Mas o quê faríamos sem elas?

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                              Steve

Ela estava fugindo de mim. Isso era fato, não suposição. Fazia quatro dias que eu não a via, mesmo indo na casa dela todos os dias para falar com meu tio e Bucky.

O que eu não entendia era porquê. Ambos tínhamos concordado com uma noite de sexo, e ficamos igualmente satisfeitos.

Isso era eufemismo, eu não ficara apenas satisfeito, eu estava em um estado que eu não me reconhecia. Desde de minha noite com Natasha eu sentia uma fome, uma fome que não parecia querer ser saciada ou que pudesse ser.

Era diferente, normalmente quando eu conseguia satisfazer meu desejo por uma mulher, eu não sentia necessidade de repetir, se isso acontecia não era por vontade da minha parte.

Mas com Natasha? Eu a queria. Eu a queria de novo e muitas vezes mais.

Eu estava perdido.

- Steve, cara, você está bem? - a voz de Tony me tirou dos devaneios que minha mente insistia em criar. Ele tinha se aproximando do carro que eu estava concertando com uma cara preocupada.

- Claro, Tony. - respondi torcendo para convencê-lo.

- Ou você bateu a cabeça em algum lugar e está meio desnorteado ou você está apaixonado, porque eu nunca vi você tá desconcentrado. - falou Tony sem rodeios, como sempre.

- Eu estou ótimo, Tony.

- Ah, é mesmo? - perguntou levantando a sobrancelha esquerda. - Então pode me explicar porque é a quarta vez que você desenrosca o mesmo parafuso?

- O quê? - meu olhar foi para onde minhas mãos estavam e me xinguei mentalmente. Ele esta certo.

Cacete.

- O que não, meu filho. Você vai me explicar o que que está acontecendo. - ele pegou uma cadeira e sentou proximo a mim.

Suspirei, Tony Stark não era conhecido por desistir.

- Não esta acontecendo nada, cara.

- Steve, meu querido Steve. Eu sou Tony Stark, ou você me conta ou você me conta. Vou perguntar mais uma vez. - ele sorriu mais ainda, queria muito uma resposta. - Por que você está com a mesma concentração de um filhote de cachorro?

Fiquei em silêncio e ele continuou.

- E não é a primeira vez essa semana, você está assim desde de segunda e considerado que hoje é quinta-feira, cara... - Tony fez uma expressão de sofrimento. - Você está péssimo.

- Meu Deus, você é um idiota.

Ele me ignorou completamente.

- Vamos ver, deixe-me adivinhar o que pode ter sido... A julgar por sua cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança tem alguma coisa a ver com mulher...

- Tony, você quer levar um murro?

- ...Sempre esses fenômenos da natureza que acabam com a gente. - ele balançou a cabeça e fingiu que eu nem estava lá. - Mas o que faríamos sem elas, não é mesmo? Como eu ia dizendo, tem a ver com mulher, meu palpite é a Sharon, mas se for ela, melhor guardar para você, porque só Deus sabe como a genética daquela garota é ruim. Se bem que a Peggy é ótima, eu não sei o que a salvou daquela família....

- Tá bom, você venceu, ok? - eu sai de perto do carro e me sentei ao lado dele.

- Quem é? - perguntou com um sorriso vitorioso.

Sweet Home - Romanogers Onde histórias criam vida. Descubra agora