Capítulo XI - Caminhos Iguais, Mentes Diferentes

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Anna's P.O.V.

      Direita ou esquerda, qual delas decidir? Isso era tudo que eu pensava. Então eu finalmente me decidi.

       - Theo, vamos pela estrada da esquerda. - Digo tentando parecer firme em minha decisão.

       Então enquanto íamos para o caminho da esquerda o Theo de repente me puxa pelo braço.

       - Anna, não vai por ai! - Eu fico olhando pra ele por alguns segundos antes de puxar meu braço de volta e lhe olhar de cara feia.

       - Por que, Theo? - Ele segura minha mão formulando sua resposta enquanto me olha com um olhar de "Por favor me escuta".

       - Essa é uma estrada rodeada de cogumelos né? Cogumelos causam ilusões, ilusões são coisas que nós pensamos que existem mas na verdade não, então...

       - Então? - Eu o incentivo a continuar.

       - Então que o Lynx não falou de nenhuma bifurcação, você não acha meio suspeito isso? E se for um tipo de armadilha? - Ele se explica.

       - Armadilha para que exatamente? - Digo cruzando os braços.

       - Para a gente sair da estrada de cogumelos e nos perdermos de nós mesmos! - Theo diz. - Não lembra o que o Lynx falou? - Pergunta.

       - E por que eu prestaria atenção no que um homem-gato fala? - Coloco as mãos na cintura.

       - Talvez por que ele nos salvou daqueles dois loucos por maçãs? Ou você já esqueceu? - Questiona. - Então ele nos ajuda e mesmo assim você não confia nele? - Eu olho para o chão envergonhada.

       - Então... Como devemos prosseguir? - Pergunto.

       - Nem por um lado, nem pelo outro. Vamos seguir em frente como antes. - Diz e eu fico confusa.

       - É sério isso? - Ele assente e sorri para mim. Eu suspiro.

       E assim foi feito, eu e Theo nos aproximamos e passamos pela placa e nesse mesmo minuto tudo desapareceu em frente aos nossos olhos. Me viro para meu irmão assustada e o vejo olhando para mim.

        - Parece que você estava certo. - Dou um pequeno sorriso. - Não acredito que quase fui pega por uma armadilha de cogumelos. - Completo e ele dá risada.

        - Hehe, eu sempre estou certo, devia ter visto a sua cara quando aquilo desapareceu. Parecia que tinha visto um fantasma. - Theo diz dando altas gargalhadas. Eu mostro minha língua pra ele.

        - Seu bobo, só por que acertou uma vez não quer dizer que é o chefe. - Comento.

        - Sério? E quem é o chefe? - Pergunta. - Você? - Ele acrescenta fazendo uma expressão estranha.

        - Claro que sou. Tenho certeza que sai do ventre de nossa mãe primeiro, você apenas foi depois de mim por que não aceitou que eu recebesse todos os mimos e ter um dia só meu. - Digo e ele me olha como se eu tivesse dito a pior coisa do mundo.

        - Quer saber? Eu tenho certeza que eu sou o mais velho então você que é a invejosa e da próxima vez que você for enganada por uma ilusão estúpida não conte com a minha ajuda para te salvar. - Ele diz parecendo realmente irritado e chateado.

        - Ótimo. - Digo cruzando os braços e virando o rosto.

        - Ótimo. - Ele repete fazendo exatamente o mesmo que eu.

        Então, a partir daquele momento seguimos andando cada um em um lado da grande estrada de cogumelos.

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