Zero indo no caminho certo

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Mina ficou confusa quando Chaeyoung pulou de seu colo e deu pulinhos de alegria.

ㅡ O que foi?

ㅡ Dah e Tzuyu chegaram. Vem falar com elas!

Antes que podesse explicar, Chaeyoung correu para a porta. Não se mexeu ficou parada, Son estava tão animada.

Ouviu a vozes do casal entrarem na casa e a voz animada de Chaeyoung.

ㅡ Venham! ㅡ a coreana surgiu puxando as duas pelas mãos.ㅡ Vejam que não sou louca.

ㅡ Chae... A gen-

ㅡ Aqui! ㅡ a coreana interrompeu Chou.

Kim e a taiwanesa suspiraram em sincronia. Tzuyu tocou no ombro da menor e sorriu simpática.

ㅡ Você está falando do quadro que fez? Ficou lindo, é legal que tenha voltado com as coisas que gostava.

Ao ver a carinha confusa de sua amada. Mina levantou do sofá e fez um sinal para que ela parasse. O sinal que Son ignorou.

ㅡ Não... Não é do quadro. É da Mina, não vêm?

Dahyun abriu a boca para dizer algo, mas apenas suspirou.

ㅡ Chae, tomou seu remédio quando acordou?

A japonesa segurou a mão da menor, que logo à puxou de volta.

ㅡ Vocês estão brincando comigo? ㅡ perguntou irritada.

ㅡ Amor, não tente- ㅡ Mina falaria algo, mas foi interrompida pela garota.

ㅡ É sério, ela está do meu lado! Vocês só estão falando isso para me irritar. Isso não é nada engraçado

ㅡ Tigrinho, por favor! ㅡ Myoui falou mais alto que o necessário.

Chaeyoung virou na direção da japonesa com um enorme bico nos lábios.

ㅡ Por que elas não estão te vendo, Pingo?

A maior olhou para as expressões preucupadas das duas garotas atrás da coreana e mordeu os lábios. Colou suas testas e esforçou-se para sorrir.

ㅡ Daqui à pouco, me encontra lá no quarto.

ㅡ O que? Por quê?

Mina não respondeu, apenas sorriu fraco e deu um curto selinho na menor.

Son fez uma careta enquanto via a japonesa.

Estava odiando aquela brincadeira sem graça. Poxa, quando tinha provas de não ser louca, faziam aquilo.

ㅡ Bem que ela nos avisou ㅡ Dahyun susurrou para a esposa, mas foi audível.

ㅡ Quem avisou o que? ㅡ perguntou.

Chou respirou fundo, se inclinou um pouquinho para olhar bem nos olhos da coreana.

ㅡ Joy nos ligou dizendo que você estava gritando com "Mina" ㅡ fez aspas com as mãos.ㅡ E que ontem estava... Rindo sozinha.

Aquela idiota e fuxiqueira da Joy, não conseguia passar um dia sem falar da vida dos outros? Quem ela pensa que é? FBI?

Mas como ela tinha o número delas? Mal se conheciam. Eram praticamente desconhecidas.

ㅡ Como ela tem o número de vocês? ㅡ perguntou.

Kim mordeu os lábios e coçou a nuca. Ninguém falou nada por um tempo, que já foi o suficiente para Chaeyoung pensar em algo.

ㅡ Mandaram ela me vigiar?

Não responderam.

ㅡ Vocês são duas idiotas fudidas! ㅡ esbravejou.

Estava irritada, lágrimas de raiva caíram de seus olhos. Aquelas duas estavam à deixando maluca.

ㅡ Não, não me toque! ㅡ gritou quando viu a coreana mais velha se aproximar.

ㅡ Chae, calma. A gente tá aqui pra te ajudar ㅡ disse Chou, abraçando-a por trás.

A taiwanesa à segurou com força, tinha medo de que Son se machucar. Tudo podia acontecer.

Chae resistiu bastante, queria sair dali e correr para seu quarto, onde Mina estaria à esperando.

Então, parou de se debater, mas continuou chorando.

ㅡ Eu odeio vocês...

Foi colocada em uma cadeira, entregaram os comprimidos. Tomou-os sem reclamar.

Repetia a mesma frase em sua mente: Tenho que colaborar, tenho que colaborar, tenho que colaborar, tenho que colaborar...

ㅡ Você tem que entender, Chaeyoung. Mina se foi, ela não está aqui ㅡ disse Kim.

Passou a mão por seus cabelos e assentiu. Queria entender o lado delas e ser legal. Mas não, só era egoísta.

ㅡ Sabe que dia é hoje?

ㅡ Quinta?

Chou sorriu paciente.

ㅡ Sabe o que tem na quinta?

ㅡ Não.

ㅡ Você tem consulta hoje.

Son bufou e assentiu. Ela realmente havia esquecido. Não queria lembrar.

Seus planos eram passar o dia todo com Mina, á abraçando, beijando, fazendo carinho e sendo feliz. Pois só se sentia verdadeiramente viva com ela.

Era como se quando Mina ia embora, sua alma ia junto, só ficava o corpo e a solidão. Até quando a japonesa estava,  ainda não se sentia 100% viva, talvez 85%. E sem ela era 0%

Foi ao seu quarto, querendo ou não, tinha que ir. Tinha um sorriso em seus lábios, Mina estava lá, à esperando.

O sorriso murchou ou não vê-la lá.

Voltou aos 0%.

The angelOnde histórias criam vida. Descubra agora