Capítulo 1

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(História adapitada e betada e revisada por mim)

Todos os créditos a: LETH CROSS

Sentada ao lado do noivo, Larry  Bloom , Piper Chapman olhou o seu avô e pensou o quanto ele ficava feliz, em meio a tantas pessoas importantes. A festa era para festejar seu noivado, mas quem era mais cumprimentado não era ela e o noivo, mas sim seu avô, o senador Chapman. O prestígio dele era grande e podia ser medido pelo número de convidados ilustres, como os grandes fazendeiros da região, o prefeito de Dallas, o governador do Estado do Texas, três deputados, cinco senadores e vários empresários.

A mesa do buffet regurgitava de iguarias finas trazidas de um conhecido restaurante francês em um jatinho fretado pelo seu avô, direto de Paris. Bebidas como uísque escocês, champanhe Don Perignon, vinhos da mais fina qualidade eram servidos por garçons com luvas, aos convidados em trajes de gala. Uma orquestra contratada para o evento tocava blues e

fox-trot em um palco montado no imenso centro do gramado da mansão, com uma pista de dança.

Piper suspirou tristemente. Era sempre assim, desde que seus pais haviam falecido em um desastre de carro. Ela tinha na época apenas dez anos de idade e havia ido morar com os avós. Eles a haviam criado com regras severas e decidindo tudo de importante em sua vida: em que colégio estudar, quem devia ter como amiga, quem ela podia convidar para suas festas de aniversário, onde e com quem sair, os rapazes com quem podia ir às festas do Country Club, o curso na universidade.

Quando havia conhecido Larry na universidade de Havard, havia ficado aliviada em saber que ele seria aprovado pelo seu avô. Educado e culto, aluno brilhante, filho de um banqueiro riquíssimo, tudo que seu avô considerava correto para ela. Mas às vezes ela se perguntava se havia escolhido Larry para namorar por ele preencher os requisitos de seu avô ou porque o amava mesmo.

Olhou para o noivo. Era um rapaz de traços chamativos, moreno de olhos castanhos, alto e atlético. Um rapaz atraente, que muita garota ficaria louca para conquistar. Por que então não sentia quase nada quando ele a possuía? Por que o toque das mãos dele, o contato do corpo, os beijos, não a emocionavam como deveriam? Ouvia sua amiga falar sobre sexo com o namorado dela e tudo que a amiga dizia sentir, ela não sentia .

Ali sentada, estava entediada. Não queria aquela festa, estava ali como um troféu de seu avô, para ser exposta e admirada como exemplo da família. Piper Chapman, a neta do senador Chapman, um modelo para a sociedade local. Bela, distinta, educada e obediente.

Uma súbita raiva dominou-a. Era isso. E Larry também aceitava as imposições de seu avô. Concordava com tudo que ele dizia, mesmo sabendo que ela muitas vezes não estava de acordo, como se estivesse com medo de contrariar seu avô. E aquela servidão do noivo a irritava. Passiva, já bastava ela. Queria que ele combatesse as imposições de seu avô, mas ele não se atrevia a fazer isso. Era um covarde!

Ela sentiu uma intensa vontade de fazer algo que seu avô não aprovaria. Aquela festa parecia mais uma convenção política, que uma festa de noivado! Seu avô não a deixara convidar quase nenhum amigo!

Ela ergueu-se e Larry a fitou. Ela o encarou desafiadoramente.

- Vou sair . Quer vir comigo? – Larry a fitou como se tivesse dito que ia ficar nua.

- Sair?! Piper, é a festa de nosso noivado! Não ficaria bem sairmos, temos de estar presentes até o fim! – Ela o fitou com frieza.

- Eu já esperava essa resposta. Você é previsível demais. Mas eu vou sair. Estou cheia de ficar aqui nessa festa que meu avô armou para receber seus amigos. Eu não a queria, lembra-se? – Larry se ergueu nervosamente.

Garota da Moto  (Versão Vauseman)Onde histórias criam vida. Descubra agora