Capítulo IV - Sentimentos

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Mesmo que demore, eu estarei aqui por ti. Pois aquilo que vale apena ter, vale a pena esperar.

Autor Desconhecido

Tsunade chegou em seu prédio ofegante, seu vestido estava todo amarrotado e o seu penteado se despredendo em vários pontos

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Tsunade chegou em seu prédio ofegante, seu vestido estava todo amarrotado e o seu penteado se despredendo em vários pontos. O corredor mal iluminado parecia que não teria fim, a porta que lhe levava ao seu apartamento estava no final do mesmo, ao lado direito.

Antes que pudesse entrar, e finalmente se despencar em lágrimas e doses de bebidas. Um homem de cabeleira branca subiu as escadas correndo e se aproximava dela ofegante. Tsunade preparou-se para bater a porta em sua cara, mas ele foi mais rápido e a segurou e rapidamente entrou e bateu a porta.

- Ok! O que exatamente você está fazendo aqui? - Tsunade disse, e surpreendentemente com a voz firme.

- Vim ver como você está, e por que saiu correndo do salão daquele jeito!? - Sua voz tinha um "quê" de preocupação.- Por favor, não me diga que eu beijo tão mal assim.- Ele colocou as mãos no peito teatralmente, fingindo está indignado.

- Argh! - Rosnou, e jogou os sapatos que ela segurava fortemente em sua mão. Jiraya desviou por muito pouco.- Isso não é hora para piadas! Você continua o mesmo idiota de sempre.

- E você a mesma cabeça dura de sempre.- A voz de Jiraya estava normal, ele ainda não parecia bravo.- Vejamos, eu vim aqui para ter uma explicação, vamos. Pode começar! - Ele disse e saiu em direção a onde ele achou que poderia ser a cozinha.- Estou no caminho certo, não é? Não quero entrar acidentalmente em seu quarto e ver suas calcinhas jogadas por todo lado.- Sua voz não era a de quem realmente lamentava entrar no cômodo por acidente.

- Eu não sou desorganizada! - Ela gritou, e o seguiu a passos apressados.- E a conversa não é sobre as minha peças íntimas...- Parou de súbito e se deparou com Jiraya com uma chaleira e alguns saquinhos de chá sob o balcão de sua cozinha.- E não aja como se a casa fosse sua ou você tivesse sido convidado a entrar!

- Ah não é isso querida.- Ele sorriu, as respostas duras pareciam não tê-lo afetado.- Apenas estou lhe ajudando a se acalmar. E enquanto o chá fica pronto, você deveria tomar um banho, tirar esse vestido... Enfim, mas não precisa ser nessa ordem.

- Idiota! - Ela o deixou na cozinha e foi para o seu quarto. E se certificou que a porta estivesse bem trancada, não queria ele entrando "acidentalmente" em seu quarto.

Se dirigiu ao banheiro, iria realmente tomar um banho, mas não por que ele mandou. E ela fez questão de gritar isso para ele que apenas respondeu um "Sei disso, querida." E ela jurou que ouviu uma risada abafada, mas não deu importância. Após o banho, colocaria todos os pingos nos is.

A cozinha tinha, agora, um cheiro forte de Chá de Camomila. Jiraya realmente levou a sério o quesito "acalmar Tsunade". A loira, estava sentada na cadeira da cozinha com as pernas sobre a mesma, bebendo goles raros do chá. Seu olhar estava vago, e sem foco. O silêncio perdurou por alguns minutos até que Jiraya decidiu quebra-lo.

- Muito bem, acho que agora você pode começar a se explicar.- Ele disse calmo e sério.

- Não tenho nada a dizer, e muito menos a explicar.- Disse ríspida, depositando a caneca parcialmente vazia na mesa em um baque surdo.

- Ah claro, boa tentativa. Mas ninguém sai correndo de um salão por nada.- Ele disse com insistência, cruzando os braços sobre o seu peito fazendo com que a camisa marcasse seus músculos em alguns locais, algo que não passou despercebido por Tsunade.

- Por que a insistência?

- Por que eu realmente me importo e quero saber.

- Não importa o que eu faça ou lhe diga. Você ainda continua a insistir em mim, a se preocupar, mesmo quando você esteve quase a beira da morte! - Lágrimas começaram a descer sob o seu rosto.- Por que? Jiraya, por quê? Eu não sou boa pra ti, eu sempre te machuco, te esnobo, você não se cansa? - Passou a mão por seu rosto limpando algumas lágrimas insistentes.

- Por que Tsunade? Porque Eu te Amo! É por isso! - Ele disse sério e com o olhar totalmente focado na mulher a sua frente.- Ja te entreguei meu coração há muito tempo. Eu amo você, mas não vou te obrigar a me amar, eu te cerco com meu amor enquanto rezo por sua felicidade! - Sua voz era calma e sincera.

- Mas que droga Jiraya! - Ela se levantou em um rompante.- É exatamente por isso que eu gosto de ti! Você não se importa com o que eu já fiz, ou com o que eu continuo fazendo! Você é cheio de esperanças que eu te aceite, e... Que droga! Eu acho que isso tudo faz com que eu goste de você cada vez mais! - A mulher sentou-se novamente.

- Vo-você... O quê? - A incredulidade estampava o rosto de Jiraya. Ele estava ouvindo bem? Não era um sonho?

- É Jiraya! É isso que você ouviu, eu gosto de você, muito mais do que eu pensava. Eu sofri mais do que qualquer outra pessoa com sua quase morte, por kami! Eu quase enlouqueci, foi ai que eu finalmente percebi o quanto eu realmente gosto de ti. Foi só quando eu quase te perdi que eu realmente percebi os meus verdadeiros sentimentos, mas eu continuo confusa, sabe? Eu não sei se devo, ou se estou fazendo certo. Eu só... - Suspirou e engoliu em seco.- ... estou uma pilha de nervos com tudo isso.- Respirou profundamente, despejar aquele emaranhado de palavras lhe fazia se sentir mais leve.

Por alguns minutos, ninguém ousou falar mais nada. O peso daquela confissão pairava sobre suas cabeças e em seus corações. Jiraya, ainda incrédulo com tudo aquilo. E Tsunade, pensava em como eles ficariam a partir de agora, a amizade estaria acabada?

- Acho... Acho que já está tarde. Eu devo ir embora agora.- Jiraya se pronunciou, depois de tanto tempo calado, enquanto levantava-se da cadeira.

- Eu abro meu coração e você vai embora desse jeito? - Tsunade disse com a voz mais fria e impassível possível.

Jiraya suspirou. O que ele deveria fazer ou dizer? Tudo o que ela disse foi exatamente o que ele sempre quis ouvir, mas não se sentiria confortável em impor sua presença ou pressiona-la a querer algo mais.

- Bem... E o que você quer que eu faça então? - Ele perguntou.

Tsunade se levantou devagar, e com uma aproximação cautelosa e contida, sussurou bem próxima a ele: - Isso! - E o beijou.

Jiraya ficou estático por alguns segundos, mas a realidade caiu sobre sua cabeça e ele fez aquilo que sempre ansiou fazer. Correspondeu o beijo, o aprofundando e segurando Tsunade pela cintura próxima a ele.

O beijo de calmo, passou a ser voraz, com uma intesidade nada contida. Jiraya segurava a cintura de Tsunade com firmeza, enquanto ela bagunçava seus cabelos brancos.

Se separaram por falta de fôlego, os lábios inchados e vermelhos pela intensidade aplicada.

Tsunade o puxou pela mão e o levou até seu quarto, uma vez dentro, o empurrou sobre a cama e sentou-se em seu colo, recomeçando o beijo. O contato sob as roupas não lhes satisfaziam, e com voracidade, arrancaram cada peça de suas roupas.

A noite prometia ser promissora.

A noite prometia ser promissora

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