Capítulo 3

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Dias depois, acordei mais cedo que o de costume, liguei para meu pai e confirmei minha volta, ele me buscaria no aeroporto, então era necessário combinar certinho. Afinal o Galeão e bem longe da Barra da Tijuca onde fica nossa casa. Ele percebeu meu estado, sempre tivemos boas conversas, ele sabe sobre o meu amor pelo Grego Delícia, mas é necessário que eu volte.

_ Eu também te amo pai! - finalizei a ligação e senti braços me envolverem e beijos em meu pescoço.

_ Bom dia senhorita! Não gostei de acordar sozinho. Era meu sogro?

_ Desculpe, precisei retornar a ligação do meu pai. - ele fez careta - Seu sogro é... impaciente e preocupado de mais. Então eu evito que ele tenha um ataque. Dormiu bem? Você chegou tarde, aconteceu alguma coisa na academia ontem?

_ Sim, agora eu que peço desculpas. Milena precisou de mim, na verdade de todos nós irmãos e cunhados. Algo sobre o filho do Eriko, lembra que falei sobre isso?

_ Sim, tem alguma notícia boa sobre o menino?

_ Estamos com maiores informações sobre o paradeiro da mãe do menino. Logo saberemos onde ele está e então a família vai ficar um pouco maior. Falou com seu pai sobre virem nos visitar? Eu posso ajeitar tudo o que for necessário.

_ Sim, nas férias do trabalho ele vem com minha mãe.

_ Que bom. - Me beijou - O que você quer comer no café? Eu achei aquele pão integral com aquelas sementes todas e consegui aquele queijo de búfala que você disse que queria comer.

_ Eu faço o suco, você faz os sanduíches. - estou pensando em como vai ser meus dias no Brasil sem esse homem só de cueca preparando comida pra mim.

Depois do café, fui ao encontro das meninas para tratarmos do lugar onde Alice vai construir o salão de eventos, e nossa, vai ficar perfeito. Conversei com todas como de costume e agora que somos da mesma família como a Milena diz, nossos assuntos envolvem nossos homens e o quanto eles são apaixonantes. Mesmo sabendo que eu preciso ir, não quero falar com elas sobre isso antes da hora, eu volto assim que resolver tudo, e se o que eu tiver que fazer lá, não demorar tanto, meus pais vão vir comigo.

_ Drake está fazendo pressão sobre casarem? - Eu ri do que a Alice disse - Ele não me parece esse tipo de homem que faz pressão e voto que sejam muito felizes e que tenham muitos bebês.

_ Acreditem, mal chegamos em casa depois da festa da Debh com o Dracco e ele me pediu em casamento. De acordo com ele, é o correto a fazermos porque já estamos morando juntos. - ela suspirou e nós rimos.

_ Ele está certo! Qual é Alice, ouvindo você falar assim, até parece que não quer casar com ele.

_ É claro que eu quero. Só não queria terminar de organizar um casamento, começar a montar meu próprio negócio e começar a planejar o meu casamento. Mas, a Milena pegou esse prédio que pertence ao Ciclo, que tem esse jardim maravilhoso então, creio que posso organizar algo nesse jardim, não conheço muitas pessoas e as que eu conheço que não seja do meu sangue, já são da família. O Drake também não tem parentes, então vai ser aqui no jardim se ele topar.

_ E você Bruna, já pensou em como vai ser o seu casamento? Conheço o Nicco desde crianças e tenho certeza que ele não vai demorar a pedir sua mão, ou melhor, oficializar a relação.

_ Calma Carly, não tem nem 15 dias que eu e ele estamos juntos...

_ Não tem, porém desde que começaram, moram juntos.

_ É verdade, mas agora eu não me vejo casando. Tenho algumas coisas para resolver no Brasil em relação aos meus pais e então eu vejo sobre o futuro.

_ Você sabe que não pode demorar muito né?

- O quê Milena?

_ Bruna, o que te prende ao Brasil não é apenas os seus pais? - confirmei com um balançar de cabeça - Então, compre as passagens e traga eles, ou eu posso disponibilizar o jatinho da família. Só não demore tanto a decidir como vai fazer sobre a vinda deles. Meu irmão te ama e você faz ele muito feliz.

Eu sorri, sei bem sobre isso, mas tem coisas que estão jogando a culpa em mim, tudo porque mal perdi meu emprego e viajei. Mas as passagens foram compradas em muitas prestações, e todo o tempo que fiquei aqui, foi em casa de amigos, e agora na casa do meu amor. Gastei o mínimo que podia, justamente para poder passar os oito meses que eu precisava entre terminar o curso e receber o diploma. Eu preciso apenas provar que não tenho nada com o que aqueles dois idiotas fizeram e então, faço o que meu coração pede. Volto correndo pros braços do Nicco.

Não prolongamos nem um assunto, sempre vem um e vai outro tão rápido, agora a vítima é a Diana e o Camillo, o jeito que ele protege ela, nos diz muito sobre o que ele sente e não pode dizer ainda. Diana é apenas uma menina e o Camillo ainda não cresceu o bastante, mas é responsável e temos certeza que vai ser o melhor cara pra ela a vida inteira se ela se apaixonar por ele um dia.

Depois de tudo organizado, cores definidas, onde seria o escritório, e todos os demais salões para qualquer tipo de evento, almoçamos juntas e segui até a lanchonete onde me encontraria com Jeff, a única pessoa que sabe sobre a minha partida pra casa. Preciso de alguém que me ajude a sair de Creta, sem ser um Nogara ou um Grentezki, preciso resolver isso sozinha.

_ Pronta para sua última noite na cidade?

_ Sim e não. Já estou com saudade sem mesmo ter partido.

_ Tem certeza que não quer contar pra ele? Nikolas não me parece homem que não te ajudaria, afinal estão juntos de verdade e nunca te vi tão feliz.

_ Eu preciso fazer isso sozinha. E depois não quero aquela cobra perto dele, de nem um deles.

_ Tudo bem docinho! Mas não esqueça que ele pode entender sua partida sem avisar como um fim de relacionamento e não te ouvir depois.

_ Eu sei. E já pensei sobre isso, antes de sair, vou deixar uma carta explicando. Ele vai me entender. Sei que vai, afinal é natural para eles lutarem suas próprias batalhas, não posso ser diferente se eu quiser de fato viver esse amor louco.

_ Espero que você esteja realmente certa Bru, mas eu ainda acredito que os Nogara são tipo os três mosqueteiros.

Não disse mais nada, confirmei o horário da minha partida e Jeff confirmou me levar ao aeroporto, Nicco sai todo dia bem cedo para correr, volta, toma banho e café e depois vai para uma das academias, não costuma almoçar em casa. Então, avisei que vou almoçar com meu amigo, assim, ele ou qualquer segurança da casa não vão achar esquisito eu sair de mochila, sempre que vou passar o sábado na casa do Jeff é assim. Um dia inteiro de piscina. Vai dar certo, e ele vai me perdoar. Se tudo der certo, volto em 30 dias.

Encontro Com Ele (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora