Capítulo 25

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Nós encontramos outras pessoas conhecidas e acabei perdendo todo mundo de vista. Um tempo depois, consigo ver Natasha e Luiz conversando super próximos em um sofá. Nunca mais venho pra balada com esses dois, porque se for pra me dar perdido pra ficarem de conversinha, seria bom avisar antes, né?

Não quis atrapalhar o casal então voltei pro bar e peguei outra bebida. A balada era enorme, tinha dois andares. Olho para o andar de cima e encontro Nathan me encarando, na mesma hora ele disfarça e olha para outro lado. Já que ele está me observando, por que não ir dançar um pouco não é mesmo? Não é o tipo de coisa que eu faria sóbria, mas nem pensei muito e voltei pra pista de dança.

Começou a tocar uma música conhecida e eu dancei de acordo com o ritmo, algumas meninas que estavam por perto se juntaram a mim. Alguns caras se aproximavam mas eu dispensava todos, não tava afim de ficar com ninguém hoje.
Fui até o chão e voltei, olhei de volta para onde Nathan estava da última vez e lá estava ele, seus olhos não saíam de mim, não pude conter o sorriso. Ele sorriu de volta e saiu de onde estava, não sei para onde ele foi, mas continuei dançando.

Alguns minutos depois, sinto alguém atrás de mim. Já estava pronta pra dispensar assim como fiz com todos os outros mas quando me virei, vi Nathan. Ele estava com as mãos em minha cintura e sorrindo de lado pra mim, isso foi o suficiente pra me fazer sentir uma corrente de arrepios por todo meu corpo.

— Preferia você dançando assim só pra mim e não com todos esses caras te secando - Ele sussurra em meu ouvido.

— Me secando igual você estava fazendo minutos atrás? - pergunto e ele ri baixo.

— A diferença é que eu posso e eles não - ele sussurra novamente e me puxa pelo braço — Vem.

Ele me leva até a parte de cima da balada, tinha bem menos pessoas. Paramos em um sofá em que ele senta e me puxa pra cima dele. Chego mais perto e ele me beija. Suas mãos fazem um caminho entre minhas costas até minha bunda. O gosto do nosso beijo era incrível e viciante. Sempre que ele aperta minha bunda de leve, minha respiração ficava cada vez mais pesada.

Mas assim como todas as outras vezes, alguma coisa estraga todo o momento e o celular de Nathan toca, ele não atende mas o celular toca de novo. Talvez fosse importante.

— Fala Luiz. - Nathan diz e pelo seu tom de voz dava pra ver que ele estava puto. Saio do seu colo e me sento ao lado dele. — Tá, tá, vou falar com ela. - eles continuam conversando por alguns minutos e Nathan desliga.

— Era o Luiz?

— Era. Ele disse que sua mãe tentou te ligar mas você não atendeu. Aí ela ligou pro Luiz e pediu pra te avisar que ela vai dormir na casa de uma amiga.

— Ok... - olho as horas no celular. Já estava bem tarde e eu já estava a fim de ir embora. — Acho que vou embora, a Nat me mandou mensagem falando que já foi também.

— Eu te levo - ele diz se levantando.

Saímos da balada e entramos no carro dele, chegando em casa pouco tempo depois. Rastros da festa estavam espalhados por toda a casa, tenho dó de quem vai limpar tudo isso. A casa estava mesmo vazia, minha mãe deve ter ido dormir na casa da tia Daíse ou alguma outra amiga. Subi as escadas praticamente me arrastando, não estava bêbada mas também não estava sóbria.

Parei assim que cheguei na porta do meu quarto e olho pra trás, Nathan estava encostado na parede e mexendo no celular. Foi aí que me lembrei do nosso beijo na balada, o que foi aquilo?

— Então... Acho que meu quarto é grande demais pra só uma pessoa dormir. - Nathan diz olhando pra mim.

— Você é maluco - rio — E se minha mãe ou seu pai chegarem amanhã e me verem no seu quarto?

— Isso deixa tudo bem mais interessante - ele pisca e entra no quarto dele. Penso um pouco e acabo rindo sozinha de toda essa situação. Eu tinha bebido demais pra negar uma proposta dessa então entrei no quarto dele.
Assim que ele me vê, ele sorri maliciosamente e eu dou um passo pra trás.

— Não vale bancar a inocente agora, loirinha. - ele diz, vem até mim e me beija. Ele me carrega me pressionando contra a parede. Não podia conter minhas respirações pesadas ao senti-lo pressionando sobre mim. Só espero não me arrepender de nada amanhã.

No dia seguinte, acordo deitada na cama de Nathan, ele ainda dormia e parece que não iria acordar tão cedo. Eu estava super cansada, quase não dormi essa noite. Assim que olho as horas, me lembro do meu treino de patinação que tinha marcado hoje e vou correndo para o meu quarto tomar banho. Eu tinha 30 minutos pra me vestir, tomar café e chegar lá.

— Bom dia, mãe - digo assim que a vejo sentada na cozinha tomando café.

— Bom dia - ela diz rouca.

— Parece que alguém teve uma noite e tanto ontem, hein? - rio e ela olha pra mim rindo também.

— Acho que eu nunca me diverti tanto. Acabei ficando sem voz mas isso é só um detalhe. Que horas é seu treino?

— Daqui 20 minutos, se eu chegar atrasada de novo o Alex me mata - digo comendo algumas torradas. Parece que não vai dar tempo de comer muita coisa então vou correndo até a garagem, mas esqueço que estou sem carona. — Mãe, está em condições de me levar pro treino?

— Só se você quiser sofrer um acidente porque eu dormi no volante. O Nathan não pode te levar não? - ela pergunta.

— Aquele ali parece que não vai acordar tão cedo - rio baixo. Falo pra minha mãe que eu poderia muito bem ir dirigindo até lá. Ela fica um pouco pensativa no início mas acaba cedendo e me dá a chave do carro. Claro que ela me ameaçou dizendo que se eu batesse o carro de novo, eu iria pagar um novo. Não sei pra que tanto exagero, eu não estava nada preocupada, sou uma ótima motorista e o carro da minha mãe tem seguro então eu não ia pagar nada de qualquer jeito.

Mesmo passando direto por vários sinais vermelhos, não bati o carro. Assim que estaciono, entro correndo e já vou colocando meus patins, já imagino Alex surtando comigo por ter chegado atrasada. 
Mas acontece totalmente o contrário, assim que me aproximo percebo que ele estava super sorridente.

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