× capítulo setenta e sete - semelhanças ×

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JACK GILINSKY

Dias depois...

— Você ainda não me contou para onde estamos indo... — digo, enquanto coloco minha mala no carro. Ela faz o mesmo com a mala dela, e nós fechamos a parte de trás do carro.

— Eu falei. É surpresa, ué. Não vou te sequestrar, Jack. Relaxa. — ela nega com a cabeça, rindo, enquanto ia para o banco do motorista. Sentei no banco ao seu lado e coloquei o cinto, assim como ela.

— Se fosse por você, até que não seria má ideia. — digo, vendo ela me olhar rindo.

— Bobo! — ela sorri, ligando a ignição do carro e dando ré, a fim de sair da garagem da sua casa. — Eu estou pensando nessa viagem faz um tempo. E aí soube que teria minhas férias e programei. A única coisa que iria nos impedir era se você não aceitasse. — ela dá de ombros, saindo da sua garagem e começando o caminho de verdade.

— Você sabe que eu não recusaria. Só se eu realmente não pudesse. — digo. — E você programou tão bem, que o dia que nós voltaremos, será no mesmo que eu terei uma reunião com os Lions para assinar de vez o contrato. — falo.

— Ai, eu ainda não tô acreditando que você conseguiu contrato com um time aqui em LA. Parece que agora tudo tá conspirando ao seu e ao nosso favor. Eu passei de um estágio para contratada, e você conseguiu uma vaga nos Lions... — ela suspira feliz, prestando atenção no trânsito.

— Eu também ainda não acredito. Parece tudo tão surreal. Parece que foi tudo escrito pra ser assim. — eu também suspiro, olhando com admiração para a minha namorada.

Minha namorada...

Quem imaginava que eu chamaria de minha namorada – dessa vez de verdade – a pessoa que concordou em ter um namoro falso comigo no início? Eu jurava que ela não fazia meu tipo, mas isso era apenas para eu mentir para mim mesmo e não ter nenhum vínculo com ela além do namoro falso.

— O lugar que a gente vai tem algo de especial? — eu indago, tentando adivinhar onde é.

— Tem. Pra mim, pelo menos. Tem um significado muito... Importante. — ela fala, mas eu não consigo ter nem ideia.

— Tem alguma praia, piscina, é um lugar deserto? — indago. Amber me olha com tédio de canto de olho, e eu rio. — Eu tô tentando adivinhar. Tô ansioso pra saber onde é.

— A viagem demora um pouquinho, mas você nem vai perceber direito. O tempo vai passar rápido, prometo. — ela fala, sorrindo.

(...)

Já fazia mais ou menos uma hora e meia que estávamos naquele carro. Amber as vezes dava rápidas paradas para abastecer para não ficarmos presos no meio do caminho. E esse era um desses momentos.

Eu pude ouvir e ver claramente o carinha do posto de gasolina elogiando e olhando Amber com desejo. Minha namorada apenas falou algo, ainda meio sem graça, e pagou pela gasolina, entrando no carro novamente.

— Viu o que ele falou? Eu já sabia das intenções dele e apenas soltei que não tinha interesse e que tinha namorado. Num instante ele ficou calado. — ela ri, guardando sua bolsa no banco de trás. Ela fechou os vidros e ligou o ar, enquanto isso eu coloquei uma música.

Wrong guy • Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora