e cheias de sardas assim como as do pai.

- ele disse que o papai parecia comigo! Disse até que ele tinha cachinhos assim como o meu, só que eram pretos  - uma lágrima disfarçadamente desce pelo meu rosto.

- é verdade meu amor, ele se parecia muito com você, seu papai até se chamava Finn - 

E assim ele sai do quarto de Millie, saltitando, enquanto fico agachada no chão pensando em quão feliz Finn ficaria com ele.

Nosso filho.

×

uAu

Sim, que final inesperado.

Eu quero muito agradecer cada um de vocês que me acompanharam até aqui, votaram e comentaram, vocês não tem idéia de como isso me incentivou a continuar escrevendo essa fanfic.

Espero que realmente tenham gostado dela, porque eu vou sentir saudades. <3

E pretendo escrever uma outra fic em breve também, me aguardem!