Jake e eu estávamos andando pela cidade comprando novas comidas e roupas para mim. Encontramos uma loja de doces e compramos duas coisas que se eu não me engano se chamam algodão doce. Mordi o doce rosa e azul e suspirei deliciosamente.
Cara, a comida humana era muito melhor que a do mar, o algodão doce parecia derreter na minha língua e de fato derretia. Sorri para Jake e continuamos pela longa calçada.
Agora eu estava acostumada com minhas novas pernas e podia andar sem ser encarada. Terminamos o nosso algodão doce e Jake começou a contar piadas estúpidas.
— Por que a galinha atravessou a rua?
Eu estreitei meus olhos em pensamento.
— Não sei - Eu disse e ele riu.
— Para chegar ao outro lado!
Eu sorri, mas não entendi.
— Não entendi.
Ele riu.
— É uma piada.
Revirei os olhos em diversão.
— Eu sei o que é uma piada.
Ele sorriu.
— Tudo bem, conta você uma piada!
Eu pensei por um momento.
— Toc Toc
— Quem é? - Ele disse sorrindo.
— Vera
— Vera quem?
— Verá quem é se abrir a porta! - Eu ri e ele também.
— Ok, sua piada foi muito melhor que a minha - Ele diz e pate palmas.
— Brigada, muito obrigada, eu reconheço - Digo fazendo várias reverências.
Mais tarde, estávamos caminhando pela praia.
— Onde você vai dormir? - Jake me pergunta.
Dei de ombros.
— Eu não sei, talvez nade de volta para a minha rocha.
Jake fez uma cara pensativa e falou:
— Eu tenho um quarto de hóspedes na minha casa, você pode ficar lá até encontrar um lugar para você ficar.
Eu sorri.
— Eu gostaria disso, obrigada Jake
— Por nada.
— Não Jake, de verdade, obrigada pelo que você tá fazendo por mim - Falo com muita sinceridade.
Ele abre um sorriso sincero
— O sol ta se pondo - Jake diz
Eu olhei para cima e vi o lindo pôr do sol vermelho, alaranjado, amarelo e rosa. Encontramos um lugar para sentar e assistimos o sol se pôr.
*******
Era noite agora e eu estava sentado na cama de hóspedes de Jake. Ele me ensinou tudo que eu tinha que saber sobre os humanos. Amanhã seria o dia dois em sete.
Suspirei e deitei na cama super macia. Isso era muito mais confortável do que minha cama de ervas daninhas do mar.
Eu simplesmente não conseguia dormir sem água. Levantei-me e fui até a janela, olhei para a água quase negra e me perguntei por que Poseidon me deu uma segunda chance.
Meus olhos começaram a ficar caídos, voltei para a cama e me aconcheguei nas cobertas quentinhas que Jake tinha me dado.
No dia seguinte, abri os olhos e bocejei. Eu me alonguei e, em seguida, um cheiro delicioso entrou no meu nariz, minha barriga ronca.
Eu saí correndo do quarto e quase bati de cara com o Jake.
— Oi, Jake! - Eu sorri sem graça e ele riu cansado.
— Bom dia para você também.
Eu ri e caminhei até onde o cheiro estava vindo.
— Espera, tenha cuidado! Tá quente.
Tirei minha mão rápido e olhei para ele.
— O que é isso? - Eu curiosamente inspecionei-o mais perto.
— Bacon.
Eu peguei um bacon mas larguei rápido pois queimou meus dedos, gemo de dor
— Eu avisei que tava quente - ele falou rindo
Dou língua pra ele e ele me manda um beijo.
Nós dois rimos e ele me disse que os bacons iam ficar prontos em cerca de cinco minutos. Eu balancei a cabeça e andei pela casa. Eu realmente não tinha dado uma boa olhada na casa ontem à noite. As paredes estavam pintadas com um belo bronzeado e o piso de madeira escura combinava muito bem com ela.
Os corredores tinham espirais brancas fofas por todo o caminho e depois se ramificaram em várias salas. Eu entrei em um closet. Virei para a direita e entrei no banheiro, eu acho que isso é o banheiro, sereias não usavam banheiros.
Deve ser chato ter que ir ao banheiro toda vez que você precisar fazer xixi. Humanos são tão complicados.
Saí e depois andei mais um pouco pelos corredores e vi o quarto de Jake. Entrei e olhei em volta. Ele tinha muitos troféus de bronze, ouro e prata de surfe. Acho que ele é um bom surfista.
Eu decidi não bisbilhotar e saí. Quando entrei na cozinha novamente, Jake montou dois pratos com bacon.
— Yummmmmmmmmm!
Eu disse e peguei um prato.
— Ainda está quente! Não se queime! - Ele riu e eu também.
Mais tarde, depois do café da manhã, estávamos sentados no sofá dele assistindo TV. Foi fantástico! As imagens se moveram sem nada controlando-as. Eu assisti divertida quando um pequeno gato cinza perseguiu um rato marrom em torno de uma casa, sendo ferido por panelas e armadilhas criadas pelo rato.
Eu ri e Jake olhou para mim.
— Você ri muito.
Eu sorri.
— Você também!
Estendi minha mão e ele a apertou.
Não sei como isso virou uma piada interna, mas acabou virando.
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A Pequena Bela
FantasiOlá, meu nome é Bela e sou apenas uma adolescente comum. ERRADO! Eu sou uma sereia. Sim, você leu certo. Uma sereia. Eu moro na costa do Havaí, onde os marinheiros vão e vêm. Ah, e não, eu não sou uma sereia assustadora que arrasta homens para o mar...