Capitulo Dezesseis

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  A última coisa que me lembro foi de ter sido atingida por uma pedra e ser pega dentro de uma rede. Quando eu abri meus olhos, eu estava trancada e olhando para um teto azul esverdeado. Onde eu estava?

  De repente, uma voz estridente gritou ao meu lado:

  — Eu não posso acreditar nisso! Eu tive misericórdia dela e a concedi pernas humanas! Que nojo! - Poseidon fala e o medo borbulha dentro de mim.

  — Você está acordada. Finalmente! Eu tenho algumas perguntas para você Bela.

  Eu engoli em seco.

  — Você sempre foi meio sereia? - Ele pergunta se inclinando para mim.

  — Sim - Eu disse decidindo falar a verdade. 

  Ele assentiu e bateu o tridente no chão.

  — Quero matar qualquer vestígio de meio-sereia!

  Meus olhos se arregalaram e eu falei.

  — Por quê? Nós somos iguais a você.

  Ele virou a cabeça para mim.

  — Seus pais não devem ter lhe contado...

  Eu olhei para ele confusa.

  — Me contado o que?

  O medo passou por seus olhos.

  — Os meios-sereias têm mais poder que o próprio rei do mar.

  Meus olhos se arregalaram. Por que eu nunca soube disso?

  — Como? Eu não tenho poderes! - Eu disse, estreitando os olhos. 

  Ele virou a cabeça para mim.

  — Você tem, mas você não os descobriu ainda - Ele disse, batendo o tridente no chão. Dois tritões nadaram e pararam perto dele.

  — Leve-a para as masmorras! Precisamos encontrar os outros meio-sereias! - Ele gritou. 

  Eles nadaram em minha direção e destrancaram minhas correntes. Aproveitei essa oportunidade e bati minha cauda contra um deles. Eu o derrubei por toda a pequena sala e ele caiu nas pedras.

  Eu poderia dizer que ele estava desmaiado. O outro guarda olhou para mim com medo, mas tentou de qualquer maneira. Eu mirei bem na cara dele e meu soco parou em sua mandíbula. Ele nadou de volta e apertou a boca. Olhei para Poseidon e ele tinha o tridente posicionado em minha direção.

  — Não me faça fazer isso, Bela! - Ele sussurrou, alimentando a mágica perigosa. 

  Nadei de volta até atingir a parede de pedra. Ele olhou para mim com medo. De repente, vi um clarão amarelo e o tridente voou de suas mãos.

  Ele se virou e ofegou. Uma sereia que se parecia exatamente comigo olhou para ele. Oh, se a aparência pudesse matar... Ela nadou na velocidade do raio e o jogou contra a parede de pedra. Ele desmaiou do golpe repentino e ela se virou para mim.

  — Mãe? - Eu chiei antes de desmaiar de choque.

  Quando abri os olhos, estava olhando para o rosto da minha mãe. Ela me abraçou com força e soltou um soluço sufocado.

  — Ah, eu senti tanto a sua falta querida!! - Ela chorou e me soltou - Não temos muito tempo, eles estão nos procurando! - Ela me puxou para o mar vazio e eu a segui hesitante.

A Pequena BelaOnde histórias criam vida. Descubra agora