Um

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Mina balançava seus pés conforme a brisa. O vento leve que batia em seu rosto e balançava seus cabelos trazia um sentimento de conforto.

Mas só aquilo não era o suficiente. Queria mais alguma coisa.

Esses últimos três meses, tentava não perguntar de Chaeyoung para Jisoo. Mesmo querendo saber se ela estava bem, se já tinha saído do hospital...

Mas principalmente se estava feliz.

Queria que Son fosse feliz, mesmo que com outra pessoa.

Pensava nela todos os dias, se pegava sorrindo boba sempre que o fazia. Não sorrir quando pensava em Chaeyoung era uma tarefa extremamente difícil.

Putz, como amava aquela garota.

ㅡ Mina ㅡ ouviu Jeongyeon chama-lá.

Suapirou e à olhou por cima de seu ombro. Ela estava com um sorriso gentil no rosto.

ㅡ Sim?

ㅡ Você tem que fazer uma coisa.

A japonesa se levantou e assentiu. Passou a mão por seus cabelos e virou seu corpo para a maior.

ㅡ E o que tenho que fazer?

ㅡ Buscar uma pessoa.

Mina franziu o cenho e tombou a cabeça para o lado.

ㅡ Mas... Quem faz isso não são os arcanjos?

ㅡ Sim, mas o chef quer que você o faça dessa vez.

ㅡ Tudo bem... Qual é o nome.

Yoo sorriu novamente e se aproximou. Deu um abraço na mais nova e riu.

ㅡ Acho que é..ㅡ olhou para cima como se pensasse em algo ㅡ Son Chaeyoung.

[...]

Chaeyoung encarava o teto. Lá era tão tedioso.

Talvez não seria tão tedioso se pudesse ir ao pátio também. Mas achavam que ela não estava bem para isso.

Não podia sair do quarto, ficava lá o dia inteiro. Aquilo dava uma sensação de claustrofobia imensa, se sentia como um urso preso em uma pequena jaula de zoológico.

Tinha que achar algo para se distrair. As vezes fazia uma bolinha de papel e tentava acertar no lixo que ficava do outro lado do quarto, ou um aviãozinho de papel e jogava pela janela que dava visão da rua.

Mas havia uma parte boa em todo seu dia: quando vinham e davam os remédios.

Os que tomava no hospital eram um pouco mais fortes que os antigos. Então a sensação era bem melhor.

As vezes ela conseguia os pegar em um momento de distração e tomar mais do que apenas um comprimido. Ela até pega um ou dois e guarda para depois. Eles faziam sua angústia passar quase completamente.

Uma semana atrás, descobriu que conseguia tirar a pulseira de seu pulso sem rasga-lá. Ficou durante dois dias transitando pelo hospital sem muitos problemas. Mas nada dura para sempre, à pegaram no flagra e foi mandada ao isolamento ㅡ que era três vezes pior do que seu quarto.

Jogava uma bola para cima e à pegavaㅡ ela não servia para isso, o objetivo era que aquela bolinha fosse apertada quando se sentisse estressada ㅡ, as vezes jogava forte e quase batia no teto. Foi descuidada, piscou na hora errada e acabou que a bola caiu em seu nariz. Gruniu e levantou-se de uma vez, sentiu o sangue escorrer e limpou com a manga de sua blusa.

The angelOnde histórias criam vida. Descubra agora