× capítulo um - vou consertar tudo ×

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AMBER SWAN

— Hm... Acho que o Nate. — Evie fala, mordendo o lábio inferior ao revelar quem ela ficaria dos garotos do time da universidade.

— O Sammy é um gato! — Zoe exclama, encarando o garoto de longe. Rio sarcasticamente, pegando mais uma batatinha. — E você, Izzie?

— Com certeza eu ficaria com o JJ. Ele é fofo comigo e um ótimo parceiro na aula de biologia. — Izzie responde.

— Pena que todos são babacas. — cruzo os braços sobre a mesa, encarando minhas amigas.

— Você é sempre do contra, Amber! — Evie ri, negando com a cabeça.

— Não é isso, apenas estou falando a verdade. — dou de ombros.

Me levanto para deixar a bandeja que eu estava numa parte específica pra isso, e quando ia voltando, ouço a voz irritante de Margot.

— Manda sua amiguinha esquisita parar de olhar para o Sammy. A Stassie e ele estão... — ela suspira, sorrindo falso, antes de continuar. — ficando. Sério. Tipo, sério mesmo.

— Primeiro: nunca fale das minhas amigas, pois eu nunca abri a boca pra falar das suas. — começo, numerando tudo o que eu estou prestes a dizer. Margot ajeita a postura, cruzando os braços. — Segundo: se o Samuel ou a Stassie estão incomodados com os olhares da minha amiga, que eles venham e falem diretamente com ela. Caso contrário, fica na sua, Margot, que eu nunca te dei motivo para ter raiva de mim! — exclamo, vendo ela entreabrir a boca e semicerrar os olhos, ainda com os braços cruzados.

— Como é que... — ela vai falar algo a mais, mas eu apenas balanço os dedos, acenando, e vou andando de volta até a minha mesa. Antes de esse caminho ficar completo, sinto algo escorrer pelos meus cabelos e cair na minha blusa preta. Arregalo os olhos e olho para baixo, vendo meu busto melado do famoso molho nojento. Olho para trás, e Margot está com um pote pequeno na mão, rindo com os seus amigos. Se é que eu posso chamar assim...

Nesse momento toda a universidade está me encarando, alguns rindo, outros com os olhos arregalados e um deles tira várias fotos, o Oliver, responsável pelo álbum de fim de ano. Fecho os meus olhos por um momento e dou mais alguns passos até chegar na mesa que eu me encontrava anteriormente. Peço licença e pego o molho nojento que Evie e Zoe receberam. Como minha mira e pontaria são boas, jogo de uma vez os molhos na direção da Margot.

O que eu não esperava era que alguém ia passar bem na hora, fazendo o líquido nojento cair todo sobre a pessoa. Quando vou olhar bem, Gilinsky está me encarando com fúria no olhar e com o rosto coberto de molho. Risos, gritos, barulho de câmeras tirando fotos... Tudo isso se mistura ali no refeitório. E é claro, como se não já tivesse tudo péssimo...

— Que baderna é essa? — o reitor Payne chega com seu tradicional paletó colorido, enquanto encara eu e Gilinsky. — Os dois, já para a minha sala. — ele fala, e eu suspiro, enquanto Jack fica confuso com tudo. — E vocês, comam e voltem para as suas salas!

(...)

— Você vai ajeitar toda essa merda! Eu não posso perder esse jogo! — Gilinsky exclama, ainda furioso quando chegamos ao corredor. O diretor achou que eu e Jack estávamos desperdiçando comida no refeitório e acabou nos dando suspensão. De bônus, Gilinsky estava suspenso do jogo de hoje também.

— Não era minha intenção nem jogar aquilo em você! Era pra ser na Margot. — me explico, o encarando com o cenho franzido.


— De qualquer forma. Eu posso perder muita coisa hoje! Não tive nem como me explicar. Então agora você vai ajeitar tudo. — ele me encara de volta, com o maxilar travado.

— Antes de tudo, abaixe sua voz pra falar comigo. Sei que eu errei e estou disposta a consertar, mas não é preciso falar comigo dessa forma. — falo, cruzando os braços.

— Foda-se, seja lá qual for seu nome! Eu quase perdi o posto de capitão e vou perder o jogo de hoje, que é muito importante. O mínimo que você deve fazer é explicar que eu não tenho nada a ver com a história. — ele continua com o mesmo tom de voz, e eu acabo me esgotando.

— Não dá pra resolver nada! — praticamente berro. — Eu entendo você e vou consertar tudo.  Pode demorar, mas vou. Porém não vou deixar homem nenhum gritar comigo! Passar bem, Gilinsky. — ajeito minha bolsa em minhas costas, saindo com raiva daquele ambiente.

Wrong guy • Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora