× capítulo trinta e oito - não sou só eu que fica boba, não é? ×

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AMBER SWAN

Quinta-feira

Ao acordar, demorei alguns minutos para de fato ter consciência de que estava acordada. Sentia que estava com minha cabeça apoiada em uma coisa macia, um braço se encontrava em minha cintura, enquanto o meu estava estendido sobre algo. Abri os olhos e lembrei da noite de ontem.

Antes de chegarmos aos finalmente no carro, eu senti que seria melhor fazermos qualquer coisa em casa. Não sei, apenas senti algo estranho praticamente me avisando para tomar essa decisão. Viemos para a minha casa, e nem sei se eu fechei a porta da frente direito, já que Gilinsky e eu não perdemos tempo em já entrar aqui aos beijos. Sorrio com a cena passando novamente na minha cabeça.

Quando disse que ainda não tinha mudado minha opinião sobre ele, eu não contei toda a verdade, porque pensava que quanto mais eu ignorasse ou mostrasse desinteresse, mais eu erguia a barreira entre me apaixonar e ficar estável quanto aos meus sentimentos. Não estava preparada para me decepcionar com ele, porque iríamos nos ver sempre pelos corredores daquela universidade. Não quero que seja o mesmo inferno que foi com Dave no colegial.

Com cuidado, ergui meu corpo e me sentei em minha cama, fazendo com que o braço de G que estava entendido sobre mim caísse no lençol. Observei seu rosto, sua boca e seu maxilar. Acho que a ideia de que ele fazia parte e era o capitão dos babacas não me deixava perceber que Gilinsky era atraente, externamente. E, internamente, eu tô começando a perceber que também é. E sim, eu era uma das únicas que não caía aos pés do tão falado capitão Jack Gilinsky. Na verdade sempre ignorava seu grupinho, porque a ideia de não me juntar com as meninas que só faltavam implorar por um beijo deles era mais forte.

Ao olhar para o relógio, percebi que a gente não havia dormido muito, já que só fomos pensar em dormir lá para as 4h da manhã, e só são 7 horas. Tinha que acordar Jack, senão perderíamos um dia de aula e ele ainda tinha que voltar para casa.

Já que ele tinha sempre esse lado safado de fazer provocações e coisas inesperadas por mim, decidi então fazer o mesmo. Jack estava apenas de cueca, deixando a mostra seu abdômen. Sem mais esperar, subi em seu colo.

Comecei intercalando entre beijos e mordidas em seu pescoço, enquanto deslizava uma das minhas unhas desde o seu peito até um pouco antes do final da sua barriga. Fui beijando seu rosto e cheguei em seus lábios, também os beijando rapidamente. Deixei mordidas e chupei seu pescoço, sendo que foi nesse momento que ele acordou meio sem saber nem o próprio nome, mas após ver o que estava acontecendo, sorriu abertamente. Jack coçou os olhos com os dedos, e logo colocou suas mãos entre a minha cintura e minha bunda.

- Hm, sexo matinal não estava planejado, mas podemos tentar. - ele fala, descendo sua mão e apertando minha bunda, com um sorriso safado típico no rosto. Olhei para o seu sorriso e percebi que aquilo daria uma boa foto.

- Calma, fica paradinho aí. Admito que até acordando fica lindo. - profiro, analisando seu rosto e sua expressão. Me estendi um pouco, apoiando a mão no peito de Jack, e peguei o celular dele, que era o mais próximo. Ele desbloqueou o aparelho e eu coloquei na câmera.

- O que você vai fazer? - ele perguntou confuso, tirando o sorriso do rosto. Suas sobrancelhas franziram ao mesmo tempo que eu o respondi:

- Não, não, volta a sorrir. - pus meu dedo indicador em seu queixo, o impulsionando a sorrir, o que aconteceu direitinho. Apertei algumas vezes o botão da câmera e sorri ao ver o resultado. A fotógrafa e o modelo ajudaram demais. Principalmente o modelo...

- Eu sei que eu sou lindo, mas nunca pensei que você ficaria boba vendo uma foto minha. - ele diz, e eu deixo o celular dele onde estava, o encarando com a cabeça meio inclinada. Ele sabia me provocar direitinho, e confesso que estava precisando de uma aulinhas de como fazer isso, já que sou péssima nisso.

- Eu não fiquei boba... - começo a sentir minha bochecha ruborizar, sinalizando que eu estava começando a ficar envergonhada. - E sobre a sua primeira fala... No momento não podemos, porque senão nos atrasaríamos. Só se fosse rápido, ainda tenho que chegar um pouco mais cedo hoje. - digo, passeando meus dedos pelo seu abdômen, enquanto eu percebia sua pele ficar arrepiada com o meu toque.

- Você sabe que eu não vou recusar. Além do mais, acordar com você assim, em cima de mim, me beijando e com esse sorriso... Não acha que é tentação demais? - ele se senta na cama, me olhando bem próximo, enquanto uma de suas mãos estava apoiada em minha coxa, apertando.

Sorri com os elogios, tentando não demonstrar que me senti feliz e surpresa com tais. Se quiser me conquistar e ganhar, é só elogiar meu sorriso.

- Rápido. - eu relembro, dando atenção, e ele faz a sua melhor cara sínica, sorrindo de canto e trocando rapidamente as posições, ficando por cima de mim.

Ele tirou o moletom que eu tinha colocado antes de dormir e observou meu corpo praticamente nu. Ao perceber seu olhar de admiração, eu segurei meu rosto, o fazendo me encarar.

- Parece que não sou só eu que fica boba, não é? - eu sorrio, assim como ele, selando nossos lábios, já ele desce suas mãos pelo meu corpo.

(...)

- Percebi que você e a Amber estão distantes? Vocês terminaram? É que, sabe... - Kira se apoia com os cotovelos na mesa do laboratório, deixando a mostra seu decote.

Eu precisava falar com o professor responsável pelo laboratório, e quando cheguei na porta, percebi que só estava Jack e Kira na sala, já que pelo o que Gilinsky me disse mais cedo, a primeira aula era desse mesmo professor. Decidi então ouvir a conversa deles, e percebi que a garota estava claramente dando em cima do Jack.

- Não tô interessado. E você mesma sabe disso. - ele diz, me surpreendendo com a resposta. Eu esperava um "Claro, gata", junto de um beijo caloroso entre os dois. Mas Gilinsky me surpreendeu.

- Quando era com a Margot, você nunca recusava. - Kira se aproxima dele, tentando de alguma forma fazê-lo aceitar.

- É, e fui um filho da puta por ter feito tudo aquilo com ela. Se bem que ela fazia o mesmo comigo... Com a Amber é diferente e espero que respeite isso. Quando o professor chegar eu volto. - ele fala pegando sua bolsa em cima da mesa, e percebo que ele estava vindo na direção da porta. Rapidamente saí dali e fui andando para a direção contrária.

Por mais que nosso namoro falso tenha acabado, Jack deu a entender que ainda estávamos junto e recusou a Kira, uma das garotas que é bem desejada por aqui e que por acaso ele já ficou. Até onde eu sei e espero estar certa, Jack só ficou comigo durante esse mês que passou, e isso pode ser chamado de milagre, recorde ou algo do tipo. E agora, mesmo sem saber que eu estava o ouvindo, falou que comigo era diferente. Agora só bastava eu saber o porquê.

×

decidi fazer um capítulo mais casalzinho, misturado com confusões de sentimentos da Amber e diferentes ações do Jack.

queria sempre ter a oportunidade de deixar eles assim, nessa vibe, mas vocês sabem que nem sempre vai ser assim...

Wrong guy • Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora