hyunjin:
e é por isso mesmo que eu detesto sentar no fundãoheejin:
mas o fundão é tão legal, quer dizer, tirando o povo que fica conversando. mas de resto, é
hyunjin:
coragem para conseguir prestar atenção nas coisas. eu sou muito lerda, então preciso focar nos meus objetivos de cabeçaheejin:
entendo. mas, quando você mergulha de cabeça, não acaba doendo um pouquinho? *risos*
h
yunjin:
se eu gostar do meu objetivo, às vezes esquecer o mundo e lutar por isso deixa meu coração quentinho><><><
Foi assim por dois dias seguidos. Minha alimentação consistia à base de mensagens, minha sobremesa eram as fotos extras que mandávamos uma para a outra, meu desafio era conseguir manter uma conversa longa mesmo com a bateria do telefone acabando, e minha sede era a única realidade — meus rins agradeciam, pelo menos.
Descobri que Hyunjin jogava bastante "Fortnite", que sua comida favorita era pão, sua cor favorita amarelo, e que para relaxar, ela gostava de deitar-se na sua cama e ouvir músicas de elevador — o tão irritante apelido para a bossa nova. Se eu não estava falando com ela, nós duas cuidávamos de alguma coisa na casa, como lavar a louça ou estudar, e conviver com nossa família — nisso, Hyunjin preferia se manter neutra. De resto, nada se deixava passar entre nós duas. Foi como uma "stalkeada" dupla e prazerosa, e no fim do primeiro dia, ao dormir, tive a certeza que havia encontrado o grande e esperado amor da minha vida.
Foi Hyunjin também quem me fizera amenizar nas paranóias, e logo a situação da denúncia começou a ser afastada — mas não esquecida. A resposta de Kahei era como um pesadelo no meio da madrugada, me alertando: "Se você não ajudá-la, é aí mesmo que ela nunca vai reparar nos seus sentimentos." E se ela estiver já reparando, mas de outra maneira? Aquela cena na sala não pode ser real. Hyunjin possa ter se machucado quando voltava para casa e sua mãe ficou irritada com isso. Nada demais — e no fundo eu me negava.
E na noite do segundo dia, Hyunjin me ligou.
— Alô?
— Heejin, por favor. — Sua voz estava chorosa, soluçando nas palavras. — Toca alguma música para mim. Por favor.
— O que aconteceu? Você está bem?
— Meu som estragou, minha mãe não quer ouvir barulho em casa... — Engoliu a seco, e soltou um bufo de cansaço e choro. — Por favor, toca algo para mim...
Imediatamente, peguei meu computador, e cliquei na primeira rádio-live da plataforma, aproximando o microfone do celular ao aparelho, os sons calmos do som brasileiro ecoando baixinho para os nervos de Hyunjin.
Não teve outro som além da música, e isso me torturou. Mas pelo menos, Hyunjin melhorou na ligação, alegando estar ficando mais calma, e agradecendo para mim por ter salvado-a.
Acabei não perguntando nada sobre o porquê dela ter me ligado desse jeito. Me deixei levar pelo sua voz, seus sentimentos, e segurei sua mão, mesmo que através da minha imaginação. Ela precisava disso.
— Quando eu era bebê, meu pai tocava os discos dele para mim. — Me contou. Prestei total atenção em Hyunjin, ainda mais, que ela finalmente se abria comigo em relação à sua família. E como essa era a parte mais curiosa que eu queria saber, não perderia uma chance. — Ouvir os discos me lembra ele, por isso me acalmo.
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eu, tu, nós e eles ☆ loona
Fanfiction❝onde heejin, uma adolescente que nunca teve objetivos na vida, acaba encontrando um quando conhece hyunjin.❞ ⇢ heejin+hyunjin. ⇢ short fic.