Capítulo I

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Um guerreiro mortal, caído, vendo seu amigo pronto para morrer no último golpe de um deus.

Um deus, em sua ira, por ter que usar o máximo de seu poder contra seres considerados insignificantes.

Um mortal que se sente inútil, indeciso, se apenas espera a sua morte chegar ou tenta algo para evitar.

Mas antes de concluirmos isso... vamos voltar um pouco, mostrarei o que levou eles à essa batalha que vai iniciar uma grande guerra.

Agosto de 2017

São Paulo Brasil

Willian, um rapaz de 18 anos, calado, semblante sério e sereno, cabelo preto curto, magro, estilo Skatista vivendo na maior cidade do país, persistente na rotina de toda semana.
Estudos para conseguir entrar na melhor faculdade e entregar currículos, pois não aceita a vida simples que leva, queria ver sua mãe e irmã em uma mansão deitadas em sofás brancos sendo servidas por empregados.

Esses são os sonhos que ele já estava desistindo se não fosse pelo seu amigo Marcos, um garoto negro, alto, não muito forte e nem magro, sempre alegre e divertido, que chegou na cidade menos de um ano e já é considerado o melhor amigo de Will, que sempre guarda as palavras que Marcos disse quando ele iria desistir de tudo:

"Você não pode desistir dos seus sonhos.
Lutamos por aquilo que sonhamos. E sempre há algo para lutar."

Palavras de um "cara" que largou a vida comum no interior de Minas Gerais para tentar ser músico, um Rock Star.

Mas a vida comum, aventureira e corrida deles vai mudar ou se agitar mais, assim que Willian fizer uma grande descoberta, um encontro com algo que nem mais procura.

No fim de semana livre de Willian, à tarde, ele e o amigo estão numa pista de Skate onde alguns jovens se encontram.
Dança, batalhas de rap, e outros  esportes.
Muita gente talentosa, tempo que Willian tenta gravar alguns videos mostrando as melhores manobras que sabe, e postar depois nas redes sociais.

-Por quê não vai falar com ela?- pergunta Marcos para Willian, notando que seu amigo não para de olhar para uma garota de cabelo castanho longo preso em um rabo de cavalo, andando de patins, ela está sempre nos fins de semanas por ali.

-Não. Não estou afim de tomar um fora hoje. Preciso focar nisso, achar trabalho e estudos. -responde desanimado.

Após receber um olhar de reprovação do amigo, Willian sente algo diferente, como se estivesse alguém aproximando dele, ou chamando, sem dizer o seu nome.
Ele fica procurando e Marcos percebe:

-O que foi?

-Estranho. Eu senti que alguém estava chegando aqui, que queria falar comigo, mas não é nenhuma dessas pessoas... por ali. -aponta para o outro lado da pista em direção a uma outra rua, após as árvores.

Willian inicia a camimhada,  concentrado.

-Onde você vai? -Marcos questiona.

-Espera aí. -responde com a voz baixa, sem olhar para o amigo.

Marcos fica sem entender nada, colocando o celular de Will no bolso, que estava gravando as manobras, voltando atenção para as pessoas em sua volta.
Mas tem duvidas se deve esperar mesmo.

Willian vai para outra rua andando como se soubesse que ia encontrar algo lá.
Quando ele vira a rua, começa a ouvir uma voz grave de um homem dizendo:

-Venha, Willian, siga esse caminho.

Quando ele chega numa casa abandonada, e ao entrar, volta a si,
como se estivesse em transe, um sonho, seguindo apenas a sua curiosidade.

Mortais vs deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora