05 ∣❁∣ Thank u

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Gabriela Alarcon point of views🦋
USA, Los Angeles. – 2018, 16h45.

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— Eu já posso parar de experimentar as roupas, abuelita? – indaguei, soltando um resmungo de dor ao ser espetada pela agulha

— 5 minutos, chica!5 minutos. – Marisol repetiu pela décima vez, concentrada no que fazia — Estou quase terminando. Vai ser rápido, ainda quero que me ensine como conseguir nudes naquele aplicativo que mencionei antes.

Balancei a cabeça, em sinal de concordância, envergonhada de mais para falar qualquer coisa. Estava experimentando um vestido de 15 anos, para ajudar a avó de Ruby, mas já estava há muito tempo com aquele vestido, me causando uma agonia terrível. Toda hora era espetada por agulhas.

A porta foi aberta e não demorou para que eu visualizasse Ruby, Jamal, Monse e Jasmine ocupando a sala. Uni meus dedos indicador e médio, os batendo em minha testa como uma continência desleixada, cumprimentando meus amigos. Aproveitei a distração da Abuelita com Jamal, para me afastar.

— A Jasmine vai adorar fazer isso, abuelita. Ela é uma modelo bem melhor do que eu. – sugeri, sorrindo sem mostrar os dentes. Não deixei que ela contestasse, apenas corri para o quarto de Ruby, para trocar de roupa

No. Eu vou comprar mais tecido, agora mesmo e vamos continuar quando eu voltar. – ela levantou, pegando sua bolsa e a chave do carro

Fui até o quarto e comecei a tirar o vestido. Coloquei meu short jeans, o cropped rosa claro e dobrei o vestido. A luz se apagou e imediatamente pude concluí que havia caído a energia. Algo normal em Freeridge.

Ouvi um barulho de sirene de polícia e um aviso sendo transmitido através de um alto falante, alertando que a rua estava cercada. Ótimo!Teria uma batida por aqui...

Saí do quarto e me assustei ao dar de cara com o Spooky. Ele estava no telefone, portanto, nem falou comigo, apenas entrou no banheiro. Quando o mesmo sumiu de meu campo de visão, soltei o ar que nem sabia que estava prendendo.

— O que acham de brincarmos de alguma coisa? – Ruby sugeriu, mexendo as sobrancelhas de forma ridícula

— Que tal: fode, casa ou mata? – Jasmine opinou, sorrindo maliciosa

Concordamos e eu sentei ao lado de Monse. Deitei minha cabeça no ombro dela, enquanto Ruby e Cesar escreviam nossos nomes em papéis.

— Vai lá, tira os papéis. – Cesar estendeu a mão com os pequenos pedaços de folha, em sua direção

— Ruby, Monse e Cesar. – Jasmine compartilhou, passando a língua pelos lábios, sorrindo para Ruby — Caso com o Rubyzinho, mato a Monse e fodo com o Cesar.

Rimos do jeito que ela falou, tentando soar sexy e então demos continuidade ao jogo. Chegou minha vez e retirei três papéis, os desenrolei e li em voz alta o nome de Monse, Jamal e Cesar.

— Ok, vamos nessa. – mordi os lábios, pensando no que fazer. — Eu mataria o Cesar, quero dizer, nós somos quase irmãos e não teria outra solução. Além do mais, você está com a minha amiga, então essa merda não rolaria de outra forma. Foderia a Monse e casaria com o Jamal.

— Por que foderia a Monse e casaria com o Jamal? – o Turner se referiu à ele mesmo em terceira pessoa, parecendo realmente ofendido

— Seria mais fácil eu foder você do que ao contrário, J. Mas, se estamos casados, certamente estamos fodendo pra caralho. – pisquei para ele, me recostando na cadeira. Isso pareceu o agradar, já que não reclamou sobre minha explicação

Uma gargalhada alta soou atrás de mim, então, prontamente segui a direção que meu instinto guiou, reconhecendo o dono da gargalhada: Spooky.

— Quer jogar? – Ruby o convidou

— Que seja...Mato o Ruby, mato o Jamal, mato o Cesar. Fodo a Monse... – Spooky parou de falar quando Jasmine começou a se remexer como uma lombriga, balançando os seios e fazendo caretas sexy em sua percepção, para se exibir para ele. — Tá, eu fodo você e depois te mato. E caso com a Gabriela.

Encarei ele e assim que nossos olhares se cruzaram, desviei no mesmo instante. Eu não deveria ter me importado tanto assim com as palavras dele, deveria!?

Cansamos de jogar e eu fui até o quarto do Ruby, para pegar meu celular, porém, ao ver que o Spooky descansava na cama de meu amigo, dei meia volta para sair dali. Fui parada antes que pudesse tocar na maçaneta da porta.

— Pode ficar. – Oscar se pronunciou, me fazendo pular de susto

— Achei que estivesse dormindo, não queria incomodar. – olhei para meus próprios dedos, envergonhada. Me virei de frente para ele e acabei lembrando de algumas coisas. — É...sobre o dia na praia...obrigada por ter me socorrido. A Monse me contou o que fez.

— Não foi nada. – ele levantou da cama, passando a mão pelo rosto

— Eu jurava que não era você, mas a Monse disse que era. – compartilhei, por puro nervosismo, que me fazia falar mais do que o necessário. Me bati mentalmente por ter falado isso e prolongado a conversa

— Por que não achou que fosse? – Spooky riu, ladino, abaixando um pouco a cabeça e me olhando por baixo dos cílios

— É besteira da minha cabeça, nada de mais. – dei de ombros, enfiando as mãos no bolso do short jeans

Como eu diria para ele que achava que a pessoa havia me beijado?Exatamente!Não diria.

— Fala do mesmo jeito. – sua voz soou como um comando

— Achei...ugh!Achei que a pessoa tinha me beijado, mas é besteira. Nada importante, que deva se preocupar. De qualquer forma, obrigada por ter me ajudado. – senti meu rosto queimar de tanta vergonha

— Eu não te beijei. Se eu tivesse te beijado, seria melhor do que aquilo. – Spooky caminhou em minha direção, com passos lentos e calculados. Tudo aconteceu de modo muito rápido e em questão de segundos, nossos lábios estavam grudados

Puta merda....eu estava beijando o Spooky.

Não acreditava que estava mesmo fazendo isso. E o pior: estava sendo delicioso.

𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢOnde histórias criam vida. Descubra agora