●Capítulo 11●

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Thomaz foi atrás do amigo, que desceu rápido a escada e acelerou os passos pela calçada indo para casa.

-Anthony! Por favor, vem pra minha casa. -Dizia Thomaz desesperado com a situação.

-Me deixa, Thomaz!

-Me desculpa...

-Não é culpa sua! Vá para sua casa e me deixa! -Dizia Anthony alterado, sua expressão não expressava raiva, mas dor, por tudo.

  “Droga, o que foi que eu fiz?” -Se perguntava Thomaz engolindo aquilo em seco. O rapaz se virou e foi caminho até a casa, o caminho oposto do amigo.

  Dentro da casa, as garotas se encaravam enquanto Isaac fitava o chão segurando todas as lágrimas que insistiam em escorrer.

-Isaac, o que aconteceu? Você parecia tão feliz... -Disse Neide, um pouco sem graça.

-Eu ouvi você e Janelle conversando aquele dia, sobre ele estar quase desesperado por só ter me beijado. Eu só não queria beijar alguém que não conhece a si mesmo...

  Janelle sem dizer nada, foi em direção ao amigo e o abraçou forte, para que pudesse sentir confiança no que tinha feito e mostrar que não estava sozinho.

-Se tivesse nos falamos antes, não falaríamos mais dele pra você. Nos desculpe, Isaac.

-Esquece, vou para minha casa.

-Tem certeza disso? -O rapaz assentiu, pegando sua bolsa e saindo do cômodo. 

  As três garotas ficaram em silêncio por alguns segundos, até Neide dizer que também voltaria pra casa, Elis concordou e disse o mesmo. Não demorou muito para se despedirem e Janelle se ver sozinha, parada no centro daquele cômodo, intacta sem saber o que tinha acontecido.

  A garota recolheu toda a bagunça, desligou a tv e balançou o lençol da cama, fazia tudo automático, como um robô, sem pensar em nada.

  O grupo não estava junto, não no mesmo local, mas todos pensavam em apenas uma coisa

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  O grupo não estava junto, não no mesmo local, mas todos pensavam em apenas uma coisa. Não de todo o ocorrido, mas sim das palavras de Isaac, faziam sentido e tocavam em feridas profundas de cada um.

  Janelle lembrava sobre seu relacionamento anterior, cheio de dor e angústia, enquanto sentia a brisa balançar seus cabelos na sacada.
Thomaz observava seus desenhos e se sentia culpado por esconder aquele amor. Neide ouvia música em seu fone, enquanto pensava em seu pais, que deixou em uma fazenda no campo, a procura de trabalho, o chão frio parecia reconfortante. Elis abraçava o retrato da mãe e questionava se valia a pena se prender tanto ao passado.

  Todos os pensamentos levavam a um único questionamento, simples, mas que significava muito.
  “Isso é amor?”

   “Isso é amor?”

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