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Gabriela Alarcon point of views🦋
USA, Los Angeles. – 2018, 22h45.

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Risadas eram ouvidas e vozes aleatórias também, que se misturavam com a música, me dando dor de cabeça. Sempre odiei tumultos. E eu nem estava agindo como a porra de uma mimada, como meus amigos fizeram parecer, quando tentei negar o convite. Não sou fã de festa, nunca fui e além do mais, minha mãe, quando não está viajando, nunca me deixa sair, para absolutamente nada.

Para você ter noção, nem na festa eu estou. Só estou observando, do outro lado do muro, com os meus amigos, uma festa na casa do Cesar, um dos meus melhores amigos.

— Vocês não acham que o Cesar tá demorando? –Jamal questinou, medroso como sempre, me fazendo revirar os olhos. — Tem algo de ruim acontecendo, eu tô sentindo.

— O que pode ter dado errado?Ele esquecer o caminho de volta para cá? – desdenhei, me recostando no muro, cruzando os braços

— Alguém tá vendo ele?Porque eu não estou. – Monse olhou em volta, procurando por algum sinal do Cesar

— É o Cesar, pessoal. Desde quando ele decepciona a gente? – Ruby se pronunciou, claramente puxando o saco do Diaz

— Na 4° série, no torneio. Nós perdemos. – compartilhei, atraindo um olhar repressivo do menor

— Só porquê eu escolhi um cara sem talento?Eu te escolheria de novo, Jamal. – Cesar nos jogou latas de cerveja, entregando uma garrafa apenas para Jamal, em seguida passou o braço pelos ombros de nosso amigo. — Lealdade é maior que vitoria e você sabe, Gabi.

— E nós perderíamos e seríamos zoados novamente. – sorri falsamente, indo até Jamal, que estava praticamente em uma luta com a garrafa. A peguei e levei até a boca, abrindo com os dentes. — Tá ai, irmão. Todos sabem o quanto o Jamal odeia esportes, então não esperávamos nada de diferente do que aconteceu, J.

— Mulher, eu não sei como seus dentes ainda estão inteiros. – Jamal me analisou, com uma clara expressão de choque, para em seguida negar com a cabeça

— Olhem só!A gente vai chegar lá, na festa do pessoal do ensino médio. — Cesar subiu em uma caixa de leite, observando através do muro. — Na verdade, a Gabriela já chegou, só não está lá porquê não quer.

Eu sou a mais velha entre eles, então já poderia estar nessas festas, mas, como eu já disse antes: não sou a maior fã. É mais por ter sido acostumada à não ir muito em festas, eu acho.

— A minha mãe não está morta não, tá!?Ela não me deixaria ir, nem se eu estivesse prestes à entrar em uma faculdade. – franzi o cenho, o encarando como se ele estivesse falando as maiores besteiras do mundo. — E além do mais, eu acho tudo isso um saco. Mas, com vocês, seria legal.

Sorri de canto e bebi um pouco da minha cerveja. Meus amigos acompanharam meu ato, mas, fizeram caretas, por não estarem acostumados. E então, começamos a conversar sobre a vida amorosa do irmão do Ruby, o Mario e também sobre as garotas que dançavam. Eu, Monse e Jamal comentávamos sobre o quanto algumas dançavam pessimamente mal, Cesar e Ruby conversavam sobre o corpo delas.

— Gabriela. Você, como mulher, se fosse elas, usaria calcinha? – Ruby me questionou e eu dei um tapa em sua nuca, o repreendendo

𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢOnde histórias criam vida. Descubra agora