Capitulo Quatro

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  O homem olhou para mim por um tempo. 

  — Eu não vou te machucar - Ele disse um pouco mais ousado. 

  Senti alívio correr através de mim.

  — Obrigada - Eu disse calmamente - Eu sou Bela. Quem é você?

  O homem chegou um pouco mais perto do meu lado do barco. 

  — Eu sou Jake - disse ele estendendo a mão para mim. 

  Eu olhei para ela, confusa. 

  — Você sacode.

  Peguei a mão dele e a apertei lentamente.

  — Sim, assim. É para dizer "oi" - Ele disse sorrindo, sorrio de volta.

  — Você tem um sorriso muito bonito - Ele disse, me observando de perto. 

  — Obrigado! Você também. - Respondo educadamente.

  — Pode me mostrar aquela coisa de novo?

   Eu balancei minha cauda amarela e sorri.

  — Isso?

   Ele riu.

  — Nunca tinha visto uma sereia antes - Ele diz ainda chocado em me ver.

  — Fico feliz em ser a primeira.

  Ele ri de novo.

  — Bem, Bela, eu tenho que voltar, vamos nos encontrar amanhã? - Ele perguntou.

  — Claro! - Eu disse alegremente. 

  — Tudo bem. Até amanhã então!

  Lembrei de algo.

  — Espere! Como chama aquela coisa em que você está montando?

  — Um barco.

  Eu assenti. 

  — Barco. Palavra engraçada!

  Ele riu e de repente o barco rugiu para mim. Eu gritei.

  — Está tudo bem! Estou apenas ligando o motor - Disse ele tentando me tranquilizar.

  Inclinei minha cabeça.

  — O que é um motor? - Eu perguntei.

  — Algo que liga o barco para ele se movimentar pelo mar.

  Eu assenti. 

  — Ok. Bem, tchau... 

  Ele ligou o motor e foi se afastando cada vez mais. Eu sorri em sua direção e mergulhei alegremente na água.

  Chego em na minha pequena caverna muito feliz, eu finalmente falei com o humano que salvei, ou melhor, Jake, caio na minha cama de algas e durmo sem sonhos.

  Quando abri os olhos, estiquei-me alegremente e fui para a superfície onde conheci Jake. Ele não estava aqui. Eu fiz uma careta e olhei em volta porém ele não estava em lugar nenhum. Suspirei antes de ver no canto do meu olho Jake ligando seu barco e vindo em minha direção. Eu sorri e o cumprimentei.

  — Oi, Jake!

  Ele sorriu.

  — Olá.

  Ele tinha um balde de peixe.

  — Para que é isso?

  Ele agarrou o balde e jogou o peixe na água.

  — Para você, se você gostar de peixe é claro.

  Eu sorri e comi o peixe.

  — Obrigado! Mmmmm, o que você fez com eles? - Eu perguntei, lambendo meus lábios. 

  — Eu cozinhei eles. Você gostou? - Ele diz e sorri.

  — Eu amei isso! - Digo estendendo minha mão e ele a pegou, eu balancei para cima e para baixo.

  — Olá! - Digo e ele ri alto. 

  — Olá, de novo! - Eu ri também, o riso dele era contagioso.

  Continuamos conversando sobre coisas que tínhamos em comum - como nadar.

  Mais tarde, ele teve que sair e nadei de volta à minha caverna, onde Eleanor estava nadando. Ela me viu e apontou para a superfície. Eu balancei a cabeça e nadei. Quando ela apareceu, começou a tagarelar.

  — Onde você estava? Por dois dias eu não te vi!

  Eu levanto minhas mãos.

  — Eu vou explicar.

  Ela cruzou os braços. Depois que contei tudo o que aconteceu com Jake, ela me encarou com os olhos arregalados.

  — Eu não acredito em você! - Ela ficou boquiaberta para mim. Suspirei. 

  — Eu sei que está errado, mas sinto uma conexão com ele. O que eu devo fazer?

  Ela balançou a cabeça e mergulhou na água e nadou para longe. Suspirei e mergulhei até a minha caverna.

  É muito errado eu estar falando com o Jake? Provavelmente... Acabei de colocar a raça das sereias em perigo.

A Pequena BelaOnde histórias criam vida. Descubra agora