Dizer que Ramona estava animada para a viagem seria com certeza um equívoco.
Não que ela não gostasse dos estados unidos, muito pelo contrário,ela já estivera em new York quando pequena e fora uma viagem mágica. Mas o motivo pelo qual ela iria para Deadwood,cidade na Dakota do Sul não a deixava tão contente assim. Na verdade,Ramona nem queria ter de se mudar e no avião,indo em direção a sua nova casa,as lembranças de sua última conversa com a mãe,ainda em casa arrumando as malas se repetiam martelando sua cabeça junto com uma única pergunta que a assombrou durante a viagem toda "minha mãe está mais feliz do que nunca,mas e eu?".E por que uma simples pergunta a machucou tanto? Porque Ramona sabia que não se dizia respeito só a ela,mas também a sua mãe,que a amava tanto e ela nunca seria capaz de desistir da felicidade da mãe por uma dúvida estúpida que talvez fosse embora em alguns dias,Ramona não teria essa coragem.
Ramona estava confusa,nos últimos seis meses a garota havia tentado a todo custo manter um relacionamento com um garoto da escola,que ela não conseguia gostar de jeito nenhum. Ele dizia que precisava dela,mas se precisava tanto porque insistia em deixá-la mal? Além dos problemas com a vida amorosa a garota também acabara de perder suas duas únicas amigas por culpa de um desentendimento e seu padrasto era rabugento e fedia a bebida alcoólica.
A pesar das dificuldades,Ramona via uma esperança,e essa esperança era onde ela estava desembarcando nesse momento: Deadwood.
(...)
—as casas daqui são lindas—Ramona disse,olhando a vista pela janela do carro da Donna,a amiga de infância sua mãe.
— você acha? Fico muito feliz que esteja gostando daqui,querida—Donna disse com um sorriso radiante.
Deadwood era um lugar lindo. Suas ruas,casas, estabelecimentos,tudo exalava um cheiro excêntrico,como um ímã que prendia a atenção de qualquer um no lugar. Todas as construções seguiam algo como um padrão,num estilo antigo lembrando muito os filmes de faroeste que Ramona via quando pequena.
Ao chegar na casa Ramona deixou as malas no chão e esperou Donna chegar,com duas plantas nos braços: Samantha e Leon,suas plantas preferidas.
Ramona tinha milhares de plantas no jardim da outra casa,cada uma com um nome escolhido pela mesma,e como ela amava aquelas plantas com todo o coração, resolveu levar consigo pelo menos duas,para que pudesse sempre se lembrar do seu pequeno jardim.— você é a Ramona? — sentiu alguém cutucar suas costas.
— hm? — Ramona se virou e virou uma garota que aparentava ter uns 12 anos.
— é, você é a Ramona. Eu sou a Madeleine.— ela abriu um sorriso de orelha a orelha e foi para a cozinha.
— Ramona,algumas coisas suas já estão no quarto,as menos importantes nós podemos pegar depois, vejo que você já conheceu a Madeleine, não é? Agora a Laurel não está em casa,saiu com uma amiga,mas vocês irão estudar na mesma escola, espero que se deem bem. — Donna disse, enquanto carregava as duas plantas.
(...)
Ramona estava exausta,a viagem fora cansativa,ainda tinham coisas suas no carro e seu telefone não parava de vibrar com ligações de sua mãe
Ramona acabara de deixar tudo que tinha para trás, sacrificando sua felicidade pela felicidade da mãe e não se sentia confortável para um diálogo com a mesma,pelo menos não naquele dia,ou naquela semana,ou naquele mês,ou em um período de tempo longo,beem longo.
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Euphorie;; | pausada!
Teen FictionRamona se vê obrigada a morar com uma amiga de infância de sua mãe após a mesma anunciar que irá se mudar com seu noivo para a Espanha. Mas ao chegar em sua nova morada,a garota encontra Laurel: uma jovem e rebelde pintora passando por um bloqueio c...