Capitulo Cinco

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  Eu brinquei com a escova que Jake tinha me dado de presente. Meu cabelo parece um pouco... Bagunçado. Acariciei meu cabelo com a escova e continuei a fazê-lo por toda a minha cabeça. Foi tão bom.

  Eu assisti os humanos brincarem enquanto eu escovava meu cabelo. Alguns barcos ligaram seus motores e navegaram para o alto mar. Mergulhei na água e nadei até onde vi o barco de Jake. Faz uma semana e todos os dias nos vemos.

  Parecia um sonho. Um humano e uma sereia, quem poderia ter pensado? Bem, há a história sobre Ariel e esse homem. Eu nunca pensei que fosse verdade. Mas..,

  Afastei o pensamento e emergi em frente ao barco dele. Ele pulou e sorriu.

  — Você me assustou!

  Eu ri. 

  — O que você está vestindo? 

  Ele estava vestindo um terno preto que cobria o pescoço para baixo. 

  — É uma roupa de mergulho.

  Eu balancei a cabeça, fascinada. 

  — Você vai... mergulhar?

 Eu disse um pouco animado. Ele assentiu.

  — Yay! Você vai mergulhar comigo? - Eu perguntei novamente. 

  — Sim! Foi por isso que eu vim. Eu estava pensando que você poderia me dar um passeio por essas águas? - Ele levantou uma sobrancelha.

 Eu assenti animada. 

  — Vamos!

  Eu dei um giro na água e ele seguiu com nadadeiras estranhas nos pés. Eu olhei para ele e sorri.

  Ele me seguiu até a minha pedra e subimos nela.

  — Uau. É daqui que você fica me espionando? - Ele riu e eu ri junto. 

  — Claro que não!

  Ele riu e assistimos os humanos surfarem e brincarem.

  — Você tem uma boa visão daqui. - Ele disse olhando para mim. 

  — Sim é muito bom. Encontrei este lugar há pouco tempo.

  Ele assentiu e coçou a cabeça.

  — Onde você mora? Quero dizer, é no oceano, eu realmente não esperava uma casa. - Ele gaguejou.

 Eu sorri. 

  — Me siga!

 Mergulhamos na água e nadei até minha caverna. Ele parecia incerto, mas me seguiu de qualquer maneira. 

  "Não posso demorar muito pois humanos não respiram em baixo d'água" Penso comigo mesma.

  Quando entramos na caverna, ele olhou em volta com os olhos arregalados e nadou até o meu leito de ervas daninhas do mar e diversão brilhava em seus olhos. Nadei até minha lança e a peguei. Seus olhos se arregalaram como se eu fosse... Não! Eu nunca faria isso.

  Eu sorri e me virei. Ele me seguiu e pegamos vários peixes.

  Mais tarde, estávamos de volta ao barco e ele estava cortando o peixe. 

  — Por que cortar o peixe? Isso faz você ter menos. - digo e ele riu.

  — É para tornar mais fácil comer e você ainda tem a mesma quantidade.

  Eu balancei a cabeça e ele me jogou um pedaço. Peguei e comi, ainda não tenho certeza de que facilita a ingestão.

  — De onde você tirou essa lança? - Ele perguntou uma sobrancelha levantada. 

  Eu disse a verdade. 

  — De um barco de pesca. Eles estavam caçando caranguejos, então... peguei e usei para conseguir comida. Tinha dez anos quando o peguei.

  Ele assentiu. 

  — E quantos anos você tem agora?

  Eu pensei sobre isso. Eu realmente nunca me incomodei em acompanhar a minha idade. 

  — Eu tenho dezessete anos. - Demoro pra responder - E você, tem quantos anos?

  Ele comeu um pedaço de peixe. 

  — Eu tenho dezoito anos.

  Eu assenti. Seu cabelo preto estava bagunçado e pingando água, mas combinava com ele.

  — Bem, é melhor eu ir... tchau Bela.

  Ele sorriu para mim e ligou o motor. 

  — Tchau, Jake. Você sabe onde me encontrar.

  Ele assentiu e rugiu para longe. Eu dei um giro na água e nadei até minha caverna para dormir. O sol estava se pondo e eu tinha passado um dia inteiro com Jake.

  Quando minhas pálpebras se fecharam e eu caí em um sonho, me imaginei uma garota em terra com Jake.

A Pequena BelaOnde histórias criam vida. Descubra agora