Capítulo 2

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Capítulo 2

Eu dei-lhe um duro empurrão e tropecei para trás. Eu já namorei antes, claro. Tive minha cota de sexo e não foi pouco para os meus vinte e cinco anos. Senti muito tesão na vida. Realizei alguns fetiches. Ainda era muito diferente do que Estebán estava fazendo comigo. Com os outros foi mais fraco, mais sutil, mais quieto. Com ele era ... Deus, era emocionante e ao mesmo tempo, me fez querer mergulhar por aquela janela e esperar o melhor, porque cair três andares parecia mais seguro do que ficar aqui e deixá-lo continuar brincando com a minha cabeça desse jeito. Para não falar dos jogos, que ele, obviamente, era capaz de brincar com meu corpo ...

— Você mudou de ideia? — Ele perguntou ironicamente.

—Não. — Eu gritei. — Eu só não estou indo ter sexo com alguém que me drogou.

— Eu não droguei você. — disse ele com uma aspereza em seu tom que deixou claro que ele não apreciava a implicação. — Por que eu faria isso quando quero que você aproveite o conhecimento de que você implorou por tudo que eu vou fazer com você hoje à noite e adorou cada minuto?

Suas palavras me fizeram tremer novamente, sem me tocar. Como a malícia podia soar tão doce? Como eu poderia querer tanto isso?

— Foda-se. — Eu fervi. Nada tirava da minha cabeça de que eu caí numa armadilha. Da próxima vez daria meu preço na primeira conversa deixando claro qual era o objetivo aqui.

Ele me empurrou contra a parede, prendendo minhas mãos enquanto ele olhava para mim, seus olhos cheios de luxúria. Senti alguma força me puxando em direção a ele, desafiando meus lábios a roçar os dele, mas eu sabia que me arrependeria disso. Não porque eu tivesse alguma vergonha ou decência, não. Porque isso confirmaria o que ele já sabia, se não do meu perfume, então da minha ereção moendo contra a dele.

— Posso deixar seu dinheiro a vista. Ou você quer reformular isso? — Ele perguntou em um sussurro áspero enquanto suas mãos apertavam em volta dos meus pulsos.

Meus lábios se separaram e minhas pernas também, abrindo espaço para sua coxa quando ele se encostou em mim. Eu não queria dizer as palavras, mas estava tão desesperado, tão necessitado dessa coisa que era muito repulsivo para falar em voz alta, mas as palavras me escaparam. — Foda-me ...

— Viu? — Ele provocou, seus olhos brilharam com satisfação enquanto vagavam por mim e ele segurou meu queixo em sua mão para forçar minha cabeça para cima. —Implorando já.

Antes que eu pudesse responder, seus lábios tomaram os meus com a violência de um furacão e deixei a destruição passar por mim. Eu nunca beijei alguém assim. Não era como nenhum dos meus namorados ou casos de uma noite. Era estranho, mas familiar, especialmente o gosto dele quando sua língua mergulhou em minha boca, exigindo e reivindicando e procurando. Eu engoli a fumaça e a bebida em sua respiração e ele engoliu meu gemido quando sua língua foi mais profunda e suas mãos agarraram minha cintura.

Percebi que ele estava tentando desabotoar minha calça jeans e tentei ajudá-lo, porque se eu fosse abandonar minha dignidade e vender tudo o que eu representava, percebi que poderia muito bem me envolver. Em vez disso, ele afastou minhas mãos com um grunhido punitivo e suas unhas cortaram minha pele enquanto ele rasgava minha calça jeans e cueca boxer de uma só vez.

Até aquele momento, eu estava convencido de que o único prazer que Estebán teria com esse encontro seria minha submissão, mas um relance em seus olhos me disse o contrário. Eu conhecia a lascívia neles porque refletia a escuridão em minha própria alma, e quando ele se apossou do meu corpo nu, eu sabia que ele me queria tanto quanto eu o queria.

Morda-me - Lobos de São Paulo #1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora