Capítulo 4

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— Esperando alguém, loirinha? - Nathan aparece do nada e me dá um susto, ele ri da minha cara - Calma, sou eu

— Nathan!!! Quase que eu tenho um ataque - digo me recuperando do susto

— Não posso fazer nada se você se assusta fácil. - ele continua rindo - Parece que lembrou meu nome

— É, ouvi o Thiago te chamando e lembrei.

— O que achou da Taylor? - ele me pergunta e fico sem entender

— Taylor? Quem?

— Meu carro - ele aponta pro carro que eu estava escorada. Conheço pouquíssimo de carros mas esse eu conhecia, era um Audi A7. Burguês safado.

— Não acredito que você é desses que dá nome pra carros - eu começo a rir e ele me acompanha

— Cada um com suas manias estranhas - ele diz levantando os ombros - O bom de ter um carro como o amor da sua vida é que ele não vai destruir seu coração

— Frase de corno - faço uma careta e ele ri

— Mas eai, tá esperando alguém? - ele pergunta novamente

— Minha mãe, mas pelo jeito ela não vai aparecer e eu vou ter que me virar pra ir embora

— Entra aí, eu te levo em casa - ele diz entrando no carro

— Ah... sei não hein. - Digo lembrando que ele é o ex da Dainara, não quero piorar as coisas com ela

— É só uma carona, relaxa loirinha - Ele sorri de lado e abre a porta para que eu entre. Eu me rendo e entro no carro.

— Argh, quantas meninas que já entraram nesse carro com você, hein?

— Acho que já perdi as contas - olho chocada pra ele enquanto o mesmo ri. - Coloca seu endereço no GPS

— Não precisa de GPS, eu te explico o caminho, é super fácil. - Faço esse caminho todos os dias, já sei ir até de olhos vendados.

— Olha pra minha cara de quem vai confiar em você para me guiar. Thiago já me falou do seu péssimo senso de direção

— O quê? Que absurdo! Meu senso de direção é ótimo! - me defendo

— Fiquei sabendo de uma vez que você se perdeu dentro da escola - ele comenta rindo

— Você e Thiago falam muito de mim, hein? - Eu digo cruzando os braços enquanto ele gargalha

— Beleza, você me guia então, mesmo eu sabendo que vamos nos perder - ele dá partida no carro

Começo a explicar o caminho. Me confundo algumas vezes mas acho que estamos no caminho certo. As vezes me peguei distraída olhando pros braços dele, tem muitas tatuagens e ele é muito forte. Finalmente fiquei com alguém que valha a pena, não que eu queira ficar com ele de novo.

Em poucos minutos chegamos na minha casa.

— É aqui. - aponto pra minha casa assim que entramos no condomínio - Viu? Meu senso de direção é ótimo

— É, tirando as voltas que a gente ficou dando no mesmo lugar, finalmente chegamos. - ele diz e eu sinto vontade de socar a cara dele, nem foram tantas voltas assim.

— Tá, tchau, obrigada pela carona - digo abrindo a porta do carro

— Poxa, nem um beijinho de gratidão? - ele faz bico enquanto eu olho indignada pra ele - relaxa, tô brincando - ele ri

— Vai se fuder, Nathan.

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