Zero quase quase um

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Espero que gostem desse cap ;)

ㅡ♥♥♥ㅡ

Mina estava entediada, não havia nada pra fazer naquela enorme casa. Até tinha, mas não queria.

A única coisa que tinha que fazer é ser babá de um menino, apenas. Mas era tão chato quando não podia nem sequer o tocar.

ㅡ Mamãe, posso tomar sorvete? ㅡ ele gritou da sala para que a mãe ouvisse.

ㅡ Não.

Ele franziu o cenho e fez um bico emburrado.

ㅡ Por favor!

ㅡ Não é não, Kim Taeyhung!

Então ele fez seu show: começou a chorar e repetir inúmeras vezes a palavra "sorvete". A mãe o repreendeu e deixou-o de castigo em seu quarto.

Mas ele não desistiu. Saiu do quarto escondido e abriu a geladeira. Ele era baixinho, teve qe pegar um banquinho para alcançar o congelador.

Mina não podia deixar aquela criança comer sorvete. O tempo estava frio e ele nem havia almoçado.

Deu apenas um pequeno chutinho no banco e Kim caiu como uma manga no chão. Ela não queria machuca-lo apenas dar um lição.

Myoui lembrou-se que podia descançar. Sempre esquecia desse privilégio.

ㅡ Eu tenho o melhor chef de todos ㅡ sorriu.

O primeiro lugar em sua cabeça foi o ginásio, teria uma corrida hoje. Sorriu novamente e subiu.

Várias coisas rodavam em sua mente. Até essas coisas pararem em Chaeyoung.

Ela tentava não pensar muito na coreana, pois lembrar de sua ex machucava.

Machucava saber que depois de quase sete anos, quando finalmente iriam se casar, se separaram da pior maneira. Machucava lembrar das noites que se recusou a dormir abraçadas pois estava quente; que nunca poderiam se amar de novo.

Pousou numa nuvem e caminhou lentamente, diferente de algumas pessoas preguiçosas que preferiam voar pois "é mais rápido" Mina gostava de andar, era bem menos cansativo.

Mudou sua rota.

Parou em frente à uma casa, à uma casa que conhecia bem. Atravessou a parede enquanto sorria animada. Estava esperando sentir o cheiro do delicioso estrogonofe que Chaeyoung sempre fazia aos domingos.

Mas a casa não cheirava a nada além de poeira. Seu sorriso murchou. Viu os quadros despedaçados no canto da sala, eles deviam estar na parede, enfeitando a mesma.

Andou apressada para o quarto, suas saudades juntaram-se à sua tristeza e sentiu a necessidade de ver Chaeyoung senão morreria ㅡ metaforicamente.

Son estava deitada na cama, brincava com a barra da blusa que um dia foi sua, seus olhos estavam fechados e tinha o nariz avermelhado.

Sentou ao lado de sua amada e suspirou pesado. Sorriu sem graça e tocou no ombro da menor, que tomou um susto.

ㅡ Sou eu, Tigrinho...

A coreana abriu os olhos e encarou a japonesa com desdém. Virou para o lado oposto e se encolheu.

ㅡ Amor.. O que houve? Por que tá me tratando assim?

ㅡ Por que você não existe. É só uma coisa da minha cabeça problemática.

Mina riu baixinho. O que Son disse era quase cômico.

ㅡ Tigresa... Olhe pra mim, uh? Veja que sou real.

ㅡ Claro que é ㅡ ironizou.ㅡ Suuuuper real...

Myoui sorriu ladino e deitou-se ao lado da mais nova.

Sua boca aproximou-se lentamente e beijou a nuca de Chaeyoung, à fazendo arrepiar por inteira. Mina sorriu maliciosa e rodeou a cintura da coreana com os braços e puxou-a para mais perto.

ㅡ Quer que eu te prove que existo? ㅡ indagou. Fazia carícias por cima da blusa que Chaeyoung usava.ㅡ Posso te provar de um jeito bem.... gostosoㅡ susurrou no ouvido da menor.

Son mordeu os lábios fortemente ao sentir as mãos macias de Myoui adentrar sua blusa e percorrer todo seu tronco.

Sharon passava pela barriga da coreana e subia perigosamente até seus seios desnudos. Os longos dedos da japonesa passavam pelo vale de seus seios e faziam uma linha imaginária ao redor dos mesmos.

ㅡ Essa blusa era minha, não é? ㅡ falavam entre os beijos que dava na nuca da mais nova.ㅡ Você ficou gostosinha nela.

Chaeyoung mordia os lábios para evitar os gemidos que queriam tanto sair.

ㅡ Sei que quer gemer, bebê... Pode gemer a vontade. Sinto tanta falta dos seus... gemidos de cadelinha.

Um gemido alto e sôfrego escapou quando Myoui massageou o seio esquerdo. Se contorceu um pouco fazendo a maior sorrir largo.

ㅡ T-tá bem! Você existe, você existe!

Mina soltou sua amada e sentou na cama, arqueou uma sobrancelha e riu vitoriosa. Son pulou em seu pescoço, abraçando-a. A maior à puxou, colocando em seu colo.

ㅡ Eu te amo...ㅡ murmúrou Chaeyoung.

ㅡ Eu te amo mais.

A coreana sorriu fraco e depositou um selinho na boca de Mina. Deitou sua cabeça no ombro da mais velha.

ㅡ Chou e Kim me acham louca... Me fizeram acreditar que sou louca.

ㅡ Não deixe elas fazerem isso. Tu não és louca.

Chaeyoung abraçou-a mais forte e beijou sua bochecha.

ㅡ Você existe mesmo, né?

Mina sorriu paciente e assentiu.

ㅡ Então por que não me impediu quando eu...ㅡ não disse nada, apenas levantou as mangas da blusa e mostrou os cortes.

A japonesa fez um biquinho triste e segurou os braços da menor. Espalhou beijinhos pelos cortes, alguns não tinham nem formado a casquinha ainda.

ㅡ Eu não estou sempre perto de ti. Tenho afazeres lá em cima, sabe?  Tenho que proteger um menino e várias outras coisas...ㅡ suspirou.ㅡ Mas sempre que posso, eu te observo.

ㅡ Por que me observa?

ㅡ Gosto de ver o quanto sua beleza é infinita.

Son corou e escondeu o rosto na curvatura do pescoço de Sharon.

Mina deitou na cama junto de Chae e puxou-a para colar seu corpo com o dela.

The angelOnde histórias criam vida. Descubra agora