Eu e Eleanor flutuamos pacificamente de costas no meio da noite. Pequenos peixes nadavam e desapareciam sob as ondas suaves.
— É tão bonito à noite. - El disse sonhadoramente.
— Eu sei, eu sempre fico de fora à noite antes de ir para a cama. As estrelas estão sempre brilhando tão intensamente. - Eu respondi e me senti com sono.
— Hoje foi divertido mas estou ficando com sono. Tchau, Eleanor! - Eu disse acenando, ela também parecia estar com sono.
— Tchau, Bela.
Mergulhei na água e nadei sonolenta até minha caverna e me acomodei nas algas macias do mar.
Na verdade, fiz uma amiga! Eu pensei que era a única sereia deste lado do Havaí, mas acho que não. Eu pensei comigo mesma e finalmente deslizei em um sono sem sonhos.
Quando abri meus olhos novamente, a luz do sol brilhou através da água e entrou em minha caverna. Eu me estiquei e me senti muito acordada e viva. Minha cauda era fácil de mover e meus olhos estavam bem abertos. Nadei lá fora e olhei em volta, era tão bonito!
Eu virei minha cauda com muita força e virei para a superfície, olhando para o continente, onde muitos pequenos seres humanos pulavam e dançavam na água azul clara. Eu girei na água e girei, adorando a sensação da água correndo contra a minha pele. Fechei os olhos e me deixei flutuar para a superfície, rindo o tempo todo.
— Alguém está se divertindo.
Ouço uma voz familiar dizer. Me viro e sorrio para Eleanor.
— Sim, a água é tão bonita!
Ela riu e deu um giro com a cauda me espirrando água. Eu fiz o mesmo e joguei água nela.
— Você simplesmente não ama ser uma sereia? - Ela diz e suspira
Eu assenti alegremente.
— Aposto que ser humano é difícil ... quero dizer, equilibrar-se com duas pernas, impossível!
Ela concorda, pensando sobre isso.
— Sim, e é impressionante como eles nadam sem cauda.
Eu ri.
— Isso é o que eu estava pensando!
Nós duas começamos a rir.
— Ei, olha, algumas pessoas vão surfar - Eleanor disse.
Me viro para olhar em direção a ilha de humanos. Foi o homem que eu salvei.
"Devo contar a ela? Não devo?" Penso comigo mesma.
Eu decidi não contar para El. Eu observei quando desta vez o homem deslizou graciosamente pela água com facilidade.
— Uau! - El disse ofegante - Eu nunca vi nada assim! Incrível!
— O humano caiu na água! Vai ficar tudo bem? - Ela disse se virando para mim com os olhos arregalados.
— Claro! Eles sabem nadar. - Eu disse com certeza.
— Tudo bem.- Ela suspirou aliviada e eu ri.
Eleanor apontou para a minha pedra e nadamos até ela. Ela subiu e eu a segui logo depois. Começamos a nos conhecer melhor conversando sobre coisas que tínhamos em comum.
Mais tarde, no meio do dia, Eleanor e eu estávamos nadando no fundo do oceano lanceando e pescando peixes. Eleanor havia me ensinado a pescar um peixe - algo em que eu era muito nova. É bem simples, na verdade. Você estica a rede e a envolve em torno do peixe, depois mata o peixe.
Eu também a havia ensinado a lanchar um peixe. Continuamos a pegar um banquete de comida e fomos à superfície para conversar.
— Uau! Isso foi incrível. - Ela disse e começou a comer o peixe que ela pegou.
— Sim! Eu nunca pensei em pescar peixes. Você pode pegar dois peixes ao mesmo tempo! Talvez até uma água-viva!
Ela assentiu e comeu o último peixe, e eu fiz o mesmo.
— Bem, meu pai precisa de mim agora. Tchau, Bela! - Dito isso ela mergulhou na água e nadou para longe. Eu sorri e flutuei nas minhas costas de corais.
Mais tarde eu abri meus olhos. Como eu adormeci? Dei de ombros e olhei para o pôr do sol. Bem então. Mergulhei debaixo d'água e nadei grogue pela minha caverna e para o leito de ervas daninhas do mar em que dormia todas as noites.
No dia seguinte, abri os olhos e nadei lentamente. Estiquei-me e nadei até a superfície para fazer minha rotina diária - nadar, alongar, olhar os humanos brincarem, pegar alguns peixes, comer, deitar, ir para a cama.
Mas desta vez eu nadei muito perto da ilha humana e vi o mesmo homem que eu resgatei olhar para o mar como se procurasse algo, ou alguém. Ele pulou em algo branco e pequeno e voou através da água. Eu suspirei. Ele veio a meia milha de distância e eu comecei a voltar.
— Onde você está? - Ele gritou através do oceano.
Eu suspirei. Ele estava me procurando. Mergulhei na água e nadei até o barco dele, mas fiquei no fundo da água. Eu olhei para ele e me senti culpada.
Algo estava me dizendo para nadar e conhecê-lo.
"Não faça isso Bela, não seja estúpida, não confie em humanos, olha o que aconteceu com a sua mãe" Penso comigo mesma.
Nadei e emergi.
Ele me viu e pulou, fugindo para longe. Eu olhei para ele.
Minha garganta ficou seca.
— Você é uma sereia - Diz o humano.
Eu assenti.
— Eu sou uma sereia.
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A Pequena Bela
FantasíaOlá, meu nome é Bela e sou apenas uma adolescente comum. ERRADO! Eu sou uma sereia. Sim, você leu certo. Uma sereia. Eu moro na costa do Havaí, onde os marinheiros vão e vêm. Ah, e não, eu não sou uma sereia assustadora que arrasta homens para o mar...