Estranhamente semelhantes

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Katsuki Bakugou

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Katsuki Bakugou

Essa garota, tsk. Por que ela tinha que aparecer aqui pra atrapalhar todo o meu futuro, eu não consegui nem arranhar a filha da puta, porque, porque, PORQUE!

Após o término da luta tínhamos que sair do campo de batalha e voltar para a arquibancada, no meu caso, ir pra enfermaria.
Aizawa acabou de determinar o final do nosso combate, Mitiko já estava de pé e eu ainda no chão que nem merda.

Ela estende a mão em minha direção pra me ajudar a levantar. Até parece que eu preciso da ajuda dessa ridícula. Dei um tapa em sua mão me levantando sozinho e indo em direção a enfermaria, a infeliz fritou a minha mão, desgraça!

Cheguei na enfermaria e a Recovery Girl já foi me puxando pra maca. Eu fiquei em silêncio enquanto ela me curava e acabei caindo no sono logo em seguida.

Quebra de tempo

Assim que acordei na enfermaria, consegui enxergar um amontoado de espetos vermelhos dentro do meu campo de visão, Kirishima.

- Ei Bro, como "cê" tá? - Kirishima perguntou correndo em direção a cama.

- Não enche cabelo de merda. - Disse um pouco baixo por ainda estar acordando.

- Que surra foi aquela bro, a mina sentou a porrada em você! - Kirishima disse tirando sarro.

- Se você não calar a merda da boca, quem vai te descer a porrada sou EU! - Gritei pra ele praticamente rosnando de ódio.

Tudo o que eu não precisava agora era de alguém me lembrando daquela luta de merda. Eu não acertei a miserável nenhuma vez! NENHUMA! Mas isso não vai ficar assim.

- Foi mal, foi mal Katsuki. Mas na moral, ela é mo gata né não? - Kirishima diz com aquela cara de cachorro safado dele.

- Ejiro, vai pra puta que te pariu e vê se para de me importunar! SAI DAQUI ANTES QUE EU TE EXPLODA! - Kirishima mastiga minha paciência de uma forma incrível.

- Calma Bro, só estamos trocando um papo mascu...- Kirishima dizia quando foi interrompido por mim

- SOME PORRA! - gritei e dessa vez ele saiu do quarto com o rabinho entre as pernas.
Fiquei perdido nos meus pensamentos por um tempo enquanto estava naquela maca da enfermaria observando o balançar das árvores por fora da janela, apenas refletindo em como tenho que melhorar meus treinos, tenho muita coisa pra aprender ainda, ontem eu era o invencível, eu hoje eu to só o Deku de merda, um perdedor! Eu não posso ser um perdedor, EU NUNCA PERCO! Essa garota do caralho!
Escuto algumas batidas na porta em autorização pra entrar.

- Entra porra! - Disse irritado.

- Licença enfezadinho. - Mitiko disse entrando no quarto.

- O que você quer aqui, sua desgraçada?! - Disse em um tom já alterado pela raiva.
Afinal, o que ela veio fazer aqui? Tirar uma com a minha cara? Pq se for, já vai rolar um segundo round.

- Vim ver como você estava, por mais enfezadinho que você seja, minha intenção não era fritar a sua mão, então desculpa, sim? - Ela disse, mas eu fiquei raciocinando por um tempo tudo o que ela disse. Porque ela está me pedindo desculpas? Era uma luta, ninguém deve desculpa a ninguém.

- Porque essa merda agora? Tava todo esse tempo se vangloriando, falando que era acima do meu nível, isso e aquilo, você não tem cara de quem pede desculpa assim fácil, então que merda é essa? - Perguntei com uma certa indignação na voz, e ela contorceu um pouco os lábios enquanto me observava com aqueles olhos tão vermelhos quanto os meus.

- Bom, essa "merda" é sobre algo que aprendi com a vida. Sobre não guardar rancor, porque tudo pode mudar com uma simples rajada de vento. Então me desculpe pelo ferimento Bakugou, é isso, tchau. - Ela finalizou a frase e virou as costas saindo do quarto, e eu fiquei lá, com mais questionamentos do que eu tinha antes.

Quebra de tempo

Já estava no meu dormitório, deitado esperando dar o horário da janta. Por mais que eu não quisesse, as palavras de Mitiko ficaram na minha cabeça. Essa garota é muito confusa! Irritada, convencida, forte e também muito bonita, mas isso não vem ao caso agora Bakugou. Primeiro ela vem, joga umas verdades na minha cara achando que é minha mãe, depois vem jogar na minha cara seu poder, aí ela me da uma baita surra, e vem pedir desculpa? Tem dois dias que conheço essa garota, e ela já causou mais do que qualquer uma das garotas que estavam na mesma sala comigo a pouco mais de um ano.
Já era entorno de sete horas da noite, o jantar rola lá pra umas seis da tarde, mas eu sempre vou mais tarde pra não fazer parte de todo alvoroço que fica naquela cozinha. Estava descendo as escadas rumo a cozinha, tinham algumas pessoas na sala, parece que todos ficaram em silêncio em me ver, mas não falei nada, apenas segui até à cozinha com minha carranca de sempre.

Ao entrar no local, tinha apenas uma pessoa sentada ali, e por aqueles cabelos, já até reconheço.

Fui até a geladeira, me servi de algumas coisas que tinham rolado no jantar e enfiei meu prato no microondas, e me encostando no balcão enquanto aguardava a comida esquentar.

- Oi enfezadinho - Ela disse olhando na minha cara com um sorrisinho.

- Para de me chamar assim! - Eu avisei pra ela
com a carraca rotineira no rosto.

- Ué, você está sempre enfezado por aí, te descreve em 100%! - Ela disse dando uma breve gargalhada.

Não pude deixar de reparar, por mais que ela estivesse me zoando, ela tem um sorriso extremamente lindo.

- Você não deveria sair colocando apelido nos outros por aí, isso é falta de educação! - eu disse normalmente pra ela, olhando em seu rosto que ainda estava sendo enfeitado por seu sorriso.

- Você me chamou de idosa primeiro, enfezadinho. Tudo que você não tem também, é educação então não pode falar de mim. - Ela sorriu e deu de ombros.

- Eu sou sim uma pessoa educad... - Fui interrompido pela risada dela.

- Conta outra Bakugou, não preciso te conhecer a muito tempo pra afirmar que isso é tudo o que você não é! - Ela disse rindo ainda mais.

- Para de rir de mim desgraçada ou eu MATO VOC... - interrompido novamente, mas dessa vez pelo microondas apitando.

Tirei meu prato de dentro do utensílio e me sentei no balcão a uma cadeira de distância dela. Não conversamos mais, ela se levantou, lavou a louça que tinha usado e se retirou sem falar mais nada. Porque tínhamos que ser tão estranhamente semelhantes?

Fogo vs Fogo - Katsuki BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora