Capitulo Nove

357 29 7
                                    

  Jake e eu estávamos andando pela cidade comprando novas comidas e roupas para mim. Encontramos uma loja de doces e compramos duas coisas que se eu não me engano se chamam algodão doce. Mordi o doce rosa e azul e suspirei deliciosamente.

  Cara, a comida humana era muito melhor que a do mar, o algodão doce parecia derreter na minha língua e de fato derretia. Sorri para Jake e continuamos pela longa calçada.

  Agora eu estava acostumada com minhas novas pernas e podia andar sem ser encarada. Terminamos o nosso algodão doce e Jake começou a contar piadas estúpidas.

  — Por que a galinha atravessou a rua?

  Eu estreitei meus olhos em pensamento. 

  — Não sei - Eu disse e ele riu. 

  — Para chegar ao outro lado!

  Eu sorri, mas não entendi. 

  — Não entendi.

  Ele riu. 

  — É uma piada.

  Revirei os olhos em diversão. 

  — Eu sei o que é uma piada.

  Ele sorriu. 

  — Tudo bem, conta você uma piada!

  Eu pensei por um momento. 

  — Toc Toc

  — Quem é? - Ele disse sorrindo.

  — Vera

  — Vera quem?

  — Verá quem é se abrir a porta! - Eu ri e ele também.

  — Ok, sua piada foi muito melhor que a minha - Ele diz e pate palmas.

  — Brigada, muito obrigada, eu reconheço - Digo fazendo várias reverências.

  Mais tarde, estávamos caminhando pela praia. 

  — Onde você vai dormir? - Jake me pergunta.

  Dei de ombros. 

  — Eu não sei, talvez nade de volta para a minha rocha.

  Jake fez uma cara pensativa e falou:

  — Eu tenho um quarto de hóspedes na minha casa, você pode ficar lá até encontrar um lugar para você ficar.

  Eu sorri.

  — Eu gostaria disso, obrigada Jake

  — Por nada.

  — Não Jake, de verdade, obrigada pelo que você tá fazendo por mim - Falo com muita sinceridade.

  Ele abre um sorriso sincero

  — O sol ta se pondo - Jake diz

  Eu olhei para cima e vi o lindo pôr do sol vermelho, alaranjado, amarelo e rosa. Encontramos um lugar para sentar e assistimos o sol se pôr.

*******

Era noite agora e eu estava sentado na cama de hóspedes de Jake. Ele me ensinou tudo que eu tinha que saber sobre os humanos. Amanhã seria o dia dois em sete.

  Suspirei e deitei na cama super macia. Isso era muito mais confortável do que minha cama de ervas daninhas do mar.

  Eu simplesmente não conseguia dormir sem água. Levantei-me e fui até a janela, olhei para a água quase negra e me perguntei por que Poseidon me deu uma segunda chance.

  Meus olhos começaram a ficar caídos, voltei para a cama e me aconcheguei nas cobertas quentinhas que Jake tinha me dado.

  No dia seguinte, abri os olhos e bocejei. Eu me alonguei e, em seguida, um cheiro delicioso entrou no meu nariz, minha barriga ronca.

  Eu saí correndo do quarto e quase bati de cara com o Jake.

  — Oi, Jake! - Eu sorri sem graça e ele riu cansado.

  — Bom dia para você também. 

  Eu ri e caminhei até onde o cheiro estava vindo.

  — Espera, tenha cuidado! Tá quente.

  Tirei minha mão rápido e olhei para ele. 

  — O que é isso? - Eu curiosamente inspecionei-o mais perto. 

  — Bacon.

  Eu peguei um bacon mas larguei rápido pois queimou meus dedos, gemo de dor

 — Eu avisei que tava quente - ele falou rindo

  Dou língua pra ele e ele me manda um beijo.

  Nós dois rimos e ele me disse que os bacons iam ficar prontos em cerca de cinco minutos. Eu balancei a cabeça e andei pela casa. Eu realmente não tinha dado uma boa olhada na casa ontem à noite. As paredes estavam pintadas com um belo bronzeado e o piso de madeira escura combinava muito bem com ela.

  Os corredores tinham espirais brancas fofas por todo o caminho e depois se ramificaram em várias salas. Eu entrei em um closet. Virei para a direita e entrei no banheiro, eu acho que isso é o banheiro, sereias não usavam banheiros.

  Deve ser chato ter que ir ao banheiro toda vez que você precisar fazer xixi. Humanos são tão complicados.

  Saí e depois andei mais um pouco pelos corredores e vi o quarto de Jake. Entrei e olhei em volta. Ele tinha muitos troféus de bronze, ouro e prata de surfe. Acho que ele é um bom surfista.

  Eu decidi não bisbilhotar e saí. Quando entrei na cozinha novamente, Jake montou dois pratos com bacon.  

  — Yummmmmmmmmm!

  Eu disse e peguei um prato.

  — Ainda está quente! Não se queime! - Ele riu e eu também.

  Mais tarde, depois do café da manhã, estávamos sentados no sofá dele assistindo TV. Foi fantástico! As imagens se moveram sem nada controlando-as. Eu assisti divertida quando um pequeno gato cinza perseguiu um rato marrom em torno de uma casa, sendo ferido por panelas e armadilhas criadas pelo rato.

  Eu ri e Jake olhou para mim.

  — Você ri muito.

  Eu sorri.

  — Você também!

  Estendi minha mão e ele a apertou.

  Não sei como isso virou uma piada interna, mas acabou virando. 

A Pequena BelaOnde histórias criam vida. Descubra agora