Capítulo 2

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— Aquela que tá com a Dainara é a mãe dela, não é? O que será que ela fez dessa vez pra terem chamado a mãe dela na escola? - Thiago pergunta, curioso como sempre.

— Com certeza fez merda, que é o que ela sabe fazer. Vamos descer logo que eu não vou me esconder dentro do carro só porque a Dainara tá na porta - Tiro meu cinto e desço do carro junto com Thiago.

— Você que sabe - Ele diz

— Oi tia Daíse! - vou até a mãe de Dainara e a abraço.

— Oi querida como vai? Sua mãe está bem? - Ela pergunta simpática. Dainara revira os olhos pra mim e se vira de costas.
A gente não se gostava desde criança, brigava por motivos bobos e nunca chegamos a ser amigas. Juro que já tentei me aproximar mas ela sempre me afastava. Claro que também tenho culpa, não sou 100% inocente nessa história, mas eu juro que tentei.

— Ela está bem sim! Até mais, tenho que ir pra aula - Respondo e vou em direção a minha sala.
No meio do caminho encontramos um amigo de Thiago. Não sei seu nome, tudo que sei é que já fiquei com ele em uma festa uns dias atrás.

— Eai - Thiago cumprimenta o garoto e o abraça - Faz tempo que eu não te vejo, ficou doente pra ter faltando esse tanto de aula?

— Nada, só não tava afim de vir mesmo. Aproveitei que meu pai tava viajando. - ele diz - Eai loirinha, também senti sua falta

— Oie. Qual o problema de vocês pra sempre me chamarem no diminutivo? Larissinha, loirinha. - respondo

— Deve ser porque você tem meio metro de altura - Ele diz rindo e Thiago o acompanha. Que abusado! - Mas me fala, quem que teve essa ideia de te chamar de Larissinha?

— Adivinha - Digo olhando pra Thiago que ri mais ainda

— Foi o Thiago? - ele pergunta e eu faço que sim com a cabeça - Porra - ele começa a rir

— Eu dei esse apelido pra ela na maior inocência, vocês que levam pro lado da safadeza - Thiago diz

— Essa sua cara de santo não engana ninguém não, ô Thiago - O cara que eu continuo sem saber o nome diz

— Ei, mas qual é teu nome mesmo? - pergunto pro cara deixando Thiago surpreso

— Quem sabe um dia eu te falo - ele pisca pra mim

— Vocês ficaram sei lá quantas vezes e não sabem nem o nome um do outro? - Thiago diz

— Ele não me fala! E a gente ficou só uma vez, que fique bem claro.

— Eu gosto de um suspense - O carinha diz

O sinal bate e nós corremos pra nossas salas. O amigo de Thiago era do 3° ano B, já eu e Thiago éramos do 3° ano A.

As aulas passam normalmente e nós vamos pro intervalo. Compro meu lanche e vou me sentar com o Thiago.

— Então - Natasha vem toda destrambelhada até nossa mesa - vai dar certo pra você almoçar lá em casa hoje depois da aula?

— Bem que eu queria amiga - digo lembrando do meu compromisso de hoje que minha mãe insiste em me lembrar - Mas segundo minha mãe, ela e meu padrasto querem me dar uma notícia importante hoje durante o almoço.

— Engraçado que ninguém me convida pra almoçar na casa de ninguém né - A carência de Thiago me faz rir as vezes

— Você vai na casa da Nat todo dia, minha vez agora - me defendo

— O caralho - ele diz - capaz que a última vez que eu fui lá na casa dela foi na páscoa

— Vai lá todo dia e pega ela todo dia também - eu digo e Thiago sorri de lado

As bochechas da Nat começam a pegar fogo de vergonha e eu comecei a rir, tadinha.

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