06 ∣❁∣ Cat

10.2K 948 97
                                    

Gabriela Alarcon point of views🦋
USA, Los Angeles. – 2018, 18h45.

❍❍❍❖❍❍❍

Se tem uma coisa que eu definitivamente odeio, são pessoas nada pontuais. Que me fazem ficar esperando por horas e horas. Não que eu seja a pessoa mais pontual do mundo, mas, pelo menos nunca chego tão atrasada. Cesar e eu faríamos um trabalho da escola juntos, em dupla, mas até agora nada dele.

Será que esse idiota esqueceu que tínhamos trabalho para fazer?

Peguei meu celular e resolvi mandar uma mensagem para o Diaz, querendo saber onde ele havia se enfiado.

Onde você tá, Cesar?Temos trabalho para fazer e eu já estou há 1 HORA te esperando!Se eu ficar de recuperação, saiba que vou matar você

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Onde você tá, Cesar?
Temos trabalho para fazer e eu já estou há 1 HORA te esperando!
Se eu ficar de recuperação, saiba que vou matar você.
[visualizada, 18h50]

Desculpa, Gabi!Eu realmente esqueci...
Estou na casa da Monse, podemos marcar para outro dia?
O pai dela acabou pegando a gente em uma situação meio constrangedora.
[visualizada, 18h55]

Uh, eu sei bem qual é, cumpa
Boa sorte e marcamos para outro dia, na minha casa.
[enviada, 18h57]

Guardei meu celular no bolso da calça, soltando um longo suspiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Guardei meu celular no bolso da calça, soltando um longo suspiro. Estava sentada no muro da varanda do Cesar, com um pé em cima do muro e o braço relaxado sob a perna. Ou seja, eu estava muito confortável ali e com preguiça de ir para casa. Não morávamos tão perto assim.

Graças aos céus, Spooky e os Santos, não estavam ali e assim, eu não teria que ouvir piadinhas e muito menos encarar o líder deles depois do...depois do nosso beijo. Após esse dia, se passou uma semana e bem...eu não acho que tenho coragem de olhar para a cara dele e muito menos de contar para meus amigos sobre isso.

Eles me crucificariam até a morte...

— Sentiu saudade? – me assustei, tendo um leve sobressalto. Segui meu instinto, olhando para rua, exatamente de onde a voz vinha. Spooky estava saindo de seu carro.

— Já estou indo embora. – pulei do muro, caindo de pé na grama

— Não perguntei se já estava indo embora. – Oscar se aproximou, com a marra de sempre. Mantemos o contato visual. Dessa vez, eu não conseguia desviar o olhar.

Desde quando eu reparava tanto em seu jeito e gostava observá-lo?Eu devia estar delirando de febre mesmo.

— Cesar e eu iríamos fazer um trabalho, mas ele não apareceu. Está com a Monse. Por isso estou aqui. – expliquei, querendo sair dali o mais rápido possível

— Quer uma carona até a sua casa? – Spooky ofereceu, olhando para os lados

— É...

— Vem, eu te levo. – ele me interrompeu, tomando a decisão final. Eu não contrariei.

Fomos até o carro dele e quando íamos entrar, ouvi um miado. Olhei para o chão, seguindo a direção de onde o som vinha e vislumbrei um gato. Não era filhote e era bem gordinho. Ele começou a passar no meio das minhas pernas e eu não resisti. Peguei ele no colo.

— Solta esse bicho. – Spooky mandou, fazendo cara de nojo

— Eu quero ficar com ele. Ele me escolheu como dona e provavelmente você também, já que ele estava na sua porta. – sorri e ergui o gato, apaixonada pelo bichano. Coloquei ele ao lado do rosto de Spooky, como se estivesse comparando-os

— Se você quer ficar com ele, que fique. – ele deu de ombros, emburrado

— Ele podia ser o nosso mascote. Olha só: ele é sério igual a você. Vou chamar ele de gasparzinho, ou então de Oscar. Pode passar uma semana comigo e o final de semana com você. – brinquei e fiquei orgulhosa de mim por não ter medo dele

Ele não respondeu e eu entendi que era para eu parar com aquilo. Entramos no carro e me perguntei de onde aquele gato, que era até que bem tratado, havia aparecido.

Quando Spooky estacionou em frente a minha casa, sai do carro com o gato e com dificuldade, tentei fechar a porta, porém, Spooky fez isso pra mim.

— Gosto de Gasparzinho. – Oscar murmurou, antes de arrancar com o veículo, sem ao menos se despedir

Sorri, negando com a cabeça. Entrei com o gasparzinho, coloquei ele no chão da sala e fechei a porta. Agora me sentiria menos sozinha em casa.

E querendo ou não, gostei do fato de Spooky ter escolhido o nome do gato. Significava que ele não era tão ruim assim e estranhamente, eu gostava de saber disso.

𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢOnde histórias criam vida. Descubra agora