𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢ

16 ∣❁∣ Reconciliation

Gabriela Alarcon point of views🦋
↳ USA, Los Angeles. – 2018, 13h35. ↲

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Monse me encarava fixamente, provavelmente pensando no que falar. Eu não estava muito diferente. Não sabíamos o que falar e isso era incômodo, ficávamos apenas nos encarando, como se uma fosse capaz de ler o pensamento da outra.

— Ok. Em primeiro lugar, eu quero...

— Não!Espera!Deixa eu falar primeiro, Monse. – interrompi a mesma, segurando sua mão e soltando um longo suspiro — Você sabe que sempre fui amiga do Cesar antes de vocês começarem a namorar, ou sei lá o que vocês têm, então sempre tratei ele como trato o Ruby e o Jamal. Com carinho e apelidos carinhosos, mas, nada malicioso. Jamais seria. Me desculpe se pareceu que estávamos tendo algo, não foi a intenção. Isso nunca aconteceria.

— Eu sei que nunca aconteceria. Cesar e você são como irmãos, eu só fiquei insegura, pois ele tá se distanciando de mim e tá sempre sumindo. Me sinto envergonhada por ter duvidado da amizade de vocês e também me sinto mal por te chamar de vadia. – Monse abaixou o olhar, envergonhada

— Cesar não pode estar te traindo. Ele te ama, então, deveria confiar nele. Confesso que fiquei muito magoada por você ter me chamado de vadia, mas, fico feliz de que possamos ter uma segunda chance. – apertei suas mãos e me debrucei sobre a mesa, a abraçando

Eu perdoaria a Monse. Já brigamos mil vezes e nos xingamos também, então, essa não era a primeira e nem seria a última, mas, de qualquer forma, somos melhores amigas e sei que posso confiar nela.

— Eu te amo tanto. – Monse me apertou mais ainda em seus braços

— Eu também te amo, rainha das vadias. – brinquei, beijando seu rosto

Rimos e começamos a conversar. Contei tudo à ela, sobre eu e o Spooky. Enquanto ela, me disse tudo sobre o comportamento de Cesar, que estava bem estranho. Segundo ela, o Diaz estava sumindo diariamente, frequentando mais as festas dos Santos e andando mais com o Oscar e os outros.

Aquilo era preocupante, mas, não tanto. Cesar não viraria um Santo, não mesmo. Por mais que tudo indicasse que ele viraria, ele, com certeza, não se sujeitaria a isso.

— Acha que ele possa ter virado um Santo? – Monse indagou, praticamente lendo meus pensamentos

— Eu não sei. Espero que não, porque você sabe qual é. Essa vida só tem duas saídas: morte ou prisão. – comentei, atordoada com aquelas palavras 

Spooky estava naquela vida. Era o líder dos Santos e me deixava inquieta o pensamento de que ele poderia morrer ou ser preso – novamente – à qualquer instante.

— O que acha de uma visita à ele? – Monse me soltou, se levantando da cadeira

— Eu quero levar alguns donuts para casa. – fiz menção de levantar, mas, Monse me segurou e se sentou novamente

— Oscar tá aqui. Podemos conversar com ele e perguntar sobre o Cesar. – Monse sorriu, como se fosse uma ideia brilhante

— Eu não acho que isso seja uma boa ideia. – murmurei, torcendo os lábios

Monse levantou e eu revirei os olhos, levantando logo em seguida, sabendo o que viria pela frente. Puxei a mesma pelo braço, impedindo-á de ir até Spooky.